Mc Bin Laden No 'bbb 24': Funkeiro Estourou Com 'tá

MC Bin Laden no 'BBB 24': Funkeiro estourou com 'Tá Tranquilo Tá Favorável' em 2015; conheça

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Cantor é o primeiro torrinha anunciado no reality show. Ele também ficou espargido por gravar música com o Gorillaz. MC Bin Laden é secção do Torrinha no ‘BBB 24’
Divulgação

MC Bin Laden foi o primeiro membro do grupo do Torrinha anunciado no “BBB 24” nesta sexta-feira (5). Com 30 anos, o funkeiro nasceu em São Paulo e estourou no país inteiro com os hits “Tá Tranquilo Tá Favorável” e “Bololo haha” em 2015.
Ele também ficou espargido por uma música em parceria com o grupo britânico Gorillaz.
O programa começa na próxima segunda-feira (5), com um totalidade de 26 participantes.
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Da (quase) ingresso para o tráfico de drogas à turnê pela Europa e parcerias com grandes nomes internacionais. Jefferson Cristian dos Santos Lima, o MC Bin Laden, coleciona histórias tranquilas e outras não tão favoráveis na sua trajetória.
Entre suas conquistas estão turnês no exterior, a participação de um show marcante do Jack Ü, projeto do Diplo e Skrillex no Lollapalooza em São Paulo, elogios do site especializado Pitchfork e feats estrelado com nomes porquê o Gorillaz.
Mas nem tudo na curso do face foi glamoroso. Relembre as histórias de MC Bin Laden.
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A (quase) trilha errada
Antes de ser espargido na quebrada porquê MC Bin Laden, Jefferson Cristian dos Santos Lima era o MC JK. “Nessa era, eu quase entrei para o tráfico, porque eu passava míngua, passava muita dificuldade mesmo”, contou Bin Laden em uma entrevista ao g1 Ouviu.
“Eu pedi para entrar no tráfico mesmo. Só que eu já cantava funk. Normalmente, a gente fazia a alegria da rapaziada ali, fazia umas rimas brincando, e o pessoal falou, ‘não entra, não. Vocês são muita luz, muito alegres, são os caras que trazem alegria para a gente’. Éramos eu e o MC Rayak.”
Ele conta que tempos depois o Rayak acabou sendo recluso quando foi fazer um show na Baixada Santista, por estar em uma mesma moradia com pessoas que eram procuradas pela Justiça. “A gente andava junto e ele falava para eu não entrar nessas paradas”, diz.
“De tanto os caras falarem ‘você é muita luz’, ‘você é muita alegria, muita vibe’, ‘esse mundo não é pra você’, eu falei, ‘é isso mesmo, vou tentar o funk’.”
Enquanto trabalhava vendendo tênis na rua 25 de março, em São Paulo, o funkeiro fazia shows em pequenos bailes na periferia e era chamado para trovar em quermesses. O funk em subida na era era o ostentação, estilo dissemelhante do que JK fazia. “Não tinha o que ostentar. Andava com tênis furado.”
Mentirinha para o muito
Quando Jefferson ainda era JK, aspirante a funkeiro de sucesso, a KL, uma das principais produtoras do estilo na era, estava organizando uma série de testes para revelar novos talentos na cena.
Wanderson Cardoso de Oliveira, produtor e caçador de talentos, espargido porquê Mano DJ chamou JK para um desses testes.
“Tinha um monte de MC lá. O Mano DJ falou que tinha um empresário que queria me ver cantando, porque eu cantava proibidão. Era tudo patranha dele”, diz Bin Laden.
“Chegou na hora, ele [Mano DJ] disse: ‘seguinte, ninguém quer te ver não, mas eu sei que você canta pra caramba, e o pessoal vai curtir seu jeito, seu carisma, e você vai passar’. Ele confiou”.
Ainda porquê JK, ele foi o último a trovar. A música escolhida foi um funk proibidão, “Senhor das armas”, que já mencionava Bin Laden.
“Ficaram impactado, porque, na hora, todo mundo estava cantando ostentação, putaria e ousadia. Eu cheguei cantando outro tipo de música. Acabei entrando.”
A geração de Bin Laden
A música que mencionava Bin Laden surgiu depois de Jefferson testemunhar a um documentário e o nome fico.
