Mulheres do df marcham por políticas públicas e contra o

Mulheres do DF marcham por políticas públicas e contra o feminicídio

Brasil

Mulheres e homens de murado de 30 movimentos sociais, entidades e partidos políticos de esquerda do Província Federalista marcharam, neste sábado (8), pedindo por políticas públicas que atendam as mulheres, em suas diversas necessidades, e, principalmente, um combate efetivo à violência contra a mulher e o feminicídio. O ato 8M Unificadas DF e Entorno ocorreu na dimensão médio de Brasília em celebração ao Dia Internacional da Mulher.

Para Rita Andrade, do Levante Feminista Contra o Feminicídio, é um dia de comemorar as conquistas, fortalecer os movimentos de mulheres e lembrar que “tem muita estrada pela frente”.

“A gente diz que, supra de tudo, é uma marcha pela vida de todas as mulheres, contra o machismo, o racismo e o fascismo, sem anistia. Esse é o mote deste ano”, disse.


Brasília (DF), 08/03/2025 - Rita Andrade participa da Marcha no 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Foto: José Cruz/Agência Brasil
Brasília (DF), 08/03/2025 - Rita Andrade participa da Marcha no 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Foto: José Cruz/Agência Brasil

Rita Andrade participa da Marcha no 8 de março, Dia Internacional da Mulher. José Cruz/Filial Brasil

Ana Paula Cusinato, militante da Marcha Mundial de Mulheres, reafirmou a premência de políticas públicas fortes, do combate à violência e lembrou que a luta feminista também é dos homens.

“O feminismo que a gente defende, que é o feminismo da classe trabalhadora, ele precisa ser adoptado também pelos homens que nos apoiam. Porque uma sociedade igual, com a paridade entre homens e mulheres, ela será boa para todas as pessoas”, destacou.

A estudante Luiza Eineck, do movimento Pão e Rosas, pediu por políticas para as mulheres trabalhadoras, que, para ela, são as que mais sofrem com a precarização do trabalho, as jornadas duplas e triplas e a exploração.

O movimento defende o termo da graduação de seis dias de trabalho por um de folga (graduação 6×1) e a redução da jornada de trabalho para 30 horas sem redução salarial.


Brasília (DF), 08/03/2025 - Luiza Eineck participa da Marcha no 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Foto: José Cruz/Agência Brasil
Brasília (DF), 08/03/2025 - Luiza Eineck participa da Marcha no 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Foto: José Cruz/Agência Brasil

Estudante Luiza Eineck, na marca do Dia Internacional da Mulher. Foto: José Cruz/Filial Brasil

“A grande questão é porquê essa geração [de mulheres] pode aprender com o pretérito para lutar por um horizonte sem vexame e sem exploração e se fundir aos trabalhadores, porque eu acho que esse que é o caminho pra gente poder lutar”, disse Eineck, lembrando que o 8 de Março foi criado pelas mulheres socialistas que lutaram por direitos substancial porquê o voto.

“Estamos colocando a premência de um movimento de mulheres que independente do governo e que a gente faça uma oposição de esquerda ao governo. O busto fiscal renova o teto de gastos [política implementada no governo de Michel Temer] e limita os gastos com saúde, instrução, assistência social. E quem são os mais oprimidos e vulneráveis que mais precisam do serviço público de qualidade? A gente sabe que são as mulheres trabalhadoras, as mulheres negras”, argumentou.

Andrea Medrado, da Frente Parlamentar pela Instrução Inclusiva, levou para a marcha as reivindicações de mães atípicas, mães de pessoas com deficiência.

“Muitas de nós precisam trespassar do mercado de trabalho para poder cuidar do rebento de forma integral. A gente também luta pela economia de cuidados, por esse olhar para as mães atípicas. Muitas de nós não têm um meio de ser remunerado, porque o zelo não é visto porquê um trabalho. Portanto, nós estamos cá para manifestar que as mães atípicas existem, elas resistem”, disse.

Ela é mãe de uma párvulo com Pitt Hopkins (doença neurogenética que gera delongado no desenvolvimento e pouquidade de fala) e destacou que a luta é por direitos humanos porquê um todo.

“Existem várias intersecções. Quando você é mãe de uma párvulo com deficiência, ao seu rebento é rejeitado vários direitos. É rejeitado o entrada à instrução, à saúde, é rejeitado o entrada ao mercado de trabalho, todos os direitos básicos e fundamentais do ser humano é rejeitado a essas pessoas”, lembrou.


Brasília (DF), 08/03/2025 - Pessoas participam da Marcha no 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Foto: José Cruz/Agência Brasil
Brasília (DF), 08/03/2025 - Pessoas participam da Marcha no 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Foto: José Cruz/Agência Brasil

Mães de crianças atípicas na marcha do 8 de março em Brasília. Foto: José Cruz/Filial Brasil

Feminicídios

Também presente no evento, a coordenadora do Núcleo de Gênero do Ministério Público do Província Federalista e Territórios, Adalgiza Aguiar, falou sobre a preço de escutar os movimentos e cobrar do poder público que as políticas públicas sejam cumpridas. Segundo ela, o controle do Ministério Público precisa ser feito em parceria com o controle social dos coletivos e da sociedade social.

“Nós articulamos as políticas públicas, fomentamos, fiscalizamos as políticas públicas para que os poderes executivos e sistema de justiça façam valer os direitos das mulheres”, afirmou, lembrando que é precípuo, ainda, combater a violência e prometer a segurança das mulheres.

Segundo ela, os ministérios públicos em todos os estados atuam de forma conjunta no enfrentamento à violência contra a mulher, para “tentar expelir essas taxas, infelizmente, ainda altas de feminicídio”. Mas, para Adalgiza, esse combate deve ser feito com instrução.

“O feminicídio, infelizmente, a gente precisa trabalhar da raiz. Portanto, a gente precisa sempre pensar na instrução, educando sobre os direitos das mulheres, sobre a paridade entre homens e mulheres. Portanto precisamos ir nas escolas, universidades, fazer campanhas de conscientização, porque instrução é fundamental para terminar com essa discriminação e essa violência tão subida contra as mulheres”, acrescentou.

O ato contou com diversas atividades culturais e música. Thamy Frisselli, uma das organizadoras do evento, ressaltou que é preciso lutar “com muita alegria, sim”. “A gente está em luta e, mesmo em luta, nós estamos sorrindo, nós estamos felizes porque é mal queremos, nos queremos vivas em procura de políticas públicas que nos atendam”, disse.

Fonte EBC

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