Lisa Kudrow não gosta muito de viajar. Nascida e criada em Los Angeles, nos Estados Unidos, ela em universal nunca precisou transpor dali. Enfim, “Friends”, série na qual fez seu papel mais famoso, foi filmada na Califórnia.
Mas quando o diretor Taika Waititi perguntou se ela toparia ir até a Novidade Zelândia para estrelar “Os Bandidos do Tempo”, uma adaptação em série do filme de 1981 de Terry Gilliam, ela disse “sim”. Foi um compromisso de seis meses, em um dos poucos lugares na Terreno que Kudrow sempre quis visitar.
“Os Bandidos do Tempo” é uma façanha com 10 capítulos baseada em um filme sobre anões que viajam no tempo. A série, que estreou em 24 de julho no Apple TV+, oferece uma novidade perspectiva sobre o filme —uma tarefa ambiciosa, oferecido seu prestígio e status de cult, com roteiro de Gilliam e Michael Palin e estrelado por John Cleese, Sean Connery, Shelley Duvall e Ian Holm.
A novidade versão, criada por Waititi e seus colaboradores Jemaine Clement e Iain Morris, tem Kudrow porquê a líder improvisada dos bandidos, Penelope, que fica perturbada com a chegada de um novo membro, um garoto obcecado por história chamado Kevin que acidentalmente se junta a eles depois que um portal se abre em seu quarto.
Kudrow se destaca entre os protagonistas. Waititi interpreta o aparentemente caridoso Supremo Ser, de quem os bandidos roubaram um planta dos portais do tempo, e Clement interpreta o Puro Mal, que nem consegue expressar o nome de seu inimigo cósmico sem tartamudear.
Para quem ainda associa Kudrow, de 60 anos, ao seu papel mais famoso, a doidinha Phoebe Buffay de “Friends”, em “Os Bandidos do Tempo” a atriz reprisa sua comicidade, com seu talento para reações e falas inesperadas e para interpretar o estereótipo da patricinha loira californiana.
Suas personagens podem ser tão ácidas quanto excêntricas, e tão memoráveis quanto Phoebe. Veja: a atrapalhada, mas criativa Michele em “Romy e Michele”, ou a ex-estrela de sitcom sedenta por atenção Valerie Cherish em “The Comeback”, da HBO.
Foi em secção esse legado de personagens que não caem no esquecimento que a diretora Olivia Wilde tinha em mente quando chamou Kudrow para fazer secção de sua comédia escolar de 2019, “Booksmart”.
Wilde disse que se sentiu honrada por Kudrow ter aceitado. “As pessoas ficam animadas para ver o que ela vai fazer, porque ela não precisa trabalhar, logo, quando ela faz um pouco, escolhe as coisas mais interessantes.”
Fantasia, no entanto —evadir de perigos mortais, fugir de monstros, viajar no tempo— era um território novo para Kudrow. Mas a mudança foi bem-vinda. Kudrow estava procurando um pouco que fosse recreativo de fazer. A sofreguidão causada pela pandemia ainda pairava sobre o ar, e cada novidade série a que ela assistia parecia mostrar qualquer tipo de apocalipse. “Isso era a última coisa que eu queria testemunhar”, diz ela. “Os Bandidos do Tempo” parecia se encaixar perfeitamente no que queria fazer.
A Apple adquiriu os direitos para a produção em 2018, e Waititi se juntou ao projeto no ano seguinte. Mas Kudrow só foi contratada há muro de dois anos, quando a série já estava em pré-produção. Os produtores estavam tendo dificuldade para encontrar a pessoa certa para o papel.
Naquela estação, sua personagem ainda era um varão chamado Randall, em homenagem ao líder dos bandidos do tempo no filme, interpretado por David Rappaport. Na versão de Gilliam, todos eram interpretados por pessoas com nanismo. A mudança na elaboração do grupo enfrentou algumas críticas, inclusive da neta de uma das estrelas originais.
Os produtores conheciam muito “Friends”, mas foi seu trabalho em “The Comeback” que, na visão deles, tornavam Kudrow certa para o papel. No filme, sua personagem está tão desesperada para restaurar a reputação que concorda em fazer um reality show sobre sua vida. É uma performance resplandecente de instabilidade, exatamente o que a superintendente dos bandidos precisava.
Enquanto alguns atores hesitam em deixar seus papéis mais conhecidos os definirem, Kudrow diz não se incomodar que os fãs ainda a associem a Phoebe. A performance foi um desdobramento de suas próprias sensibilidades cômicas, desenvolvidas com um grupo de improvisação de Los Angeles, o The Groundlings, e extraídas de seu paixão por Lucy e Ethel em “I Love Lucy”.
“Um evidente murmúrio e a reação exagerada a algumas coisas é o que é engraçado em mim, logo há muito de mim em Phoebe de qualquer maneira”, diz ela.
Kudrow também aprecia o apego que as pessoas têm às sitcoms. Enquanto filmava “Os Bandidos do Tempo”, ela assistia a “30 Rock”, “Everybody Loves Raymond” e “The Big Bang Theory” para se desconectar das gravações.
Em seguida a morte em outubro de seu colega de “Friends”, Matthew Perry, o Chandler, ela começou a testemunhar maratonas do programa porquê um mecanismo de conforto, tentando prestar atenção não tanto em si mesma, mas no resto do elenco. “Tem sido muito útil”, diz.
Embora preste menos atenção a “Friends” hoje em dia, ela ainda assiste à série quando ela está passando na televisão e ninguém está em lar para pegá-la no flagra. Recentemente, ela se pegou assistindo ao incidente em que Phoebe se lar, um dos que nunca tinha visto antes.
“Ela tinha o sorriso mais feliz do mundo no rosto”, diz Kudrow sobre Phoebe. “Tão simples, tão esperançosa e tão feliz, que me fez chorar.”
