Líder do legendários conta a história mais inspiradora que já

Líder do Legendários conta a história mais inspiradora que já ouviu em um evento brasileiro

Celebridades Cultura

Movimento cresce no Brasil ao unir pregações religiosas e desafios físicos. Ao g1, fundador conta história que mais o impressionou dentre todas as experiências vividas no Brasil. Legendários não quer impor padrão obsoleto de masculinidade, diz fundador do movimento
Chepe Putzu, líder e fundador do movimento Legendários, já ouviu muitas histórias nos eventos do Legendários. Ao g1, ele disse se emocionar continuamente com relatos de homens que participaram dos desafios físicos e espirituais que começaram na Guatemala em 2015 e passaram a suceder no Brasil dois anos depois.
Wellington, nome real de um dos participantes, emocionou a todos durante um acampamento chamado de “fogueira” – uma roda de homens compartilhando suas experiências. Putzu conta que aquela narrativa se destacou pelo impacto emocional causado. Foi, segundo ele, a história mais inspiradora que já ouviu por cá.
Em 2012, Wellington perdeu a mãe – uma mulher negra – em um lar sob os abusos e preconceito racista do pai, que era branco. Para mourejar com a dor, “ele se refugiou nas drogas e na dor”, relata Putzu. O sofrimento se intensificou em junho de 2021, quando seu irmão foi morto a tiros, seguido pela morte do pai em novembro. Em dezembro daquele mesmo ano, seu neto, recém-nascido com o cordão umbilical enrolado, também não resistiu.
Evento do movimento Legendários
Divulgação
“Depois, seu fruto sofre um acidente de moto cá no Brasil e morre… e isso foi alguma coisa que atingiu muito todos nós que estávamos lá! Porque esse varão estava referto de depressão, tristeza, dor, vontade de tirar a própria vida… Os problemas de todos nós que estávamos ali desapareceram naquele momento. Ele falava que não entendia por que tudo isso tinha realizado”, relembra Chepe.
Segundo o líder, Wellington sempre dizia que “não podia fazer as coisas por justificação das drogas”. Mas ele acabou sendo convicto e participou de um evento. “Ele ouviu as palavras que precisava ouvir e voltou daquele lugar muito transformado. Hoje, ele é uma pessoa que admiro muito e que ajuda outras pessoas. Acho que essa é uma das histórias que mais me impactou, porque não sei se você já ouviu falar ou se viu uma pessoa que teve cinco pessoas morrerem, quatro delas no mesmo ano… essa é uma história de muita dor.”
“O que o Legendários vem fazer é mourejar com a dor, mourejar com a solidão, mourejar com essa depressão, com essa dor que vem na vida das pessoas. Esse testemunho teve um grande impacto em mim, tanto que hoje servimos com ele nas montanhas e ajudamos outros homens.”
Quem são os Legendários?
Chepe Putzu, líder do movimento Legendários
Divulgação
O Movimento Legendários, fundado em 2015 na Guatemala pelo pastor Chepe Putzu, tem ganhado destaque no Brasil ao propor uma jornada de transformação para homens, baseada em princípios cristãos e desafios físicos intensos. Segundo Putzu, o Legendários é “um movimento de homens que procura restaurar o ilustração original do varão: um líder que nutriz, honra e une”. O lema “AHU” — Paixão, Honra e Unidade — sintetiza os valores promovidos pelo grupo.
O principal evento do movimento é o TOP (Track Outdoor de Potencial), uma mergulho de 72 horas na natureza, com desafios. Os custos para participar variam entre R$ 450 e R$ 81 milénio, dependendo do sítio e da estrutura do evento. Para prometer a inclusão de homens de diferentes classes sociais, o movimento diz oferecer bolsas e auxílios financeiros por meio de suas sedes locais.
De negócio com o líder, o objetivo é “promover virtudes consideradas fundamentais para a formação do caráter masculino”. “São virtudes esquecidas que podemos ter. Isto se baseia em princípios cristãos porque o que o Movimento procura é resgatar e restaurar essa origem do varão porquê líder, mas também do varão porquê ajudador, porquê servo dentro de sua família e dentro de toda a sociedade.”
Varão segura bandeira durante evento do movimento Legendários
Divulgação
O líder ressaltou que já participaram homens de todas as classes sociais e que esse encontro entre pessoas diversas é uma marca do movimento. “Diferentes tipos de pessoas podem compartilhar e trespassar, entrar porquê estranhos e trespassar porquê irmãos, abraçando-se, quebrando todas as barreiras e isso é impressionante, porque o coração do movimento é nascente: servir uns aos outros. Agora somos mais de século milénio homens e a maioria desses homens são comuns, porquê você, porquê eu, porquê todo mundo.”
Ao ser questionado sobre críticos que apontam um caráter machista no movimento, Putzu foi enfático. “Não, o Movimento não é machista. O Movimento não procura impor um padrão ultrapassado de masculinidade, mas sim restaurar aqueles valores profundos que foram perdidos ou distorcidos ao longo do tempo.”
Ele explicou que o machismo “se impõe, oprime e desvaloriza, mas Legendários não nos ensina a dominar, mas sim a servir”. “Não promove a superioridade, mas sim a responsabilidade, promove o paixão ao próximo. Não se trata de poder para si mesmo… mas de poder para poder ajudar, prover, para liderar e liderar com paixão.”

Fonte G1

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