“Fui testemunhar e pensei na música. A gente caçou outros nomes, Kabum, Esfera 7, Esfera 8, granada, um monte de coisas. Mas os caras falaram que para colocar Bin Laden mesmo. ‘É louco demais, combina com ele’. Era Bin Laden. Eu queria MC, ficou: MC Bin Laden.”
O funkeiro conta que não tinha teoria de que adotar o nome de um terrorista, líder da al-Qaeda, responsável pelos atentados de 11 de setembro de 2001, nos EUA, poderia suscitar problemas para ele no porvir.
“Eu achei que ia estourar só no quarteirão de moradia. Não imaginava que ficaria tão grande. [Para mim era] ‘não vai dar zero’. A gente é novão, pleno de sonho. Era ‘põe a gente pra trovar nos palcos'”, diz.
Segundo ele, existem planos para mudar seu nome artístico, ainda que seja uma teoria para mais adiante. Uma das opções é BL, para permanecer mais próximo e não perder a identidade artística.
“Quando me perguntam se eu sou feliz [com o nome], na verdade, não sou, por entender o nome que eu carrego”, disse em entrevista ao g1.
“Creio que no momento claro, vou ultimar mudando. E deixo isso muito evidente até porque, muita gente fala, ‘não, zero a ver, só pra entrar nos Estados Unidos’. Não é, é saber do peso que o nome carrega e eu não quero carregar.”
Rima improvisada
Um dos primeiros sucessos porquê Bin Laden foi “Bololo haha”, e música veio de uma rima inesperada em uma das suas apresentações.
Naquela era, bombava uma montagem feita pelo MC Branquinho, com Passinho do Romano e voz do Nego do Borel.
“Era um ponto de voz do Nego do Borel no verso ‘quero ver os menor embrazar hoho haha'”, contou MC Bin Laden.
Em uma noite, ele foi se apresentar com o MC Kauan e um garoto, na plateia, estava com um galanteio de cabelo dissemelhante: de um lado escrito “bololo” e do outro “haha”.
“O moleque estava ali na frente e eu comecei a mandar uma rima, que saiu sem querer: ‘porque cá nois dá risada e bota pra estugar’. A rima era para o cabelo do moleque”, diz. “Do zero, o dança começou a trovar, porque o Branquinho era do bairro e a música estava estourada. Naquela música era ‘hoho haha’ e eu fui com ‘bololo haha, bololo hahahaha’.”
O refrão foi cantado outras vezes e viralizou nas redes sociais, antes mesmo de ter a música. “Em seguida, uma das prévias já tinha 100 milénio visualizações, depois a gente fez o vídeo na van e jogou na internet, mais 100 milénio.” E ele começou a ser chamado para mais shows.
“Pensei: preciso ir para moradia, permanecer sozinho e fazer essa música, porque é ela que vai me levar pra cima. Fiz a música em 40 minutos, dei meu melhor nesses 40 minutos, lavando a espírito.”
A filete conquistou nomes importantes da música eletrônica dos EUA, Diplo e Skillex.
MC Bin Laden comenta ‘Tá tranquilo, tá favorável’
R$ 100 do empresário, R$ 400 do bolso
No entanto, foi com outra música que Bin Laden furou a bolha e virou fenômeno. Ele já andava incomodado com as músicas cheias de palavrão que estava fazendo e queria alguma coisa dissemelhante. O colega MC Gudan deu um toque para fazer tracks mais divertidas.
“Fui dormir, acordei, sentei e escrevi ‘Tá tranquilo, tá favorável'”, diz. “A mensagem seria de um menor que virou, deu um giro na vida e tá firmão, tá tranquilão, tá brindando com aqueles que desacreditaram. A teoria era muito nesse noção.”
Só que a música demorou para pegar em São Paulo, apesar do sucesso em outras cidades. A saída era gravar um clipe. “Fiz o galanteio Cascão do Ronaldo Fenômeno, raspei um dos sovacos e mostrei a ventre. Eu tinha vergonha de permanecer sem camiseta”, diz.
Bin Laden conta que o empresário deu R$ 100 e ele colocou gasolina com mais R$ 400 do bolso para descer para o Litoral Setentrião de São Paulo. “Comprei um champanhe de R$ 30, um charuto de R$ 15 e fomos gravar. No término do dia, não tinha porquê voltar e ficamos na moradia de uma fã que reconheceu a gente.”
