Mosquetão De Ouro Tem Equipe Desclassificada 06/06/2024 É

Mosquetão de Ouro tem equipe desclassificada – 06/06/2024 – É Logo Ali

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A premiação do Mosquetão de Ouro deste ano, divulgada no festival Rio nas Montanhas no dia 25 de maio pretérito, incluiu uma pitada de polêmica por conta da desclassificação de um dos grupos indicados para a categoria Montanhismo, que havia percorrido 51 quilômetros pelas cristas da Serra Fina, instalando tubos de cume em cada um dos picos da dimensão fora da trilha clássica delimitada desde a reabertura do trajectória. O motivo da desclassificação foi o vestuário de a equipe não ter enviado à Ruah!, escritório que administra os acessos à Serra Fina, nem à APSF (Associação dos Proprietários da Serra Fina) que faria um trajeto muito maior e fora do traçado demarcado, que tem uma extensão de 32 quilômetros.

Uma vez que admitiu Rodrigo Alexandre, membro da equipe MDA (Malucos da Amantikir), a decisão de ampliar o escopo da jornada além do estabelecido nas regras da Ruah! e da APSF se deu justamente para evitar serem impedidos de, segundo eles, satisfazer o objetivo de levar tubos com livros de cume, cobertores de emergência e sachês de mel para locais onde eventualmente montanhistas poderiam vir a se perder caso (porquê eles) saíssem da rota demarcada.

“Não perguntamos à Ruah! nem à Associação se poderíamos fazer esse trajeto fora do demarcado porque se perguntássemos eles diriam que não”, justifica Alexandre ao blog. Mesmo sabendo da irregularidade, o grupo já havia publicado o relato detalhado de sua jornada no site especializado Subida Serra, no ano pretérito, e, no dia 27 de maio respondeu pelo mesmo meio à notícia da desclassificação de seu projeto na premiação.

“Cumpre ressaltar que os cumes acessados são de tradicional frequência do público montanhista, com visitações documentadas prévias à geração da APSF/RUAH!, que de forma arbitrária e autocrática ‘proibiu’ seu aproximação”, diz a nota publicada pela MDA em seguida a desclassificação.

“Ele mesmo admite na própria publicação que foi de má-fé”, comenta José Sávio Monteiro, vice-presidente da APSF. “Ele poderia ter me perguntado, ele me conhece, mas não quis”, acrescenta, explicando que toda a trilha liberada dentro da Serra Fina atualmente foi definida a partir de estudos e manejos desenvolvidos junto ao ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), para promover o menor impacto ambiental ao longo da dimensão que sofreu um grande incêndio em 2020, devastando uma dimensão de 530 hectares —equivalente a mais de 500 campos de futebol.

“Se antes ele entrava de qualquer jeito, hoje não pode entrar mais, isso prova o desrespeito que as pessoas têm pelas regras, pelo envolvente e pela dimensão privada, que é uma RPPN (Suplente Privado do Patrimônio Oriundo)”, diz Monteiro. Ele explica que a interdição de áreas dentro da serra pretende evitar que se voltem a desmatar e transfixar novas trilhas em partes em que a vegetação se recuperou depois do incêndio, e das quais manejo ainda não foi estudado para eventuais novas inclusões.

Além de vulgarizar sua jornada irregular no site especializado, a MDA inscreveu a façanha na premiação do Mosquetão de Ouro, do qual acabou sendo desclassificada em seguida os organizadores serem informados pela APSF da irregularidade. Em enviado solene, a CBME (Confederação Brasileira de Montanhismo e Escalada), disse que o projeto estava fora “por não atender o regulamento do prêmio, fundamentado nos seguintes itens: moral, saudação ao meio-ambiente, saudação à comunidade lugar e a outros montanhistas e reparo dos princípios e valores do montanhismo brasílio”.

Segundo Marcio Hoepers, presidente da CBME, a entidade defende “o livre aproximação, desde que em geral concórdia com os proprietários quando em áreas privadas”. E, para o próximo ano, ele conta que o prêmio Mosquetão de Ouro será reformulado “pensando na evolução e sazão do premiação”.

Os premiados do Mosquetão de Ouro 2024

O Mosquetão de Ouro é inspirado no grande prêmio internacional do montanhismo, o Piolets d’Or (nome em gálico da picareta usada para escalar no gelo), e entregue no Brasil desde 2015.

  • Montanhismo: Bruno Buratto, Henrique Krueger, Sérgio Honorato e Thiago Silva
  • Altas Montanhas: Gabriel Tarso
  • Escalada: Sérgio Tartari e Alexande Portela
  • Escalada Esportiva: Marina Dias
  • Montanhismo e Sociedade: Eliseu Frechou
  • Montanhismo e Ação Sítio: Projeto Vão do Moleque
  • Vida na Serra: Sérgio Tartari


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Folha

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