Ibge: fake news sobre visita do pesquisador prejudicam coleta de

IBGE: fake news sobre visita do pesquisador prejudicam coleta de dados

Brasil

O Instituto Brasiliano de Geografia e Estatística (IBGE) fez um pedido nesta sexta-feira (4) para que a população não acredite em fake news que distorcem informações sobre a rotina de visitas domiciliares de pesquisadores do instituto. O problema tem causado dificuldades na coleta de informações, além de onerar os custos financeiros do levantamento.

O apelo foi durante apresentação de um balanço parcial do curso da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), estudo que serve de base para pesquisas com o Índice Pátrio de Preços ao Consumidor Espaçoso (IPCA), que apura a inflação solene do país. O evento foi na Vivenda Brasil IBGE, no núcleo do Rio de Janeiro, espaço simples à população, com exposições e livraria.

A coordenadora de Pesquisas por Modelo de Domicílios, Adriana Beringuy, lamentou o veste de fake news, muitas delas amplificadas por redes sociais, afirmarem que visitas de pesquisadores do IBGE aos fins de semana seriam tentativas de fraudes.

Ela explica que o IBGE se adapta à rotina dos moradores, que costumam estar fora de mansão durante o horário mercantil. Por isso, garante ela, pode ter visitas em horários alternativos.

“O pesquisador tem que fazer tentativas no início da noite, término de semana e até feriado para conseguir fazer as entrevistas”, disse.

Custos financeiros

O gerente da POF, Leonardo Santos de Oliveira, destacou que os pesquisadores têm experiência em volver recusas de atendimento, no entanto, as resistências geram dificuldades, inclusive financeiras.

“Isso encarece a pesquisa, pois você passa a ter que ir lá mais vezes e torna o trabalho logístico mais difícil”, constatou. “Eles [moradores] ligam até para a delegacia lugar, já teve relato desse estilo”, afirmou Oliveira.

O instituto de pesquisas criou o site Respondendo ao IBGE , no qual o morador pode confirmar a identidade dos pesquisadores. A página permite justificar a autenticidade dos agentes por meio do nome ou do número do RG, do CPF ou da matrícula, expostos no crachá do pesquisador.

Retrato socioeconômico

A POF foi iniciada em novembro de 2024 e está planejada para terminar em novembro de 2025. A pesquisa acompanha de perto hábitos, consumo e condições de vida da população. Com base nela é determinada a chamada cesta de compras do brasiliano – conjunto dos produtos e serviços adquiridos pelas famílias dentro de um mês – que serve para ponderar o operação do IPCA.

Dos 103.145 domicílios, de mais de dois milénio municípios de todas as unidades federativas do país, 36.759 foram visitados. Isso representa 35,6%. O progressão da modelo está dentro do previsto pelo IBGE, uma vez que já se passaram 36,5% do tempo de duração da tempo de entrevistas.

O início do período de coleta da POF no ano pretérito foi provável depois o governo liberar recursos orçamentários extraordinários para o IBGE. De contrato com o diretor de Pesquisas do IBGE, Gustavo Junger, “a suplementação orçamentária foi fundamental para levar nossa pesquisa a campo”.

Ele não informou o dispêndio da pesquisa, mas garantiu que “não existe nenhum tipo de impedimento ou risco” para a desfecho do estudo.

Comitiva por agentes

Os domicílios que fazem secção da modelo da pesquisa precisam ser acompanhados pelos agentes do IBGE por nove dias, de forma presencial e por meios eletrônicos, uma vez que respostas enviadas por tabletes. Por ser um vasto mapeamento das condições socioeconômicas dos brasileiros, os questionários aplicados são mais densos do que outras pesquisas, o que faz o IBGE pedir mais compreensão da população.

Os agentes pedem que os entrevistados anotem todos os gastos – do cafezinho ao aluguel, passando pela compra de medicamentos, por exemplo.


Brasília (DF), 08/07/2024 - Entrevista com o presidente do IBGE, Márcio Poschman Foto: José Cruz/Agência Brasil
Brasília (DF), 08/07/2024 - Entrevista com o presidente do IBGE, Márcio Poschman Foto: José Cruz/Agência Brasil

Presidente do IBGE, Marcio Pochman, pediu suporte da população para receber muito o pesquisador. Foto/registo – José Cruz/Filial Brasil

O presidente do IBGE, Marcio Pochmann, participou do evento por meio de um vídeo gravado e falou sobre a influência da POF.

“Essa informação é básica para o Brasil poder medir melhor a inflação, o dispêndio de vida. Essa pesquisa também nos ajuda a compreender a qualidade de vida dos brasileiros, saber se há ou não deficiência fomentar”, disse.

Ao acrescer que essas informações servem para a elaboração de políticas públicas que buscam melhorar a requisito de vida das pessoas, Pochmann pediu a colaboração da população no atendimento ao pesquisador. “Quero pedir o seu suporte para receber muito muito o pesquisador do IBGE”.

A última coleta de dados da POF tinha sido nos anos 2017 e 2018. Na estação, o IBGE identificou que os principais gastos mensais dos brasileiros eram com habitação (36,6%), transportes (18,1%) e alimento (17,5%).

A coordenadora de Pesquisas por Modelo de Domicílios, Adriana Beringuy, lembrou que o país viveu grandes mudanças desde a última POF.

“A gente teve uma pandemia que impactou comportamentos pessoais e familiares”, citou ela, que destacou ainda avanços no uso de tecnologias e redes sociais, “uma vez que trabalho e consumo pelo aplicativo”, completou.

Dados inéditos

A edição da POF que está em campo coletará dados inéditos, uma vez que gasto dos brasileiros com as bets (plataformas de apostas online) e a forma uma vez que as pessoas usam o tempo. O IBGE também faz perguntas sobre uso compra de eletrodomésticos, consumo fomentar, identidade de gênero e orientação sexual.

A coordenadora Adriana Beringuy informou que o IBGE tem um projeto para tornar a POF uma pesquisa contínua, “sempre em campo”, uma vez que é a pesquisa sobre desemprego. “Futuramente”, adiantou, sem especificar datas.

Os técnicos do IBGE não precisaram quando a novidade POF determinará a novidade ponderação da cesta de consumo dos brasileiros para operação da inflação.

Fonte EBC

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