Marcelo D2 Leva Show De Samba De 'iboru' Ao Lollapalooza

Marcelo D2 leva show de samba de 'Iboru' ao Lollapalooza 2024

Celebridades Cultura

Cantor se apresenta nesta sexta-feira (22) no festival, que rola no Autódromo de Interlagos. Em junho do ano pretérito, ele esteve no g1 Ouviu ao vivo e falou sobre o trabalho. Marcelo D2 leva show de samba ao Lollapalooza
Rodrigo Ladeira/Divulgação
Marcelo D2 fez seu nome dentro do rap pátrio com letras sobre violência policial, maconha, liberdade de sentença e também sobre paixão e família. Com quase 30 anos de curso, ele, logo, decidiu explorar de vez outras sonoridades em “Iboru”, seu nono álbum, devotado ao samba.
Em junho do ano pretérito, durante uma entrevista ao g1 Ouviu ao vivo, D2 falou sobre fazer um álbum todo para o estilo. “Não é novidade para ninguém de que faria um disco de samba. Mas eu estava procurando por ele há 30 anos. Faz segmento do meu sazão porquê músico, porquê varão, porquê pai, porquê marido”, disse.
D2 apresenta o show deste trabalho no Lollapalooza 2024, na sexta-feira (22), no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
“Eu queria encontrar o meu samba. Eu não queria fazer o samba do Zeca Pagodinho, porque o samba do Zeca é incrível. Assim porquê eu não quero fazer o samba-rock do Jorge Ben e o som do Tim Maia, porque são pessoas incríveis.”
O samba do Marcelo D2
O estilo sempre rondou o trabalho de D2, seja com Planet Hemp, desde o primeiro disco da orquestra, “Usuário”, de 1995, seja em curso solo, em “À procura da batida perfeita”, de 2003.
Essa aproximação ainda veio pelas amizades, D2 teve ao seu volta durante as três décadas de trajetória músico nomes porquê Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho. Eles, aliás, foram inspirações para “Iboru”.
Zeca Pagodinho recebe o rapper sambista Marcelo D2 na gravação ao vivo do show ‘Zeca Pagodinho 40 anos’
Will Aleixo / Divulgação
“Oriente é um disco de música do Marcelo D2, um samba do Marcelo D2. Tem influências do Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, do Cacique de Ramos, que é um movimento tão importante para a música brasileira porquê foi a Bossa Novidade e a Tropicália”, disse o cantor.
“Isso tem muito na minha música, mas também tem muito o rap de Novidade York”, afirmou.
“Esse disco é basicamente uma feijoada na caixinha de batata frita.”
Geração TikTok
O trabalho ainda tem pretensão, ou melhor, sofreguidão: chegar à turma mais novidade, a “geração TikTok”.
“O samba é visto porquê música dos nossos pais, mas também somos os nossos pais”, disse o cantor. “A proposta minha na sonoridade minha de ‘Iboru’ é trazer a música contemporânea, que é o rap e foi em tudo quanto é lugar, para dentro do samba.”
Marcelo D2 diz que está se sentindo bendito com novo álbum
“Isso vai conectar essa novidade geração. Não é uma pretensão, é uma sofreguidão, é uma vontade de que isso aconteça. A gente tem coisas ricas no Brasil, o entretenimento e a cultura podem andejar juntas.”
Conexão com a fé
Outro caminho que D2 explorou neste trabalho foi a religião. Ele já tinha abordado o tópico em tom crítico em “Desabafo”, em 2008. Agora, sua visão de fé é outra.
“Tem um encontro com a fé, que já tinha dentro de mim e eu só reconheci. Pelo pretérito punk, mais libertário, eu fugi da religião porque achava que tinha que estar dentro do templo, não da gente. Depois descobri que está em nós.”
Marcelo D2 no g1 Ouviu
Fábio Tito/g1
“Minha mãe era uma pessoa de muita fé, ela saía da igreja, ia para o candomblé, e isso me tocou”, contou. “Eu sou um rostro de fé, e só reconheci isso.”
“Iboru” em Yorubá significa, na tradução livre, “que sejam ouvidas as nossas súplicas”. Há murado de dois anos, D2 se iniciou no Ifá, religião de matriz africana.
“No Ifá, quando a gente se saúda, se encontra, a primeira coisa que a gente fala para o irmão é ‘Iboru, Iboya, Ibosheshe’, que são as três mulheres que Orunmilá encontra no caminho dele”, contou.
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“Iboru” veio escoltado por um curta-metragem, roteirizado por D2 e codirigido por Luiza Machado.
A teoria inicial é de que levante seja o primeiro trabalho de uma trilogia, sendo outras duas partes batizadas de “Iboya” e “Ibosheshe”.
“Eu ainda não sei se é uma trilogia de discos ou de projetos. Eu comecei a perceber que a mudança do CD para o streaming, a gente vê muita música hoje, a música tem outro papel do que na estação que eu comecei a fazer”, disse.
“E eu estou buscando essas plataformas também. Eu brinco que estou fazendo música para poder fazer filmes.”
Marcelo D2: Cinco músicas para entender sua trajetória

Fonte G1

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