Decisão Da Meta De Eliminar Checagem Rompeu Padrões 11/01/2025

Meta: equipe de moderação fica no Texas, diz ex-diretora – 14/01/2025 – Tec

Tecnologia

Entre as mudanças anunciadas na terça-feira (6), o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, destacou que tiraria as equipes de moderação de teor da Califórnia para “lugares onde há menos preocupação com o viés das equipes”. Mas a maior secção desse setor já estava em bastiões conservadores dos Estados Unidos, porquê Texas e Arizona, afirmou a ex-diretora de assuntos governamentais do conglomerado Katie Harbath.

Ela diz que a empresa tirou da Califórnia seus times de segurança e moderação em função dos altos salários e maior tributação, segundo a ex-diretora. Isso, argumenta, dificulta que funcionários se organizem para contraditar mudanças ou expressar insatisfação.

Por isso, pouco deve mudar na forma porquê as plataformas do grupo (Facebook, Instagram e Threads) aplicam as diretrizes da comunidade, afirmou à Folha Harbath, que hoje trabalha na consultoria Duco Experts. Procurada, a Meta afirmou que não iria comentar.

Segundo a executiva, quem ainda está na Califórnia, em Menlo Park, é unicamente a liderança dessas equipes, e a mudança desse grupo para escritórios texanos não deve ter efeito em quem faz a moderação de teor na ponta —que, de conciliação com a fala de Zuckerberg, estaria enviesado

“Vamos mudar nossas equipes de crédito e segurança e moderação de teor para fora da Califórnia, e a revisão de teor nos EUA será baseada no Texas. Enquanto trabalhamos para promover a liberdade de frase, acredito que isso ajudará a edificar crédito ao realizar esse trabalho em locais onde há menos preocupação com o viés de nossas equipes”, disse ele em seu pronunciamento.

De conciliação com Harbath, esse trecho do pronunciamento é uma cortesia a Donald Trump e a Elon Musk, que moveu a sede do X (ex-Twitter) para o Texas em seguida comprar a plataforma. “As eleições americanas influenciam o comportamento da companhia em todo o mundo pelos próximos quatro anos,” disse Harbath.

“Mesmo que a Meta tenha uma atuação global, ela é uma empresa americana, é originário que esteja mais alinhada aos interesses americanos”, complementou. Nos Estados Unidos, os republicanos, além de Trump na Presidência, têm maioria no Congresso e na Suprema Namoro.

O GOP (Grand Old Party), porquê o partido republicano é espargido nos EUA, já pressionava as plataformas por mudanças na moderação, devido a uma suposta prática de repreensão ao remover conteúdos ofensivos a LGBTQIA+, migrantes e minorias étnicas. “Zuckerberg cedeu à influência”, resume a ex-executiva da Meta. O texto que orienta a política de moderação também foi desfigurado para permitir ofensas a essas minorias.

Para o diretor do ITS-Rio (Instituto Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro), João Victor Archegas, a menção ao Texas é mais um sinal da sujeição da Meta ao trumpismo. O estado americano, junto com a Flórida, aprovou uma regulação em 2021 que prevê punição às redes sociais quando as empresas etiquetarem, removerem ou reduzirem a exposição de uma publicação.

A lei foi aprovada em seguida filtros do Facebook removerem uma reportagem do New York Post sobre um suposto caso de tráfico de influência do rebento de Joe Biden, Hunter Biden, com uma companhia ucraniana, com base em informações vazadas de um laptop. O caso não foi comprovado, mas outros dados do computador levaram à pena de Hunter por mentir sobre uso de drogas em um formulário para ter recta a porte de armas.

Os legisladores argumentaram que a medida visa moderar um viés contrário aos conservadores percebido por eles na emprego de regras da comunidade. A regulação impõe que as plataformas entreguem um relatório anual às autoridades locais justificando cada restrição imposta por seus times de segurança.

Duas entidades de pressão, das quais a Meta faz secção, questionaram a legitimidade das regras texana e floridense à Suprema Namoro americana, que repassou o caso para instâncias inferiores. Ainda não houve decisão sobre o tema.

A mudança para o Texas também sinaliza um esteio à essa lei de moderação de teor, considerada mais protetiva à liberdade de frase, avalia Archegas. “Isso acaba se transformando também numa boa desculpa [para deixar de moderar conteúdo] no horizonte.”

Ao reportar o suposto viés dos californianos, o fundador do Facebook tentaria se eximir da culpa pelos erros de moderação, avaliou o legista Caio Machado, cofundador do Instituto Vero. “Quem é o grande formulador das políticas da Meta é a própria direção da empresa que responde ao próprio Zuckerberg.”

Harbath afirmou que o CEO é um líder centralizador. “A mudança recente na diretoria de assuntos governamentais, agora sob o republicano Joel Kaplan, não deve ter grandes efeitos, pois todas as decisões passam por Zuckerberg.”

De conciliação com os especialistas, o gigante das redes sociais escolheu evitar um conflito com o presidente atual por uma questão de custos políticos e econômicos. “Trump é belicoso, com pouco compromisso com institucionalidade, disposto a fazer interferências muito explícitas, econômicas e legais, contra seus adversários”, disse Machado.

A ex-diretora da Meta acrescenta que a guinada republicana de Zuckerberg deve intensificar o lobby da big tech em prol do padrão americano de regulação das plataformas, com baixa interferência nos negócios e nas publicações, e contra o padrão europeu —espargido por salvaguardas para a integridade da informação e proteção de dados.

Por outro lado, segundo ela, “o Brasil e a Índia são dois dos maiores mercados consumidores da Meta e devem mobilizar uma atenção próprio da companhia nessa traço de frente”.

Folha

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *