Jake Gyllenhaal Estreia Na Tv Como Promotor Musculoso 11/06/2024

Jake Gyllenhaal estreia na TV como promotor musculoso – 11/06/2024 – Ilustrada

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Rusty Sabich é o face. O temido e admirado promotor de Chicago, nos Estados Unidos, empilha criminosos na calabouço para depois chegar em sua moradia com jardim, onde sua esposa e filhos o esperam. Isso até sua dupla, Carolyn Polhemus, ser brutalmente assassinada —e ele se tornar o principal suspeito do transgressão.

O protagonista que em 1990 foi vivido por Harrison Ford no filme “Supra de Qualquer Suspeita” agora é interpretado por Jake Gyllenhaal em sua estreia na televisão. A trama do jornalista Scott Turow virou uma minissérie de oito episódios da Apple TV+ escrita e produzida por David E. Kelly, fundador do sucesso “Big Little Lies”.

O planeta de “O Sigilo de Brokeback Mountain” não esconde o estranhamento em fazer seu primeiro grande papel para a TV. “Ainda é um mistério para mim”, diz, em entrevista por videochamada e de barba, dissemelhante da face perfeitamente lisa de Rusty Sabich.

O rosto de Gyllenhaal ficou publicado com “Donnie Darko”, clássico cult de 2001. Depois da indicação ao Oscar por “O Sigilo de Brokeback Mountain”, em que viveu um romance gay entre cowboys com Heath Ledger, Gyllenhaal se consagrou em filmes mais sérios e dramáticos, talvez pelo semblante sóbrio e um tanto misterioso que confere aos seus personagens.

Exemplos são o jornalista obcecado em deslindar a identidade de um serial-killer em San Francisco em “Zodiaco”, de David Fincher, o fuzileiro naval de “Soldado Anônimo”, de Sam Mendes ou até mesmo o estranho professor que descobre que tem um sósia em “O Varão Geminado”, adaptação do romance de José Saramago dirigido por Denis Villeneuve.

Entre um blockbuster e outro, uma vez que “Principe da Pérsia”, fundamentado no jogo homônimo, e “Varão-Aranha: Longe de Morada”, Gyllenhaal fundou sua própria produtora, a Nine Stories —alguns em que ele mesmo atua, uma vez que “The Guilty”, ramake de um filme dinamarquês e “O Abutre”.

Gyllenhaal fez algumas cenas de “Matador de Aluguel” para a Prime Video enquanto gravava “Supra de Qualquer Suspeita”, o que explica o corpo bombado de Rusty Sabich. Mas, sem querer, a forma contribuiu para a sua versão do promotor.

Logo no primeiro incidente, descobrimos que Carolyn, a vítima, era amante de Rusty. Quando Tommy Molto, seu concorrente, toma conta da investigação e descobre o romance, Rusty passa por um julgamento que se tornará uma grande romance de interesse púbico.

Mesmo vendo sua família colapsar junto de sua imagem pública, Rusty não deixa de decorrer na esteira, marchar perfeitamente vestido em traje social e colocar seus anéis de ouro todas as manhãs. São pistas de uma personalidade autocentrada, em jacente procura por certeza, e que por vezes toma decisões contraditórias.

“A vaidade é interessante para uma tragédia grega uma vez que essa. Rusty mantém sua ar tentando ser perfeito, e eu acho que a fisicalidade de um personagem diz muito sobre ele”, diz Gyllenhaal. “Uma das coisas que mais sabor na atuação é o movimento e o comportamento de um personagem, com as quais você descobre quem ele realmente é.”

“Muita gente esquece uma vez que é o comportamento humano quando eles assistem a televisão”, diz Peter Sarsgaard, vencedor do Leão de Ouro em Veneza no ano pretérito por “Memória” e que vive Tommy Molto na série. “Sob situações de crise, as pessoas não agem uma vez que esperamos que elas ajam, e não significa que elas sejam culpadas ou ruins”.

Desprezado por todos seus colegas, Tommy fica obcecado em provar a culpa de Rusty, por quem nutre certa inveja. Conforme a trama se desenrola, os episódios se transformam também em uma espécie de disputa política.

“Uma vez ouvi que ‘protagonistas nunca se desculpam’. Mesmo se eles fazem um pouco inexacto. Mesmo em Hollywood, a eminência que é feita entre esses protagonistas homens e outros personagens tem a ver com o que é mais ou menos atrativo”, argumenta Sarsgaard. “Talvez, graças ao progresso das discussões sobre gênero, a expectativa sobre o que é ser um protagonista mude.”

Curiosamente, Sarsgaard é casado com a mana de Gyllenhaal, a diretora Meggie Gyllenhaal, a quem o irmão credita o seu inicio na atuação. A relação próxima impactou na dinâmica de protagonista-antagonista, segundo Sarsgaard. “As pessoas acham que competir não é ter conexão, mas discutir é intimidade.”

David E. Kelly, a mente por traz do deslanche de “Big Little Lies” em meio a um oceano de séries e filmes policiais, diz que o sigilo do sucesso está na investigação dos personagens mais do que no transgressão. “Eu tento ter bons plots para o enredo, mas a recompensa está em fazer os expectadores sentirem pelos personagens.”

“Jake [Gyllenhaal] tem um grande poder de relatar histórias além do texto. Queríamos essa coisa inescrutável”, acrescenta. Aos 43 anos de idade e 23 de curso, são as entrelinhas de um personagem que atiçam Gyllenhaal a interpreta-lo. “Se a narrativa é intrigante, o público vai inaugurar a procurar por pistas. Não só nos atores e nas cenas, mas nas roupas, por exemplo”, diz. “É uma vez que produzir um quebra-cabeça.”

Folha

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