Manual Oferece Ferramentas Para Aumentar Empregabilidade Lgbt

Manual oferece ferramentas para aumentar empregabilidade LGBT

Brasil

A Associação Vernáculo LGBTI+ lançou nesta terça-feira (12), em Brasília, o Manual de Empregabilidade LGBTI+, para que oriente público consiga usar o autoconhecimento para entender o envolvente do trabalho e assim conseguir objetivos profissionais.

O documento também traz informações sobre o processo de inserção no mundo do trabalho, dicas práticas sobre instrução formal, cursos profissionalizantes, empreendedorismo, sobre porquê usar plataforma virtual focada em oferta de ofício porquê o LinkedIn, direitos da população LGBTI+ no trabalho, orientações sobre proteção contra a discriminação de gênero e orientação sexual no envolvente corporativo, além de conceitos sobre questões LGBTI+.

A {sigla} é a abreviatura para lésbicas, gays, bissexuais, travestis, mulher transexual, varão trans e intersexual. E o sinal “+” é usado para reconhecer a inconstância de orientações sexuais e identidades de gênero que fazem segmento da comunidade.

O lançamento foi feito na orifício do I Seminário de Empregabilidade LGBTI+ nesta terça e que se estende até quinta-feira (14). A iniciativa tem o objetivo de debater projetos e práticas de inclusão no mercado de trabalho que garantam mais inconstância de gênero e sexo.

Debates

A director da Assessoria de Participação Social e Variedade do Ministério do Trabalho e Serviço (MTE), Anatalina Lourenço da Silva, afirmou que a interseccionalidade de racismo e LGBTfobia tem resultado em discriminação no Brasil. “Quando debatemos empregabilidade para a população negra e fazemos recorte dos negros gays, das lésbicas negras e dos transexuais negros, estes estão na ponta da precariedade dos empregos, no país.” E por isso, a representante do Ministério do Trabalho defende cotas para pessoas trans em futuros concursos públicos.

O procurador regional do Trabalho, Eduardo Varandas, destacou que, historicamente, as pautas que norteiam as discussões relacionadas a direitos da comunidade LGBTI+, em universal, estão ligadas a questões de saúde, porquê a infecção por HIV/aids e os crimes de ódio. Porém, o procurador aponta que a tarifa do ofício e a geração de renda deste grupo deve ser considerada prioritária pelo valor social do trabalho.

“É a empregabilidade que tira da marginalidade, que insere na cidadania, que recupera a distinção, que empodera, que alimenta a autoestima, que faz se sentir útil e que dá a sensação de pertencimento”, enfatiza.

 

O procurador reforça que no contextura da contratação, o único elemento que se admite porquê seletividade para contratação é o curriculum vitae profissional, a qualificação profissional do sujeito. “Nenhum outro caráter, principalmente ligado à questão da inconstância sexual e de gênero deve ser recepcionado porque é criminoso”.

Ariadne Ribeiro, solene de Paridade e Direitos do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/aids (Unaids), denunciou práticas discriminatórias, tanto nos processos seletivos para recepção em empresa brasileiras, quanto durante o contrato de trabalho e até mesmo no caso de promoções na curso, o que é proibido na legislação trabalhista. Ariadne citou que os transgêneros têm o legítimo recta de serem tratados de congraçamento com o gênero com o qual se identificam, independentemente de submissão a procedimentos cirúrgicos de transgenitalização “É importante que a gente ainda lute pelas pessoas menos favorecidas. E progredir em todas as pautas LGBTI necessita que reconheçamos o caminho que ainda há de ser percorrido”.

Dados

Durante o evento, o procurador Regional do Trabalho Eduardo Varandas mencionou o estudo da Instauração de Esteio à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) que aponta que, em 2020, somente 13,9% das mulheres trans e travestis entrevistadas tinham ofício formal. Leste percentual aumenta para 59,4% no caso de homens trans.

O diretor-presidente da Associação Vernáculo LGBTI+, Toni Reis, pediu ao governo federalista o registro solene de informações sobre a empregabilidade de pessoas deste grupo populacional.

“Precisamos ter os nossos dados dentro do cadastro de ofício do nosso país. É uma demanda clara. Sem dados, não há condições de fazerem políticas públicas direcionadas ao público LGBTI+.” 

Denúncias

O cidadão LGBTI pode reclamar seus direitos trabalhistas na Superintendência Regional do Trabalho e Serviço, na justiça do Trabalho, até mesmo no sindicato que representa a categoria, para que adotem as medidas cabíveis dentro de suas atribuições.

Ou por outra, o trabalhador pode encaminhar denúncia aos órgãos de fiscalização trabalhista, porquê o Ministério Público do Trabalho, por meio das Procuradorias Regionais do Trabalho e nas Procuradorias do Trabalho nos municípios e pelo aplicativo “Pardal MPT – Denúncias”, que pode ser baixado em smartphones.

Evento

O I Seminário de Empregabilidade LGBTI+, realizado na sede do Ministério do Trabalho e Serviço (MTE), na capital federalista, é promovido pela Associação Vernáculo LGBTI+, pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e entidades representantes do público LGBTI+.

O evento inédito reúne representantes do poder público, da sociedade social organizada e empresários para debater soluções que ampliem as oportunidades de inclusão do público LGBTQIA+ no mercado de trabalho e representem a inclusão socioeconômica.

Fonte EBC

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