Música E Dança Marcam Início Do Festival Psica 2024 Em

Música e dança marcam início do Festival Psica 2024 em Belém

Brasil

Na cidade em que a chuva dá as caras praticamente todos os dias às 16h, os integrantes do Cortejo Seduzido marcaram para as 17h dessa sexta-feira (13) a apresentação de música e dança que marca o início do Festival Psica, em Belém, capital paraense. O evento é considerado um dos maiores festivais de música da região Setentrião.

Representantes de manifestações culturais uma vez que o Boi Caprichoso, do tradicional boi-bumbá de Parintins, interno do Amazonas, e do Arraial do Pavulagem, grupo cultural belenense, além de moradores da cidade e turistas se divertiram pelas ruas do bairro Cidade Velha – núcleo histórico da capital paraense – até o Píer das 11 Janelas, banhado pela Baía do Guajará. No trajeto, passaram por locais uma vez que a Catedral da Sé, cenário de secção da procissão do Vela de Nazaré, que acontece sempre em outubro.


Belém (PA) 13/12/2024 - Show da cantora de música indígena Dijuena Tikuna no Festival Psica 2024, na Cidade Velha. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Belém (PA) 13/12/2024 - Show da cantora de música indígena Dijuena Tikuna no Festival Psica 2024, na Cidade Velha. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Festival Psica 2024 conta com mais de 50 apresentações. Foto: Fernando Frazão/Filial Brasil – Fernando Frazão/Filial Brasil

O termo do cortejo é a senha para o início de shows em cinco palcos espalhados pela Cidade Velha, cada um com um ritmo músico. Com curtas caminhadas, o público pode se intervalar entre as atrações, todas de perdão.

Com mais de 50 apresentações, que ocuparão também o Estádio Olímpico do Pará Jornalista Edgar Proença, ou simplesmente o Mangueirão, o Festival Psica de 2024 tem uma vez que objetivo a procura e exaltação da cultura pan-amazônica, entendida uma vez que a união de todos os países e estados que têm o bioma amazônico no território.

O concepção Pan-Amazônia envolve os países que têm a floresta amazônica em seu território. Colômbia, Peru, Venezuela, Equador, Bolívia, as Guianas e o Suriname, além do Brasil. O movimento social se apropriou desse concepção uma vez que sendo a luta desses povos.

Dourada

O diretor do festival, Jeft Dias, explica que para dar simbolismo ao pan-amazônico, o evento neste ano tem uma vez que tema Psica Dourada, em referência à espécie de peixe que nasce nos Andes, percorre rios, incluindo o Amazonas, até chegar à Baía do Marajó, no Pará, onde se reproduz, e volta para a serrania dos Andes, em uma jornada de 11 milénio quilômetros.

“Esse ciclo é muito representativo, acaba conectando vários países da Amazônia”, ressalta. O diretor faz uma semelhança entre o ciclo de vida da dourada e a cultura pan-amazônica.


Belém (PA) 13/12/2024 - Show da cantora peruana Rossy War no Festival Psica 2024, na Cidade Velha. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Belém (PA) 13/12/2024 - Show da cantora peruana Rossy War no Festival Psica 2024, na Cidade Velha. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Show da cantora peruana Rossy War, na Cidade Velha. Foto – Fernando Frazão/Filial Brasil

“A gente pode falar de uma vez que a cultura vai se influenciando e se retroalimentando, uma vez que a gente recebe, cá no Pará, a influência da Colômbia, do Peru, da Guiana Francesa, com diversos ritmos musicais, cúmbia, zouk, salsa, merengue”, exemplifica.

“A gente cria as nossas coisas, a gente cria lambada, guitarrada, tecnobrega, calipso, todos esses ritmos que envolvem a nossa cultura cá e, em qualquer momento, isso sai daqui também, volta para Iquitos, no Peru, vai para a Colômbia, Guiana, Suriname, é a volta da dourada”, completa.