“O vídeo tinha começado a rodar e a minha namorada da era disse que eu tinha que ter vergonha, porque todo mundo fazia clipe ostentando e eu gravava vídeo zuado, me zuando”, diz. “Pedi para tirar do ar. Lembro que até briguei no dia porque não tinha investimento para os clipes.”
“Mas o moleque me mostrou os comentários de gente falando que estava com cancro no hospital, outra com depressão, triste, e que estavam dando risada com vídeo. Até o Lucas Lucco disse que estava passando por um momento triste e assistiu várias vezes porque curtiu muito.”
Duas semanas depois, o clipe estourou. Já o namoro acabou.
Depressão
Depois da euforia de “Tá tranquilo, tá favorável”, entre os anos de 2018 e 2021, Bin Laden encarou uma maré mais baixa na curso. Foi rejeitado por vários artistas para fazer música ou, se rolava o feat, sentia que o colega não fazia esforço tanto para se entregar para a parceria ou publicar o trabalho.
“Achei que estava desvalorizado, estava com a cabeça ruim para trampar”, contou. Veio a depressão, mas também convites para ir para fora. Ele gravou com nomes porquê o C. Tangana, que estava estourado na Espanha na era, fez trabalhos em Portugal e na Itália.
“Eu não estava entendendo o que estava acontecendo com a minha curso. Tinha muita gente envolvida, a coisa não estava permitido. Estava indo forçado para o estúdio, para satisfazer agenda”, diz. “Eu queria permanecer mais lá fora do que cá, porque parecia que lá fora eu era mais valorizado.”
“Entendi que o problema não era ninguém, era eu que não estava com a cabeça muito boa, tanto para relacionamentos quanto para entender o momento.”
“Na música, você precisa permanecer ativo, eu não sou de gerar polêmicas para permanecer por cima. Prefiro permanecer pela música.”
Quando voltou ao país, decidiu se reorganizar. Reviu a gestão, as relações com pessoas com quem trabalhava e o que tinha ausente do funk e dos artistas.
“Pensei em me matar. Quase tentei tirar a minha própria vida. Foi um momento difícil não saber mourejar com isso: estar no quarto, pensando em tirar a própria vida, e ter que trespassar para fazer show”, diz. “O pessoal, vendo você alegrizão, não sabe porquê você por dentro.”
“Me aproximei de pessoas que queriam meu muito, que colocaram o meu pé no soalho, que me ajudaram a me restaurar e me sanar. Tive que me encontrar na religião de forma mais profunda, e entender o processo e trespassar da situação. Me apeguei à religião, à liceu e à minha família. Consegui permanecer suave.”
Feat com Gorillaz
Damon Albarn, do Gorillaz, e MC Bin Laden
Registo pessoal
Foi a galera nas redes sociais que deu o toque em Bin Laden que Damon Albarn, vocalista do Blur e do Gorillaz, tinha comentado em uma entrevista sobre vontade de gravar com ele.
Albarn conheceu o som do funkeiro por meio do rapper britânico Slowthai, que já cantou com o Gorillaz e trabalhou com o funkeiro. Bin Laden e sua equipe foram detrás da produção dos caras, sem muitas expectativas.
A resposta positiva sobre o encontro veio, mas Bin Laden e a turma teriam de voar de São Paulo até o Rio. “A gente tinha show em São Paulo e não tinha voo. Pegamos o coche e fomos.”
No encontro, que rolou em maio de 2022, por cinco horas, eles gravaram duas músicas. Uma delas, “Controllah”, saiu em fevereiro deste ano, e tem mais o estilo de Damon, “mais relax”. E Bin Laden comemorou nas redes sociais.
“É uma vitória pro funk, pro movimento. Um feat meu com uma das maiores bandas do mundo. Funk sendo ouvido no mundo todo.”
Além do Gorillaz, Bin Laden conta que ainda espera fazer um feat com Charli XCX, com quem trocou mensagens pelo Instagram. Com ela, no entanto, a proposta, se rolar, é outra: funk mandelão, e estilo mais raiz do funk.
VÍDEOS: MC Bin Laden no g1 ouviu ao vivo

Fonte G1

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