'mestres Do Ar' Leva Ação De Band Of Brothers Para

‘Mestres do Ar’ leva ação de Band of Brothers para os céus – 25/01/2024 – Ilustrada

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Aviões voando são uma manente na minissérie “Mestres do Ar”. São as aeronaves grandes e típicas da Segunda Guerra, que impressionam pela quantidade de peças e armas distribuídas ao longo de toda a sua extensão. Uma vez que todo veículo de combate, essas aeronaves prendem a atenção quando entram em ação —em privativo por sua vulnerabilidade.

Um exemplo é o orgasmo do primeiro incidente da produção, um bombardeio em território inimigo. Durante a ofensiva, um dos aviões explode e vira uma globo de chamas em pleno ar depois um tanque de gás ser atingido por tiros inimigos. Uma vez que a tragédia nunca é pouca, logo antes da explosão vemos um dos pilotos da avião morto em sua cadeira, com o rosto lacerado —a músculos viva, do nariz até a boca, revela até a sua caveira.

Momentos uma vez que esse definem o suspense que tapume a história do programa. A produção, que estreia nesta sexta no Apple TV+, recria os dias de sufoco do 100° grupo de bombardeio, principal subdivisão da força aérea americana no conflito e que conseguiu o maior número de ataques aéreos contra os nazistas. Por consequência, a tropa sofreu perdas consideráveis, com mais de 170 aviões —e tripulações— destruídos em combate.

Para dar vida à história, o seriado tem doses cavalares de avidez. O orçamento é tão gordo e vistoso que permitiu aos produtores erigir do zero duas aeronaves B-17, o protótipo usado pelos soldados na estação. O elenco tem atores do momento, incluindo Austin Butler, o Elvis Presley da cinebiografia de Baz Luhrmann, e Barry Keoghan, de “Saltburn”.

O grande investimento acompanha ainda os nomes de Steven Spielberg e Tom Hanks, produtores que com “Rabi do Ar” concluem uma trilogia de séries sobre o conflito. A minissérie encerra um quadro da atuação das tropas americanas na Europa, mostrando o combate aos nazistas em terreno, chuva e, agora, o ar. Uma teoria nascida na esteira do sucesso do filme “O Resgate do Soldado Ryan”, em 1998, dirigido por Spielberg e protagonizado por Hanks.

O projeto começou em 2001 com “Band of Brothers” na HBO, que antecipou a era de superproduções na TV reencenando os movimentos de uma tropa de paraquedistas. O sucesso do programa ajudou os produtores a lançar “O Pacífico”, que fez fragor parecido em 2010 ao seguir diferentes regimentos da marinha do país.

“Eu assistia a essas séries com meu pai quando era pequeno”, diz Austin Butler. Uma vez que quase todo o elenco de “Mestres do Ar”, o ator tinha 10 anos na estação da exibição de “Band of Brothers”, e a experiência uma vez que testemunha o ajudou a topar quase que imediatamente o papel.

“Essas produções me impactaram quando era muito jovem e por isso eu sempre fui fascinado por essa estação da história. Quando li os roteiros e descobri a história que inspirou a série, me encheu de honra a oportunidade de fazer secção disso.”

“Mestres do Ar” é desenvolvida desde 2013, e a morosidade para trespassar do papel passa pelo repto de recontar uma história passada no espaço distraído. Além de trocar de lar, da HBO para a Apple, a minissérie adapta o livro homônimo de Donald L. Miller, um calhamaço de quase milénio páginas.

“Eu e o Tom gostamos de tocar as coisas com calma”, diz o produtor executivo Gary Goetzman, que trabalhou nos três programas. Apesar de parecer o parceiro taciturno da empreitada com Spielberg e Hanks, o veterano é considerado uma mito na indústria —suas histórias de vida foram a base para o filme “Licorice Pizza”, de Paul Thomas Anderson.

