Ia, Patentes E Energia Definem Trilionárias Em 2025 25/12/2024

IA, patentes e energia definem trilionárias em 2025 – 25/12/2024 – Mercado

Tecnologia

Cinco novas empresas devem se solidar com mais de US$ 1 trilhão em valor de mercado em 2025, indica levantamento da Informa Connect Academy. Elas se juntam a Microsoft, Apple, Nvidia, Alphabet, Amazon, Saudi Aramco e Meta no clube das empresas mais ricas do mundo.

O setor de semicondutores desponta com duas candidatas. A primeira é a taiwanesa TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Company), que domina a produção mundial de chips avançados.

Ela se tornou estratégica no conflito geopolítico entre China e EUA, com americanos dependentes da empresa para fabricar processadores. Washington restringe o aproximação da empresa ao mercado chinês enquanto subsidia a construção de fábricas da TSMC em solo americano.

“O clube do trilhão era submetido por empresas ligadas à internet, porquê Google, Microsoft e Apple. Agora, vemos a vaga das empresas ligadas à lucidez sintético, porquê a Nvidia. Mas, por trás disso tudo, está a indústria dos semicondutores”, diz Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco.

A outra aspirante ao título de trilionária no segmento de semicondutores é a Broadcom, da Califórnia. Começou produzindo chips para displays, fibrilha ótica e modems, e expandiu para fornecer tecnologias de processamento, conectividade e segurança do dedo para grandes empresas.

“Enquanto a nuvem da lucidez sintético continuar favorável e não se criarem alternativas a essas empresas, elas continuarão muito posicionadas”, diz Tude.

A gestora Berkshire Hathaway é a terceira candidata. O conglomerado liderado pelo megainvestidor Warren Buffett tem portfólio com mais de 80 empresas, de serviços elétricos e transporte ferroviário até seguros e varejo. A empresa é dona das ações mais caras do mundo, com cada papel classe A batendo US$ 600 milénio em 2024.

Mas as operações da gestora se tornaram tão valiosas que analistas apontam sinais de saturação no potencial de ainda mais prolongamento.

Entre 2010 e 2023, o retorno anual da Berkshire Hathaway foi de 13%, inferior dos 15% do índice S&P 500, e o próprio Buffett já afirmou que não vê possibilidade de um “desempenho de desabar o queixo” na companhia. O grupo mantém carteira de mais de US$ 300 bilhões, com investimentos em setores tradicionais porquê bancos, seguros e bebidas.

Em tecnologia, a principal aposta é a Apple, que representa tapume de 30% do portfólio, além de participações menores em Amazon (0,6%) e algumas empresas de informação.

A farmacêutica Eli Lilly, operário de medicamentos para diabetes, cancro, doenças neurológicas, imunológicas e obesidade, também pode estar próxima de se solidar com US$ 1 trilhão em valor de mercado.

Seu resultado de sucesso mais recente é o Mounjaro, medicamento para diabetes tipo 2 e perda de peso, que concorre com o Ozempic, da dinamarquesa Novo Nordisk —cotada para se tornar trilionária em 2026, segundo a Informa Connect Academy.

O setor farmacêutico é um dos que mais precisa investir em pesquisa, o que contribui para concentração de capital em grandes empresas, segundo Paulo Feldman, professor de economia na USP.

“Os investimentos são enormes, em pesquisas demoradas, que muitas vezes dão inverídico. Não é para gente pequena”, diz.

A Eli Lilly já investiu mais de US$ 20 bilhões em fábricas desde 2020 para ampliar produção de medicamentos. Além da Novo Nordisk, enfrenta a concorrência de AstraZeneca e Pfizer, que devem lançar produtos para o mercado de perda de peso nos próximos anos.

Analistas preveem que o mercado de medicamentos para perda de peso pode atingir mais de US$ 100 bilhões anuais até 2030, mas fazem alerta para o inevitável declínio de patentes e a possibilidade de uma guerra de preços no setor.

Em julho, a Eli Lilly recebeu aprovação nos EUA para o Kisunla, medicamento contra Alzheimer em estágio inicial, e procura expandir o uso porquê tratamento preventivo.

A Tesla fecha o grupo de empresas que devem se solidar porquê trilionárias, já tendo, inclusive, pretérito da marca com certa folga. As ações da operário de veículos elétricos tiveram valorização de quase 70% desde a eleição do presidente Donald Trump, em novembro.

A empresa também atua em robustez solar e baterias, investe em robotáxis autônomos e no desenvolvimento de modelos mais acessíveis de carros elétricos, para competir com empresas chinesas porquê BYD e Xiaomi.

“A indústria automobilística depende totalmente da tecnologia da informação. Os carros chineses atingiram nível de qualidade considerável e competem em dados e engenharia, o que preocupa governos ocidentais”, diz Marcos Fernandes, economista e professor da FGV.

Para proteger seus fabricantes, Europa e Estados Unidos impõem tarifas sobre veículos elétricos chineses. A União Europeia aprovou taxas de até 35,3%, enquanto nos EUA a tarifa é de 100% desde setembro de 2024.

No Brasil, a companhia de maior valor de mercado é a Petrobras, de aproximadamente R$ 520 bilhões (menos de US$ 90 bilhões).

“A Petrobras poderia estar entre as cinco maiores petroleiras do mundo em dez anos. Tem condições para isso, já está entre as dez maiores. Mas a pergunta é: isso é bom?”, diz Feldman, da USP.

O economista argumenta que o petróleo deve desabar em desuso nas próximas décadas. Para Fernandes, da FGV, o setor de transição energética concentra maiores oportunidades para a próxima leva de empresas trilionárias no mundo. “Seria, talvez, até uma chance para o Brasil”, diz o economista.

Folha

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