Meta Age Como 'biruta Ideológica' , Dizem Especialistas 07/01/2025

Meta age como ‘biruta ideológica’ , dizem especialistas – 07/01/2025 – Tec

Tecnologia

O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, deu um cavalo de pau na moderação de teor nas redes sociais administradas pela empresa. Depois de oito anos de pronunciamentos em que ressaltava ações para sustar vieses contra minorias e efeitos nocivos desses sites para a saúde mental, além de desinformação eleitoral, ele anunciou nesta terça-feira (7) mudanças profundas nas políticas da companhia, com o termo do programa de checagem.

A mudança é vista porquê um alinhamento ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que governará com suporte das duas casas legislativas e da Suprema Golpe. O político disse que as alterações provavelmente ocorreram em decorrência de ameaças feitas pelo próprio republicano no pretérito.

“Ele age porquê uma biruta ideológica e contradiz completamente o exposição de combate à desinformação e de que as redes da Meta, porquê ele definia, seriam um espaço para a comunidade mundial”, afirma o antropólogo e professor do departamento de Estudos da Mídia da Universidade de Virgínia David Nemer.

O professor avalia que o CEO da Meta quer seguir o exemplo de Elon Musk e auferir ganhos econômicos por meio de posicionamentos políticos em prol de Trump. “Essa é a aposta segura quando os três Poderes dos Estados Unidos apontam no mesmo sentido.”

O vídeo também foi publicado na página de relações com investidores da Meta.

Em cláusula assinado pelo novo vice-presidente de assuntos globais, Joel Kaplan, a companhia afirma que as medidas anunciadas por Zuckerberg visam incentivar que as pessoas se comuniquem mais e evitar bloqueios equivocados.

“Muito teor inofensivo é censurado, muitas pessoas se veem trancadas injustamente na ‘calabouço do Facebook’ e, com frequência, somos lentos em respondê-las”, escreve Kaplan.

De pacto com o texto, os algoritmos e protocolos cada vez mais complexos da big tech levariam a erros que cerceariam a liberdade de sentença.

“É hora de focar em reduzir erros, simplificar nossos sistemas e voltar às nossas raízes de dar voz às pessoas”, sintetizou Zuckerberg.

A empresa encerrará nos Estados Unidos a partir desta terça o programa de verificação de fatos via parceiros, que será substituído por um protótipo de notas da comunidade, nos moldes do que Musk implantou no X. Depois, a mudança —válida para Facebook, Instagram e Threads— também será implementada em outros países.

Para o professor da Faculdade de Recta da USP Juliano Maranhão, a Meta não deixará de respeitar a lei, mas abandonará a atual postura proativa. “Eles vão guiar os esforços e ferramentas de moderação de teor para aquilo que for manifestamente ilícito e delito: pornografia infantil, terrorismo e tráfico de drogas.”

Nesses casos, a tecnologia para detecção é mais avançada e a ilegalidade do teor ilícito é mais objetiva. “O mal é maior e o risco de erro é menor.”

Ele, porém, pondera que a empresa não apresenta dados sobre a quantidade de falsos negativos que supostamente prejudicariam os usuários. “Seria importante ter transparência, não sugerir que outros governos fazem exigências ambíguas e ideológicas, que seriam voltadas para repreensão e para atender somente a interesses políticos ou geopolíticos.”

Até portanto, a empresa era citada por autoridades brasileiras porquê um exemplo entre as big techs na relação com o governo para evitar desinformação eleitoral, sanitária e questões de proteção de dados, por se mostrar sempre disponível a convocatórias.

O provável claro da reclamação de Zuckerberg sobre as cortes latino-americanas, o ministro Alexandre de Mores, citou a Meta porquê “uma das maiores colaboradoras da Justiça Eleitoral” durante as eleições de 2022. A big tech, por outro lado, já chamou acordos de colaboração com agências de checagem de “proteção das eleições”.

Para a analista-chefe da plataforma de monitoramento Emarketer, Jasmine Enberg, “a checagem de fatos saiu de tendência entre os executivos”.

“Mídias sociais estão tão politizadas e polarizadas, que desinformação se tornou um termo da tendência para definir desde mentiras deslavadas a perspectivas das quais as pessoas discordam”, afirma Enberg.

Para ela, desapertar a moderação de teor é um meneamento a eleitores de Trump que já haviam deixado a rede. Embora o número de usuários nas redes da Meta esteja em prolongamento desde sua instalação, essa tendência apresenta sinais de desaceleração.

Outrossim, a penetração do Facebook e do Instagram entre os usuários americanos de internet está estagnada há anos na moradia dos 40%, mostram dados da Emarketer. No Brasil, tapume de 80% da população do dedo usa pelo menos uma das redes sociais, de pacto com a empresa.

O endurecimento das regras de moderação do Facebook começou em novembro de 2016, quando repercutiram na prensa e nas redes sociais acusações de que a plataforma de Zuckerberg não filtrara denúncias falsas contra a democrata Hillary Clinton, que concorria à Vivenda Branca.

Meses antes, a big tech havia substituído o time de moderadores humanos por uma solução baseada século por cento em programas de computador.

Zuckerberg publicou que as denúncias seriam “loucura” e respondeu com fotos indicando que ele votara em Clinton. A empresa portanto contratou uma equipe para trabalhar com moderação.

Crises posteriores levaram a mais protocolos de filtragem de teor. O vazamento dos Facebook Papers, por exemplo, apresentou indícios de que os aplicativos da Meta eram prejudiciais para menores de idade e de que a big tech tinha moderação precária em países de língua não inglesa,

“Governos e mídia pressionam para vituperar mais e mais”, afirmou Zuckerberg nesta terça.

“A Europa tem um número cada vez maior de leis institucionalizando a repreensão e dificultando a inovação, e países da América Latina têm tribunais secretos que podem ordenar que empresas removam conteúdos de forma silenciosa”, acrescentou.

O conglomerado de redes sociais já sofreu multas ao volta do mundo por práticas anticoncorrenciais, violações à proteção de dados, além de ser questionada por vieses em sua perceptibilidade sintético e por prejudicar a saúde mental de crianças e adolescentes.

Zuckerberg, diz Nemer, posicionou a Meta porquê “uma plataforma americana que promove os valores americanos” ao falar de perseguição contra as empresas dos EUA.

Folha

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