O belenense Marcello Victor Coelho acompanhou o cortejo e considera que a atração pelas ruas da Cidade Velha representa a junção da cultura latina e “subida da cultura nortista uma vez que um todo”.

“Eu acredito que o tema desse ano – a dourada – o peixe que conecta todos esses países latinos, tende a gerar uma conexão maior com as pessoas, um clima de turismo pré-COP30 em Belém”, disse Coelho à Filial Brasil, se referindo à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que será realizada de 10 a 21 de novembro de 2025 na capital paraense.

Resistência indígena

Enquanto o vento agitava as águas da Baía do Guajará, no palco do Píer das 11 Janelas (recebe esse nome por permanecer perto do prédio histórico chamado Moradia das 11 Janelas), a cantora indígena Djuena Tikuna se apresentava acompanhada pelo grupo de percussão Trio Minari. A música cantada na língua mãe, o tikuna, recebia a tributo de instrumentos sonoros indígenas e reprodução do som de pássaros e da natureza.

Para Djuena Tikuna, que é do Amazonas, poder trovar na língua materna no festival é uma forma de resistência.


Belém (PA) 13/12/2024 - Show da cantora de música indígena Dijuena Tikuna no Festival Psica 2024, na Cidade Velha. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Belém (PA) 13/12/2024 - Show da cantora de música indígena Dijuena Tikuna no Festival Psica 2024, na Cidade Velha. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Dijuena Tikuna, cantora de música indígena, no palco da Cidade Velha. Foto: Fernando Frazão/Filial Brasil

“É isso que eu tenho feito através da minha língua materna, a língua que eu esquina, a língua que eu valorizo, a língua que eu falo”, disse a cantora originária, que pediu a união dos povos.

“A gente precisa se unir para poder mostrar a nossa verdade para o mundo, principalmente cá onde vai sobrevir a COP30. As pessoas precisam saber a verdade que os povos que vivem cá sofrem”, afirmou.

Atração internacional

O Festival Psica está na 13ª edição. O evento, que recebe espeque do Ministério da Cultura e patrocínio da Petrobras e do Nubank, tem atrações internacionais pela primeira vez. Uma delas é a cantor peruana Rossy War ((TEMOS FOTO)), que agitou a Terreiro Felipe Patroni.


Belém (PA) 13/12/2024 - Show da cantora de música indígena Dijuena Tikuna no Festival Psica 2024, na Cidade Velha. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Belém (PA) 13/12/2024 - Show da cantora de música indígena Dijuena Tikuna no Festival Psica 2024, na Cidade Velha. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Festival Psica 2024, por Fernando Frazão/Filial Brasil

As canções da artista conhecida uma vez que “rainha da cúmbia”, estilo parecido com a lambada brasileira, era acompanhada em coro por milhares de pessoas, que se dividiam entre dançar e filmar a apresentação com os telefones celulares. Rossy War foi uma das inspirações no início de curso da cantora Joelma.

Os palcos da sexta-feira levaram aos belenenses e turistas outras atrações uma vez que tecnobrega – estilo nascido no Pará que une o brega à música eletrônica, funk, carimbó, aparelhagem (performance que junta dançarinos, música eletrônica e pirotecnia) e as estrelas de Parintins: os bois Caprichoso e Guardado.

Mangueirão

O Psica 2024 se estende pelo sábado (14) e domingo (15), com shows no Estádio do Mangueirão. Diferentemente da Cidade Velha, há a cobrança de ingressos. Entre as atrações estão nomes consagrados, uma vez que Pablo Vittar, Liniker, BaianaSystem, Orquestra Black Rio & Tony Tornado, e uma das mais famosas paraenses, Fafá de Belém, entre outros.

“Nossa proposta, desde o início, sempre foi essa, envolver os ritmos locais, mas também ter os grandes artistas nacionais”, define o diretor do festival Jeft Dias, fazendo questão de lembra que o evento surgiu de comunidades periféricas da Amazônia, inclusive com a presença da cultura negra.

*Equipe da Filial Brasil viajou a invitação da Petrobras

 



Fonte EBC

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