Lançado há algumas semanas, o assistente virtual (chatbot) DeepSeek já é indicado por alguns especialistas porquê um marco na história do desenvolvimento da lucidez sintético (IA). O protótipo chinês promete reduzir os custos de produção, treinamento e implantação de novos modelos de IA se comparados aos investimentos feitos por seus principais concorrentes, principalmente os estadounidenses, porquê o ChatGPT e o Gemini Ultra.
Segundo especialistas ouvidos pela Dependência Brasil, o sucesso da startup chinesa ao apostar em um sistema menos dependente de infraestrutura de ponta, com uma arquitetura computacional mais econômica e, ainda assim, capaz de entregar resultados semelhantes ao dos concorrentes, pode transformar os parâmetros de desenvolvimento de sistemas de IA, desafiando a predominância das grandes empresas de tecnologia e gerando oportunidades para países em desenvolvimento. Incluindo o Brasil.
“O grande diferencial do DeepSeek é que, enquanto os modelos das empresas norte-americanas dependem de hardware avançado, de chips de última geração, os desenvolvedores chineses alcançaram resultados impressionantes usando equipamentos supostamente menos sofisticados, menos potentes. Graças ao desenvolvimento de algoritmos inovadores”, afirmou em entrevista à Dependência Brasil o investigador de lucidez sintético Rodrigo Clemente Thom de Souza, professor da Universidade Federalista do Paraná (UFPR) .
“Essa abordagem quebra a predominância norte-americana e estimula outros países, porquê o Brasil, a utilizarem modelos porquê esse na forma de plataforma-base para, talvez, desenvolver soluções adaptadas a nossas próprias necessidades”, acrescentou Souza, destacando que o DeepSeek opera com código descerrado. O que significa que desenvolvedores do mundo inteiro podem aprimorar seu código-fonte e gerar versões ainda mais avançadas, ao contrário dos sistemas de código fechado, nos quais unicamente os detentores dos direitos autorais conseguem acessar o conjunto de instruções usados pelos programadores para gerar o software.
“Com os códigos proprietários protegidos, são necessários muito mais tempo e recursos para alguém obter um marco já estabelecido por terceiros. Já com o código descerrado, esse marco se torna mais conseguível, e outros atores podem participar do aprimoramento do que já foi apresentado. Para o Brasil, para os desenvolvedores brasileiros, essa pode ser uma oportunidade de trabalhar a partir de um patamar muito melhor, podendo decorrer detrás de desenvolver múltiplas plataformas que contemplem objetivos próprios, porquê, por exemplo, algoritmos treinados com mais dados em língua portuguesa ou com mais aspectos da veras brasileira”, comentou Souza, assegurando que, além de colaborarem em projetos internacionais, muitos profissionais brasileiros participam ativamente de importantes pesquisas acadêmicas e do desenvolvimento de novos produtos.
“Há inúmeras oportunidades, mas o país tem que estar de olho nas mudanças que estão ocorrendo. E aproveitar o conhecimento disponível, mirando naquilo que acha que será estrategicamente vantajoso para nós, brasileiros. Precisamos de mais investimentos para desenvolvermos a segmento de hardware, incluindo semicondutores, componentes eletrônicos e equipamentos computacionais, mas talvez essa questão não tenha tanto peso quanto acreditávamos, conforme a DeepSeek está apontando. Qualquer que seja o caso, quanto mais capacidade de hardware tivermos, mais preparados estaremos para os próximos passos. Logo, as duas coisas têm que caminhar em conjunto, mas acredito que, neste momento, o ponto mais favorável ao Brasil é o desenvolvimento de software [programas]”, pontuou Souza.
Diretor do Departamento de Engenharia de Computação da Universidade de Taubaté (Unitau), Dawilmar Guimarães de Araújo concorda com a tese de que brasileiros podem se valer do código-fonte do DeepSeek para desenvolver plataformas de IA com foco em dados e necessidades locais, beneficiando o Brasil.
