Morre Roger Corman, Produtor Que Descobriu Robert De Niro

Morre Roger Corman, produtor que descobriu Robert de Niro – 11/05/2024 – Ilustrada

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Roger Corman, que dirigiu e produziu centenas de filmes de reles orçamento e descobriu estrelas do cinema uma vez que Jack Nicholson, Martin Scorsese e Robert De Niro, morreu aos 98 anos. Corman morreu em sua mansão em Santa Monica, na Califórnia, sitiado por familiares.

Em termos de reconhecimento, 2023 foi um ano perfeito para Roger Corman. Antes de chegar à metade, ele já tinha proveito uma homenagem privativo no Festival de Cannes e um Oscar honorário. Fiquemos com oriente último, mais pela justificativa: tacanhamente traduzida dá alguma coisa uma vez que “pela capacidade de engendrar filmes e cineastas”.

Raras vezes uma premiação foi explicada com tanta precisão. Desde que entrou para o cinema foi exatamente isso que Roger Corman fez desde que seu nome apareceu pela primeira vez nos créditos de um filme. Mas o trajo é que, antes disso, ele já se tornara uma mito entre os “indies” do mundo.

Esse americano nascido em Detroit em 1926 tinha 28 anos quando assinou o argumento de “The Fast and the Furious”, ou velozes e furiosos, de 1954. Sim, uma espécie de bisavô da atual interminável série com Vin Diesel, que inaugurava os trabalhos da American International Pictures.

Aí já estava em germe um dos talentos de Corman: perceber antes de qualquer outro o que interessava a uma geração de adolescentes, pois esse sempre foi seu público leal. No ano seguinte, ele já dirigia e produzia o pequeno faroeste “Cinco Revolveres Mercenários”, o primeiro dos 56 filmes em que é creditado uma vez que diretor.

Desde os primeiros trabalhos, Corman oscilou entre filmes bons e ruins. Mas mesmo os “maus” tinham um modo privativo de ser. Monstros pós-atômicos, alienígenas, naves espaciais marretas, misturas estranhas de humanos e animais, uma vez que em “A Mulher Vespa”, ou, uma vez que no caso de “A Pequena Loja dos Horrores”, de 1960, vegetação carnívoras: um filme feito em pouquíssimo tempo, rodado em dois dias e uma noite, segundo ele mesmo.

Com prazos desse tipo, pode-se imaginar o quanto os assistentes davam duro para ter tudo no lugar na hora das filmagens. E os técnicos também, simples. Mas foi a categoria dos assistentes que mais aproveitaram do contato de Corman e das exigências que fazia. Um deles conta que o novato se apresentava e logo era chamado a resolver uma situação delicada. Os que topavam a paragem ficaram.

Alguns fizeram segmento até de alguns filmes que se tornaram clássicos, uma vez que os da série da viradela para os anos 1960 que adaptou contos de Edgar Allan Poe, todos estrelados por Vincent Price. Em privativo “A Máscara da Morte Vermelha” e “A Moradia de Usher” são lembrados com frequência.

Data desse momento também um filme que diz muito sobre a personalidade e os métodos de Roger Corman: ele acabara de filmar um dos filmes da série sobre Poe e planejava jogar tênis em outro lugar. Mas choveu, e ele pensou que o belo set logo seria desmontado.

Pensou logo em uma maneira de improvisar um roteiro para filmar em cinco dias. Para expor o mínimo, pode-se expor que “O Terror” resultou alguma coisa entre o caos e o zero em 81 minuntos onde quase sempre um jovem Jack Nicholson em uniforme militar passeia a cavalo de um lado para outro.

Outro exemplo do palato de Corman pela economia era exposto por Leon Cakoff. O diretor da Mostra de Cinema de São Paulo enviou a ele, convidado para o evento, uma passagem em classe executiva. Em resposta, Corman telegrafou perguntando se seria verosímil trocá-la por duas na classe turística, assim poderia levar sua mulher.

Isso foi nos anos 1990. A idade de suas obras maiores é anterior: “O Varão dos Olhos de Raiox-X” (1963), “O Massacre de Chicago” (1967), “Os Cinco de Chicago” (1970). Sem racontar os filmes em que inventou gêneros, uma vez que “Viagem ao Mundo da Alucinação” (1966), em que o LSD era mediano, ou reciclou outros, uma vez que “Os Anjos Selvagens” (1966), façanha de gangues de motociclistas.

Testando assistentes ao longo desses trabalhos, acabou lançando o primeiro deles, Peter Bogdnovich. Tinha uma sobra de contrato de dois dias com Boris Karloff. Propôs a Bogdanovich gerar uma história em que pudesse usar o veterano planeta do terror durante esse período. Daí resultou “Targets”, ou “Na Mira da Morte”, de 1968, uma das primeiras e mais bem-sucedidas incursões da chamada geração das escolas na direção.

Outros assistentes foram lançados por ele: Francis F. Coppola, Monte Hellman, Martin Scorsese, Joe Dante, James Cameron, Jonathan Demme. Atores uma vez que Jack Nicholson e Peter Fonda também tiveram suas primeiras chances com ele.

Corman dirigiu seu último, notável filme, em 1990: “Frankenstein Unbound” ou “Frankenstein, o Monstro das Trevas”. Nem por isso deixou de produzir, cobrindo as brechas de um sistema cada vez mais voltado ao blockbuster com filmecos feitos rapidamente, quase respostas criativas, uma vez que “Carnossauro”, que produziu em 1993 para lançar em vídeo muito quando Steven Spielberg se saía com o “Jurassic Park”.

É difícil imaginar que as superproduções cinematográficas sucumbam uma vez que, em outras eras, os dinossauros. Mas Corman passou a vida divertindo seus fãs com seus achados, às vezes às custas desses ricos produtos, sempre com muito pouco quantia e imaginação.

Talvez por isso, todos esses ex-assistentes que se tornaram diretores ilustres em Hollywood nunca tenham se cansado de reconhecer a valia de Corman. Mesmo fazendo blockbusters caríssimos, uma vez que “Titanic”, de 1997.

Folha

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