São Paulo
De 2019 para cá, Ivan Moré, 46, passou por uma período que ele classifica porquê “terrivel”. Tudo começou com seu desligamento da TV Mundo, onde trabalhou por duas décadas. Depois, viu seu matrimónio chegar ao termo e, na pandemia, ficou internado por dez dias por razão de complicações da Covid. Moré também foi assaltado três vezes no período de um ano e meio. Entre tantos dissabores, a saúde mental ficou partida e ele recebeu do médico o diagnóstico de depressão.
Mas o tempo passou e o jornalista agora diz se sentir outra pessoa. Contratado pela RedeTV!, ele estreia o esportivo Qualé, Moré? nesta segunda (11), e afirma que se dedicou a entender melhor a própria mente, estudou filosofia, parou de tomar e cortou 95% dos nomes de sua lista de pessoas que considerava seus amigos. Por último, mas não menos importante, apaixonou-se. “Vivo um renascimento”, diz.
Moré conta que recusou convites do SBT, Cultura e uma proposta “quase irrecusável” da Record para poder ser não só um apresentador, mas um empreendedor que tentará levar monetização e patrocínios para a novidade emissora. “Sabemos que a RedeTV! não tem uma grande audiência, mas é preciso ter paciência, gerar um boca a boca e só depois disso ver um ibope melhor”. Confira a entrevista completa de Moré, aderente do exposição em terceira pessoa, inferior.
O que te motiva a voltar à TV?
Foram quatro anos e meio longe da televisão. Ao mapear o mercado, notei que poderia ser um bom negócio retornar com liberdade editorial, inovação e tecnologia. Oxigenei a minha imagem e tive um período de reflexão para agora reiniciar com mais entendimento e maturidade na produção de um teor autoral.
Você foi sondado por outros canais?
Recebi invitação do SBT, Cultura e Record. Para essa última, foi uma proposta quase irrecusável para comandar os realities do via. Mas eu estava apalavrado com a RedeTV!
Qual seria o diferencial do seu novo programa, o Qualé, Moré?
Temos a chance de gerar, de propor uma novidade linguagem, um repto de fazer um pouco novo que não encontramos nos outros canais, de misturar factual com entretenimento. Vamos fazer uma atração também para as pessoas que não sejam viciadas em esporte, falar mais da secção humana do jogador de futebol com uma narrativa que se conecte com as novas gerações.
Até que ponto se preocupa com a cobrança por audiência?
Vamos propor o novo e encantar aos poucos. Sabemos que a RedeTV! não tem uma grande audiência, mas é preciso ter paciência, gerar um boca a boca e só depois disso ver um ibope melhor.
Quais as principais mudanças do Ivan Moré da Mundo para o de agora?
O Ivan que deixou a Mundo em 2019 não tinha maturidade para entender o momento da sociedade. Sou grato à Mundo, mas agora é tudo novo. Eu amadureci meu lado individual, consegui montar uma equipe, redigir um projeto com tranquilidade, ter entendimento que não vamos aprazer do dia para a noite.
Está prestes para possíveis críticas?
Elas vão comparecer, mas sem pressa e sem pausa alcançaremos um projeto autoral e verdadeiro. Não adianta propor a teoria de que vamos falir de rosto, pois sabemos que a estrutura não é igual, mas temos originalidade e coragem. No médio prazo, o programa vai fazer muito sucesso.
O Qualé, Moré? tem patrocínio de uma lar de apostas. Uma vez que é essa parceria?
Eles estão fazendo um aporte fundamental para o projeto, mas não significa que o tempo todo seremos apelativos no quesito apostas. Eles não terão nenhuma interferência na traço editorial. Vamos propor uma instrução sobre esse tema para falar de apostas responsáveis.
Você passou por uma período delicada depois que saiu da Mundo. Uma vez que foi?
Estou vivendo um momento de renascimento, mais maduro, mais humilde do que eu era, deixando meu ego de lado e focando nas coisas que importam. De 2019 para cá, veio a pandemia, o término de um matrimónio com dois filhos, que acabou de uma maneira que não imaginava, com embate na Justiça. Não teve traição, mas meus filhos sofreram. Eu fiquei triste. Também fiquei internado dez dias com Covid.
Quando percebeu que dava para ser feliz de novo?
Eu tive que desancar no fundo do poço para me levantar e desenredar meu verdadeiro valor. Com persistência e resiliência, aos poucos fui reconstruindo hábitos mais saudáveis, cortei praticamente tudo de álcool, me exercito, estudei filosofia, cortei 95% do meu ciclo de amizades. E veio a Giovanna, minha prometida que é também minha sócia.
Qual a valia dela para leste novo Ivan?
Totalidade. Quero matrimoniar de novo, ter mais filhos. Fiz vasectomia, estou pensando em virar, vamos ver. Temos 23 anos de diferença. Em breve, teremos novidades quanto a isso. O pedido de matrimónio foi feito em Londres. Eu achava que estava quieto e a vida me trouxe um novo paixão.