Judy Chicago Expõe Sua Rebeldia Pela Arte 27/09/2024

Judy Chicago expõe sua rebeldia pela arte – 27/09/2024 – Ilustrada

Celebridades Cultura

Aos 85 anos, Judy Chicago ainda tem raiva. Porém, o foco da sua raiva mudou. Por décadas, a artista abasteceu a sua originalidade com um libido de fazer secção da história da arte, apesar de não encontrar precedentes femininos no cânone americano.

Foi logo que, desde os anos 1960, Chicago ficou conhecida por negar a falta das mulheres nesse envolvente. “Tive uma longa e difícil luta para saber meus objetivos, mas valeu a pena. Agora, estou com raiva porque mais pessoas não se rebelam contra o patriarcado”.

Esse ano as obras da artista estão expostas, pela primeira vez, em duas exposições panorâmicas, fora dos Estados Unidos. Em papeleta até o próximo domingo (29) no Luma Foundation, em Arles, na França, “Herstory” é a maior retrospectiva da artista na Europa, com mais de 300 obras. Enquanto “Revelations” levou mais de 70 milénio visitantes à Serpentine, em Londres, entre maio e setembro deste ano.

“Finalmente senti que meu trabalho estava sendo entendido”, afirma a artista à Folha. Com uma ampla variedade de formatos e temas, entre instalações, pinturas, desenhos, esculturas, gravuras e têxteis, as exposições provam que o impacto de Chicago na arte contemporânea vai além de “The Dinner Party”. Nessa que é considerada a obra-prima da artista, criada nos anos 1970, um conjunto de 39 mulheres relevantes para a história do Oeste são homenageadas em um festim cerimonial. Hoje a instalação está permanentemente montada no Brooklyn Museum, em Novidade York.

Nascida em Chicago, Judy é escritora e educadora, além de artista. Escreveu 16 livros e seus trabalhos fazem secção de coleções de mais de 30 instituições pelo mundo. Desde o prelúdios da curso, Judy explora diversas linguagens —da performance ao figura— e experimenta os mais variados materiais —da fumaça ao vidro, passando pelo tecido. Nessas seis décadas, foram muitas fases e investigações, mas uma delas é ordenado: a perspectiva centrada nas mulheres. Nos anos 1970, fundou o primeiro programa de arte feminista em uma instituição de ensino, a Universidade do Estado da Califórnia, e, desde portanto, contribui para a formação de um movimento global de arte feminista.

Por isso, Judy comemora. As exposições revelam, segundo ela, a intenção implícita do seu trabalho. “Um compromisso perenal com a justiça e a justiça para todos que compartilham leste planeta –humanos e não humanos”, diz.

A mostra em Londres foi estruturada a partir de um trabalho que a artista acreditava que nunca seria publicado, o manuscrito “Revelations”, da dez de 1970. Mitos ancestrais sempre foram de seu. Ela pesquisou sobre divindades femininas para fabricar uma narrativa que reconta a história da cultura ocidental com uma lente feminista. Em uma clara referência às iluminuras religiosas da Idade Média, o manuscrito interroga a teoria de um Deus masculino. Segundo ela, Deus está além do espectro binário de gênero. Principalmente para a mostra –que pega emprestado o nome do manuscrito–, a galeria produziu uma edição do texto, lançado porquê catálogo.

Em destaque nas paredes da Serpentine estão os desenhos de Chicago, uma linguagem fundamental para a artista. “Comecei a riscar antes de conseguir falar. Minha mão tem sido meu guia em uma variedade de assuntos, desde a exploração da cor e até porquê um término em si mesmo”, afirma. A mostra exibe os trabalhos em papel do início de sua curso, abstratos e minimalistas, nos quais a artista experimenta com forma e cor; até os desenhos mais recentes, uma combinação de imagem e texto, em que Judy aborda temas porquê promanação e geração, construção da masculinidade e justiça ambiental.

Sobre as obras expostas ao público pela primeira vez, ela conta que a exposição na Serpentine foi um tanto assustadora. “Para ser levada a sério no mundo da arte de Los Angeles nos anos 1960, aprendi a encobrir meus impulsos básicos e muitos dos desenhos na exposição da Serpentine eram crus e diretos”, diz.

“Foi incrível que os espectadores tenham ficado tão emocionados e um tirocínio perceber que não havia zero de incorrecto com quem eu era ou com meu tema. Quando era jovem, queria desesperadamente me encaixar, mas agora quero ser eu mesma porquê mulher e ser aceita por isso –e trabalhei em prol dessa liberdade para todos os artistas”.

A pouco mais de milénio quilômetros da Serpentine, outra exposição revisita a obra da artista: “Herstory”, no Luma Arles, baseada na retrospectiva que aconteceu no New Museum, em Novidade York, em 2023. A exposição mostra o quadro da curso de Chicago, contextualizando suas obras com os movimentos artísticos em que participou. Séries icônicas da artista, porquê “The Birth Project”, dividem espaço com pinturas, esculturas minimalistas e obras de grandes proporções. Porquê “Feather Room”, uma instalação de penas brancas que cobrem o espaço da sala expositiva, onde os visitantes são encorajados a entrar e interagir.

Outro destaque da mostra é “Uma Homenagem para Arles”, uma de suas esculturas de fumaça e a primeira em larga graduação criada pela artista na Europa. Na instalação concebida especificamente para os jardins da instituição, flores de metal gigantes foram dispostas no lago, de onde romperam fogos de artifício, enquanto fumaças coloridas cobriram a torre de aço inoxidável do Luma, projetada pelo canadense Frank Gehry.

“Quando era moço, depois das minhas aulas, costumava passear pelas galerias dos impressionistas”, disse ela, mencionando que considerou que a obra se chamasse “Uma Homenagem ao Impressionismo”. “Minhas primeiras influências foram Monet, Cézanne, Seurat e Toulouse-Lautrec. Foi o trabalho deles que me fez querer fazer secção da história da arte. Quando vi o jardim no Lumapela primeira vez, decidi que queria transformá-lo em uma imagem que invocava uma pintura impressionista.”

Segundo Judy, suas esculturas de fumaça colorida são uma resposta direta ao trabalho de artistas associados à Land Art. Até agora, a artista já realizou mais de 50 dessas obras, usando máquinas de fumaça, fogos de artifício, sinalizadores de estrada e gelo sedento para transformar a paisagem, sem modificar fisicamente a natureza.

Para Judy, patriarcado e crise climática andam juntos, culpa e consequência de um sistema de dominação. “Desde o início, meu trabalho foi moldado pela teoria de que não temos o recta de destruir e violar o planeta e a miraculosa variedade de vida nele”, conclui.

Folha

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