Imagine Dragons Vem Ao Rock In Rio Com Pop Rock

Imagine Dragons vem ao Rock in Rio com pop rock – 13/09/2024 – Ilustrada

Celebridades Cultura

Os integrantes da orquestra americana Imagine Dragons estão acostumados a tocar nos festivais brasileiros. Vão participar pela segunda vez do Rock in Rio, depois da presença na edição de 2019. Eles fecham a programação no sábado, 14 de setembro, segundo dia do evento. E têm no currículo duas apresentações no Lollapalooza Brasil, em 2014 e 2018.

Mas o grupo que volta agora ao país vive uma situação muito dissemelhante do que aquele que apareceu no Lolla em 2014. Ali, a orquestra formada em 2008, em Las Vegas, trazia exclusivamente alguns EPs e o álbum de estreia, “Night Visions”, que a sátira classificou porquê um disco irregular. O que se viu no palco foi uma orquestra com potencial, mas ainda tateando num rock esquálido.

Vale contextualizar que, naquela idade, o rock vivia um momento de tentar restaurar espaço perdido nas paradas de sucesso. Era um período no qual a maior segmento do público começava a desistir o consumo de álbuns e prestar mais atenção a singles isolados, que precisavam ser grudentos para conquistar o ouvinte de primeira.

Assim, foi formada uma geração de bandas sem tanta personalidade, mas com habilidade de fabricar hits fáceis, palatáveis, porquê Coldplay, The Killers e OneRepublic. Uma particularidade dessa turma é que cada um tinha a liderança de seu vocalista, sem furar muito destaque para os outros componentes das bandas. No caso do Imagine Dragons, o patrão é o vocalista Dan Reynolds.

Depois de um período inicial na estrada, ele mandou todo mundo embora e reuniu a formação que vingou, com o guitarrista Wayne Sermon, o baixista Ben Mckee e, chegando um pouco depois, o baterista Daniel Platzman. Com essa escalação, o Imagine Dragons entrou nesse balaio de novas bandas e estourou com o segundo álbum, “Smoke + Mirrors”. O disco abraçou influências do hip-hop e alcançou o topo das paradas norte-americana e inglesa na semana de lançamento.

Depois de mais três álbuns com a mesma pegada, de rocks fáceis de trovar, mas sem nenhuma inovação para o gênero, o Imagine Dragons chega ao Rock in Rio 2024 porquê um dos que superaram a tamis do tempo que deixou pelo caminho alguns de seus colegas de geração. Outro desses sobreviventes, OneRepublic, se apresenta antes do Imagine Dragons no Palco Mundo, montando um final de noite muito congruente nesse dia do festival.

Mas agora a orquestra traz um frescor no repertório com o sexto trabalho da curso, “Loom”, lançado em 28 de junho. Simples que a fórmula músico não mudou. Não vale a pena, já que o Imagine Dragons acumula, entre discos físicos e downloads, a impressionante marca de 75 milhões de álbuns vendidos. Em 2018, foi o artista mais tocado no Spotify.

Se for necessário rotular o Imagine Dragons sob exclusivamente um gênero, o melhor a fazer é recorrer o abrangente pop-rock. Debaixo da pose roqueira, o grupo é capaz de apresentar uma melodia porquê “Sharks”, que se encaixa em um pop dançante, típico de boy band. Já “Whatever It Takes” flerta com o R&B e quebra esse clima com um refrão querendo tanger apoteótico, grandioso.

Mas, percorrendo essa mistura de ritmos, a vocação para o rock de estádio também é muito possante. Muitas canções são evidentemente construídas para receber a ajuda dos fãs. “Radioactive”, por exemplo, um de seus maiores hits, tem uma batida marcial de bateria e vocais gritados porquê ordens de comando, perfeito para plateias enormes.

O novo álbum é o primeiro sem Daniel Platzman nas baquetas. Em março do ano pretérito, o baterista anunciou uma paragem por tempo indeterminado, alegando motivos particulares. De lá para cá, a orquestra não oficializou um substituto, usando músicos contratados quando necessário. Nas entrevistas para divulgação de “Loom”, Reynolds se referiu ao Imagine Dragons porquê um trio.

Ele também tem devotado boa segmento do contato recente com a prensa para primar as letras do álbum recém-lançado. Afirma ter escrito “canções verdadeiras, criadas com sentimentos reais”, e deseja que elas provoquem reações fortes nas pessoas. Esse oração vem dois anos depois de boa segmento da sátira ter indigitado o trabalho anterior porquê o mais fraco da orquestra.

Foi um projeto ávido. Em 2021, “Mercury – Act 1” chegou às lojas, e o impacto lento teve porquê desculpa a pandemia de Covid-19. No ano seguinte, ele foi relançado porquê um álbum duplo, “Mercury – Acts 1 & 2”, porquê previamente anunciado. A produção de Rick Rubin (Bon Jovi, Red Hot Chili Peppers, The Cult) deu um pouco de peso ao trabalho, mas as resenhas destacaram que Reynolds parecia não ter mais a proferir em seus versos.

“Loom”, apesar das declarações de Reynolds, não traz zero de alentador nas letras, que seguem numa litania de autoconhecimento, mas certamente há nele uma preocupação em retomar as músicas mais diretas. Sumiram as faixas que criam vários andamentos dentro delas, isso foi trocado por pegadas mais simples e aceleradas. É provavelmente um Imagine Dragons mais próximo da geração TikTok.

Folha

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