Kleber mendonça filho: 'o agente secreto' foi filme 'difícil', mas

Kleber Mendonça Filho: 'O Agente Secreto' foi filme 'difícil', mas experiência 'feliz'

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Diretor se disse “impressionado” com a boa acolhida que o festival deu ao seu último filme, um eletrizante suspense político e policial, ovacionado em sua estreia, neste domingo (18). Kleber Mendonça Rebento na coletiva de prelo do filme ‘O Agente Secreto’ no Festival de Cannes.
Xavier GALIANA / AFP
“O Agente Secreto” foi um filme “extremamente duro e difícil” de fazer, mas uma “experiência muito feliz com os atores”, afirmou à AFP o cineasta pernambucano Kleber Mendonça Rebento, que disputa a Palma de Ouro em Cannes.
O diretor se disse “impressionado” com a boa acolhida que o festival deu ao seu último filme, um eletrizante suspense político e policial, ovacionado em sua estreia, neste domingo (18).
O longa, com 2h40 de duração, ambientado nos anos 1970, conta a história de um professor universitário, interpretado por Wagner Moura, que volta para Recife para reencontrar o rebento caçula, apesar do risco que corre em plena ditadura militar.
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P: Oriente é seu filme mais cobiçoso?
Kleber Mendonça Rebento: É curioso porque cada filme traz novas reações. Eu acho que todos os filmes foram muito difíceis de fazer, foram muito ambiciosos. “Bacurau” foi um grande repto, mormente para remediar fisicamente os esforços da produção.
“O Agente Secreto” foi extremamente duro e difícil, mas também foi uma experiência muito feliz com os atores. É um filme muito pessoal. Eu estou muito, muito feliz e um pouco impressionado com a recepção.
‘O Agente Secreto’, filme de Kleber Mendonça Rebento com Wagner Moura
Divulgação
P: O filme é um espelho da variação do Brasil. O que esses personagens representam para você?
Kleber Mendonça Rebento: Esses personagens, para mim, são uma boa amostragem de tipos humanos que fazem segmento da história – não só da história do Brasil, mas da minha história, da maneira porquê eu vejo o Brasil.
Eu sabor muito das caras do filme, da coleção de rostos: tem pessoas indígenas, negras, a mistura de branco, preto e indígena, pessoas altas e baixas, gordas, magras, lindas, feias, sem dente, com dente. Eu sabor muito dessa variedade humana.
E é muito o Brasil dentro de um contexto histórico também. Em 77, o Brasil tinha 90 anos da cessação da escravidão. É um oferecido interessante. Não é a mesma relação com a raça de hoje. São 50 anos em que melhoramos um pouco, ainda num país muito racista.
P: “O Agente Secreto” surge depois de “Ainda Estou Cá”, de Walter Salles, que ganhou o primeiro Oscar (de melhor filme internacional) da história do cinema brasílio. Teme que esse sucesso atrapalhe?
Kleber Mendonça Rebento: Não me parece que seja uma ação procedente somar e não subtrair. Até porque são filmes… São porquê dois irmãos muito diferentes. Não, eu não tinha pensado dessa forma. Acho que ‘O Agente Secreto’ chega para expandir um universo que já foi apresentado no filme de Walter. Acho que sim.
P: Você tem aproveitado a boa recepção em Cannes para pedir mudanças no cinema brasílio. Quais deveriam ser estas mudanças?
Kleber Mendonça Rebento: Eu acredito que a sala de cinema constrói o caráter de um filme. Os meus filmes têm tido um impacto muito bom em sala de cinema. “Retratos Fantasmas”, meu filme anterior, que é um experiência, foi visto por quase 100 milénio espectadores. Portanto, eu acho que esse filme terá uma boa exposição na sala de cinema. Mas esse é um problema que o Brasil precisa resolver: uma política pública de investimento na formação de público e na construção de salas de cinema populares, porque nós temos poucas boas salas populares no Brasil.
P: Olhando de fora, temos a sentimento de que o cinema brasílio é uma grande família, em que todo mundo se apoia. Vê desta forma?
Kleber Mendonça Rebento: Eu acho que, em termos gerais, o cinema brasílio tem um sistema de munificência. O Walter, por exemplo, é extremamente generoso. Acho que ele está acompanhando muito “O Agente Secreto” agora. Trocamos mensagens. E eu também sou programador de sala. Tenho um trabalho porquê programador de salas, um pouco que eu senhoril fazer desde 1998. Já são quase 30 anos. Eu adoro deslindar curtas-metragens de jovens realizadores de longas e juntar os filmes.
Vídeo: Com passistas de frevo, ‘O Agente Secreto’ é apresentado no Festival de Cannes
Com passistas de frevo, ‘O Agente Secreto’ é apresentado no Festival de Cannes

Fonte G1

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