Meta: Países Reagem à Decisão De Eliminar Checagem 09/01/2025

Meta: países reagem à decisão de eliminar checagem – 09/01/2025 – Tec

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Além do Brasil, outros governos ao volta do mundo demonstraram preocupação com a decisão da Meta, dona de Instagram e Facebook, de expulsar o programa de checagem de fatos de suas redes sociais. O pregão foi feito, na terça-feira (7), pelo CEO da empresa, Mark Zuckerberg, que acusou governos e mídias de exprobação.

A Percentagem Europeia, órgão executivo da União Europeia, condenou as acusações de Zuckerberg e disse que as leis de dados da UE unicamente exigem que as grandes plataformas removam teor proibido. Em vídeo publicado no Instagram, o bilionário disse que a “Europa tem um número cada vez maior de leis institucionalizando a exprobação e dificultando a inovação”.

O conjunto afirmou que sua Lei de Serviços Digitais foca conteúdos que podem ser prejudiciais para crianças ou para as democracias europeias. “Refutamos absolutamente qualquer argumento de exprobação”, disse um porta-voz da Percentagem.

A Percentagem Europeia, porém, evitou rechaçar o padrão de notas da comunidade anunciado por Zuckerberg porquê selecção para as checagens de indumento. A instrumento, já usada no X (ex-Twitter), é gerada a partir de reações de usuários que acreditam que tal publicação é enganosa. Hoje, a Meta paga para usar as verificações de muro de 80 organizações em todo o mundo.

“Qualquer que seja o padrão escolhido por uma plataforma, ele precisa ser eficiente, e é isso que estamos analisando. Portanto, estamos verificando a eficiência das medidas ou políticas de moderação de teor adotadas e implementadas pelas plataformas cá na UE”, disse o porta-voz europeu.

Membro do conjunto europeu, a França também reagiu a decisão da Meta e garantiu que se manterá vigilante para que o grupo respeite a legislação europeia. “A liberdade de frase, recta fundamental protegido na França e na Europa, não pode ser confundida com um recta à viralidade que autoriza a espalhamento de conteúdos não confirmados que chegam a milhões de usuários sem filtro nem moderação”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores da França em um transmitido.

“A França se manterá vigilante para prometer que a Meta e outras plataformas cumpram com suas obrigações de negócio com as legislações europeias, e em pessoal com a Lei de Serviços Digitais”, acrescentou, citando que as normas são importantes para proteger os europeus de interferência estrangeira.

Na mesma traço, o vice-premiê e ministro das Finanças da Alemanha, Robert Habeck, disse que “liberdade não significa um vácuo de regras”

O pregão de Zuckerberg também incomodou a Austrália, um dos países que têm liderado a cobrança por mais monitoramento em redes sociais. Nesta quinta-feira (9), o director do Departamento do Tesouro da Austrália, Jim Chalmers, classificou a decisão da Meta porquê “muito perturbadora”.

O governo australiano está no núcleo de várias disputas com gigantes das redes sociais em relação à distribuição de informações falsas ou teor perigoso. No final do ano pretérito, o país aprovou uma novidade legislação para proibir o chegada de crianças menores de 16 anos às plataformas, ameaçando multas de até US$ 32,5 milhões (R$ 198 milhões) para as empresas que não cumprirem a legislação.

Porquê a Austrália, o Canadá também aumentou nos últimos anos a pressão contra as redes sociais, inclusive Facebook e Instagram. O país, que vai convocar eleições nos próximos meses, teme que a decisão da Meta possa gerar interferência em seu processo eleitoral.

“O governo está, desde a última eleição universal, tomando medidas para proteger as instituições e processos democráticos do Canadá contra ameaças online, incluindo uma série de medidas novas ou aprimoradas,” disse a ministra das Instituições Democráticas do país, Ruby Sahota, em entrevista à emissora pública canadense CBC para uma reportagem sobre a decisão da Meta.

Ainda nesta quinta-feira, o papa Francisco alertou sobre os perigos da desinformação disseminada nas redes sociais. Ele disse que o aumento da polarização no mundo “é agravado pela contínua geração e espalhamento de notícias falsas, que não só distorcem a veras dos fatos, mas acabam também distorcendo as consciências, dando origem a falsas percepções da veras”.

“Alguns desconfiam de argumentos racionais, que consideram instrumentos nas mãos de qualquer poder oculto, enquanto outros acreditam possuir inequivocamente a verdade que construíram para si mesmos”, disse Francisco durante seu tradicional exposição de Ano-Novo aos diplomatas no Vaticano.

Sem referir diretamente o pregão de Zuckerberg, ele acrescentou que essas tendências “podem ser amplificadas pela mídia moderna e pela lucidez sintético, que são usadas porquê meio de manipular a consciência para fins econômicos, políticos e ideológicos”.

Por outro lado, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou a jornalistas na terça (7) que a Meta provavelmente mudou sua política de checagem de fatos em decorrência de ameaças feitas por ele no pretérito. O republicano já disse crer que a companhia e Zuckerberg conspiraram para sua guia em 2021.

O presidente eleito avalia que o recurso de verificação de fatos tratava postagens de usuários conservadores de forma injusta.

Folha

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