A lucidez sintético aplicada ao campo numa grande propriedade no Matopiba mostrou que, nos dois últimos anos, as máquinas apresentaram resultados melhores que os de engenheiros agrônomos.
Localizada em Santa Filomena (PI), a rancho Serra do Ovo faz secção de um conglomerado constituído por outros quatro clusters —a maioria na fronteira agrícola que compreende Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia—, que resultam numa espaço agrícola de 100 milénio hectares, todos arrendados, negociados em março pela Sierentz Agro com a SLC Agrícola de “porteira fechada” por US$ 135 milhões (tapume de R$ 780 milhões), incluindo máquinas e equipamentos.
A presença da lucidez sintético no agronegócio tem desenvolvido de forma vertiginosa nos últimos anos, contribuindo para reduzir perdas e maximizar ganhos nas lavouras. Dados do polo Sebrae Agro apontam que, entre 2023 e 2028, o mercado global de lucidez sintético no agronegócio passará de US$ 1,7 bilhão para US$ 4,7 bilhões.
Distante milénio quilômetros do porto de Itaqui e com toda a produção destinada à exportação, a rancho destina 4.000 hectares ao uso da lucidez sintético, dividida em 11 níveis, começando pelo preparo do solo e passando por estudo da terreno, pluviometria e controle de doenças e pragas, entre outras, até chegar à colheita, num sistema retroalimentado minuto a minuto pela própria máquina, a exemplo do que ocorre com aplicativos de trânsito.
“As operações têm uma terceira dimensão, que é a de inovação, em que eu vou fazer as coisas de maneira dissemelhante. Já temos lucidez sintético rodando. Por dois anos consecutivos, o planejamento agrícola nas áreas onde a gente empregou lucidez sintético já foi superior aos agrônomos”, afirmou o empresário Christophe Akli, CEO que seguirá adiante da Sierentz até a SLC assumir, em 1º de julho.
Um exemplo citado por ele é que a IA consegue mostrar, depois ser alimentada com os dados, quantas sacas extras de soja serão produzidas em determinada espaço, dependendo do aumento ou da redução na emprego de um resultado específico.
A diferença apontada por ele foi de “alguns dólares” a mais por hectare na espaço destinada aos testes com a lucidez das máquinas, em verificação com as preparadas somente pelos técnicos. Apesar disso, afirmou que os profissionais ligados ao campo, uma vez que agrônomos, são imprescindíveis.
Além de 100 milénio hectares ocupados por soja, na segunda safra 40 milénio hectares são destinados ao milho e as propriedades ainda abrigam 12 milénio cabeças de manada, combo que rendeu na última safra faturamento de US$ 160 milhões (tapume de R$ 920 milhões, ao câmbio desta sexta-feira) à Sierentz.
Argelino com nacionalidade francesa, Akli criou a Sierentz há tapume de oito anos, depois de passar por diversas empresas do agronegócio desde a dezena de 1980 e comandar o setor de commodities da LDC (Louis Dreyfus Company) e a Biosev.
“Quando a gente colhe, a gente sabe, metro por metro, o que aquele metro produziu. Se você cruza todas as informações da qualidade do solo, da chuva, da vida da vegetal e chega no final com uma certa colheita, esses 11 níveis são suficientes para você levar isso para dentro da lucidez sintético e ter certeza que os planejamentos vão ser muito feitos. A gente tenta trespassar do quadrilha de dados para o banco de dados, que é uma verdade um pouco mais complicada”, afirmou.
COMPRE E GANHE
Para que tudo funcione numa espaço com as dimensões da rancho no Piauí, e em outras de uma fronteira agrícola uma vez que é o Matopiba, e a velocidade na transmissão de dados chegue aos técnicos, foram adotadas duas soluções tecnológicas. A primeira foi encontrada na Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), em Ribeirão Preto.
Para operar com rapidez e eficiência, a IA precisa de conexão das máquinas com a internet, o que é quase inexistente no trecho de 230 quilômetros percorridos pela Folha entre Balsas (MA) e a rancho em Santa Filomena.
Por isso, a empresa buscou por conta própria uma forma de se conectar e achou na Agrishow de 2023, quando a Case IH, uma das principais fabricantes do país, ofereceu torres de telefonia numa parceria com a TIM a produtores rurais que comprassem um pacote de máquinas e equipamentos que ultrapassasse R$ 15 milhões.
Foi o que Akli fez. A antena instalada na rancho foi a primeira de 37 da parceria da operário com a empresa de telefonia, com foco em grandes áreas —consequentemente, grandes produtores— de Mato Grosso e do Matopiba. Elas cobrirão uma espaço de tapume de 1 milhão de hectares.
As dimensões da rancho no Piauí também exigiram a adoção de uma tecnologia da Solinftec que utiliza lucidez sintético para monitorar e cuidar de cada pedaço dos talhões das fazendas, “aprendendo” e se adaptando às condições encontradas.
Diretor mercantil da Case no Brasil, Denny Perez afirmou que toda a risca da marca sai de fábrica com a tecnologia de conectividade e que o Matopiba é um dos focos por ter sido responsável por tapume de 10% da safra brasileira de grãos em 2023 e responder por 8% dos negócios envolvendo tratores e colheitadeiras.
Segundo a TIM, as parcerias com clientes do agronegócio, utilities, logística e indústria 4.0 somaram em contratos mais de R$ 613 milhões no último trimestre do ano, fechado pela operadora com tapume de 20 milhões de hectares conectados no campo.
A conexão, ensejo, usa uma antena 4G, que opera a frequência de 700 MHz, que ficou disponível depois o desligamento gradual do sinal da TV analógica no país.
“Uma vez que ela é ensejo, conecta tudo, máquinas, pessoas, coisas, uma rede conseguível, que não tem surpresas”, disse Leonardo Belotti, diretor Mercantil IoT & 5G da Tim Brasil. A empresa e a Case integram a ConectarAgro, associação que surgiu em 2019 com o objetivo de ampliar a conectividade na zona rústico do país.
O dispêndio médio para a implantação da conectividade, segundo empresários e agentes envolvidos com o negócio, é de tapume de US$ 6 por hectare.