“O livro de Donald Miller é muito grande e precisávamos entender o que a gente queria mesmo usar na série. Isso consumiu muito tempo na pré-produção e, entre ver centenas de aviões no ar e mostrar a camaradagem dos soldados, a gente precisou refazer toda a abordagem.”

Para os atores, essa atmosfera foi crucial para refazer os passos dos pilotos na guerra. “O papel de todo mundo impacta a série de alguma forma, mesmo se você estivesse no set por um ou dois dias”, diz Barry Keoghan. O ator irlandês vive um dos poucos soldados não americanos, um piloto bastante sincero que gosta de se meter em encrenca.

“Essa é a venustidade do projeto, porque todo mundo se sentiu importante na história do outro. Parecia que estávamos ali, vivendo aquele conflito.”

Para Callum Turner, que junto de Austin Butler vive um dos líderes da tropa, o trabalho coletivo do elenco visava reproduzir o esforço dos personagens para combater o nazismo. “Foi aquele grupo inteiro que salvou o mundo, e por isso todos eles mereciam ter as suas histórias contadas, dos artilheiros aos que coordenaram a partida e aterrissagem dos aviões”, diz o ator britânico.

Na minissérie, isso é perceptível no horror da guerra aérea. A primeira cena de combate, o tal bombardeio, revela o quão vulnerável estavam as tripulações confinadas naqueles aviões enormes. A passagem de uma avião inimiga atirando a esmo poderia estoirar metade da equipe em segundos, que ainda sofria com equipamentos danificados.

“As cabines são muito desconfortáveis e você entende a magnitude da coragem desses homens de estar ali dentro”, afirma Turner. “Elas são latas imensas com uma estrato muito fina de proteção. Se uma projéctil atinge o avião, era muito fácil ele explodir e levar todo mundo junto.”

Para dar conta de tudo, a produção investiu em diretores de renome. Os primeiros quatro capítulos, por exemplo, são assinados por Cary Joji Fukunaga, que dirigiu a primeira temporada de “True Detective” e o filme mais recente de James Bond, “Sem Tempo Para Morrer”.

O programa conta ainda com a dupla Anna Boden e Ryan Fleck, do primeiro “Capitã Marvel”; Dee Rees, cineasta que estourou em 2017 com o drama “Mudbound”; e Tim Van Patten, veterano que fez diversos episódios das séries “Família Soprano”, “The Wire” e “Deadwood”.

A oportunidade de trabalhar com esses nomes em uma produção uma vez que a de “Mestres do Ar” deu novo sentido à operação de Goetzman, que coordenou até quatro sets simultâneos para a minissérie.

“Todos eles se acostumaram a trabalhar com orçamentos pequenos do cinema independente, e por isso foi jocoso dar equipamentos a eles que nunca puderam sonhar”, diz o produtor. “Foi engraçado, parecia algumas vezes que você estava mimando eles.”

As filmagens foram turbulentas, porém. Primeiro porque a produção começou no início de 2021, quando a pandemia de Covid-19 desacelerava o trabalho nos sets e inflacionava os custos. Segundo Goetzman, o calendário de quase um ano e as mais de 1.250 pessoas envolvidas fizeram a minissérie pausar a produção algumas vezes.

Mais frágil, mas, foram as acusações de assédio moral envolvendo Fukunaga. Uma reportagem da Rolling Stone em maio de 2022 acusou o diretor de práticas trabalhistas inapropriadas nas filmagens de “Mestres do Ar”, incluindo a perseguição de mulheres. Ele não se pronunciou até o momento sobre as alegações.

A existência do caso explica porque o elenco e o produtor não citaram o nome de Fukunaga em qualquer momento das entrevistas. Quando questionados sobre o trabalho com os diretores, os artistas preferiram evidenciar outros envolvidos.

Austin Butler e Gary Goetzman, por exemplo, elogiam Anna Boden e Ryan Fleck, dupla que o ator se diz fã desde o filme “Encurralados”, de 2006. Já Callum Turner lembra com carinho de Dee Rees, que diz ter escrito algumas de suas cenas favoritas.

Folha

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