“Para mim, o roupa [de a DeepSeek] perfurar o código é bastante oportuno, pois alavanca a teoria de podermos gerar outras [plataformas de] IA. Para isso, precisamos entender o ponto onde estamos e sentenciar para onde queremos ir. Nossas startups precisam de mais investimentos [públicos e privados]. E nossos governantes precisam entender a prestígio dos investimentos sérios em tecnologia. Capacidade [para termos nossa própria DeepSeek] eu acredito que nós temos. Basta seriedade nos investimentos”, afirmou Araújo.
Para o coordenador do MBA de Negócios Digitais da Instauração Getulio Vargas (FGV), André Miceli, ainda não é provável declarar que o código-aberto ditará o porvir do desenvolvimento da lucidez sintético. “Ainda tem muita coisa para sobrevir antes que possamos ser taxativos nas análises”, ponderou Miceli, referindo-se ao roupa de que, dias posteriormente lançar seu chatbot com enorme sucesso, o próprio DeepSeek apresentou uma versão melhorada do Janus, seu gerador de imagens com trabalho de lucidez sintético. E a também chinesa AliBaba disponibilizou o Qwen 2.5, seu protótipo de IA, que a companhia afirma ser superior a todos os outros assistentes digitais disponíveis no mercado.
“Todas as expectativas, de repente, foram redesenhadas. Aparentemente, não vamos precisar de tanta força, de tantos recursos computacionais e de tanto numerário quanto imaginávamos. Com isso, outras empresas, de diferentes segmentos, devem lançar suas próprias soluções de IA, específicas para determinados fins. E as próprias big techs [estadounidenses] vão findar estudando o [código do] DeepSeek e, em alguma instância, replicando segmento do que os desenvolvedores chineses conseguiram fazer. Ou seja, acredito que teremos uma estrutura de funcionamento de IA dissemelhante da que imaginávamos. E que, se a DeepSeek inaugurar a lucrar muito volume, o governo dos Estados Unidos intervirá nesse jogo. Enfim, o desenvolvimento da IA é um pouco maior do que a competição entre organizações. É uma questão geopolítica”, concluiu Miceli.
Em entrevista à CNN, no último dia 30, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, comentou o ponto, assegurando que o Brasil planeja desenvolver seus próprios modelos de lucidez sintético a termo de promover bem-estar social e melhorar serviços públicos.
“O vista mais importante dessa novidade tecnologia [DeepSeek R1] é mostrar que o volume de recursos necessários para competir em IA não é inalcançável para países porquê o nosso”, disse a ministra.
Em nota, o ministério destacou que o Projecto Brasiliano de Perceptibilidade Sintético (PBIA), lançado em agosto de 2024, durante a 5ª Conferência Pátrio de Ciência, Tecnologia e Inovação, prevê um investimento da ordem de R$ 23 bilhões até 2028 para “solidificar o Brasil porquê um ator relevante no cenário global de IA”, principalmente no setor público.
Uma das iniciativas-chave para impulsionar a pesquisa e o desenvolvimento em IA no Brasil é a estruturação do Instituto de Perceptibilidade Sintético do Laboratório Pátrio de Computação Científica (LNCC), ao qual caberá identificar as necessidades dos pesquisadores e da comunidade científica na espaço de lucidez sintético, além de organizar eventos, treinamentos e facilitar a participação do Brasil em iniciativas internacionais.
O PBIA também prevê a expansão do supercomputador Santos Dumont, do LNCC. A expectativa, segundo a pasta, é que o aparelho se torne um dos cinco maiores do mundo, promovendo o desenvolvimento de um protótipo de linguagem próprio em português (LLM).
“Com o PBIA e a adoção de IA em diversas áreas, o Brasil vai provar que está pronto para enfrentar os desafios globais e prometer que a lucidez sintético seja uma aliada no desenvolvimento do país. O governo brasílio procura modernizar serviços públicos, promover inclusão social, combater desigualdades e preservar empregos. A IA, nesse contexto, não é unicamente uma utensílio tecnológica, mas um meio de transformação social e econômica, sempre com foco no bem-estar da população”, sustenta o ministério, na nota.
*Colaborou Vitor Abdala.