Na Espanha, A Desprezível E Deplorável Dedada Em Ocampos

Na Espanha, a desprezível e deplorável dedada em Ocampos – 08/02/2024 – O Mundo É uma Bola

Esporte

A mais recente rodada do Campeonato Espanhol, realizada de sexta-feira (2) a segunda-feira (5), contou na tábua com o clássico madrilenho, Real x Atlético.

O duelo entre o líder (Real) e o quarto disposto, no domingo, deveria ser o núcleo das atenções na cobertura dos meios de notícia.

O 1 a 1 no Santiago Bernabéu, com o Atlético empatando nos acréscimos do segundo tempo, até foi, por determinado período.

Isso até a realização, na segunda, do pouco atrativo Rayo Vallecano x Sevilla, times que ocupam a secção de plebeu da tábua.

Também em Madri, essa partida, 2 a 1 para o visitante na estádio para 15 milénio torcedores em que o Rayo manda seus jogos, tomou para si os holofotes.

Não devido à resplandecente atuação de um desportista. Sim devido ao que ocorreu com um desportista.

Em alguns setores do no estádio de Vallecas, a torcida fica muito perto do gramado. Tão perto que é verosímil para quem está na primeira fileira ter contato físico com o jogador, se assim desejar, caso ele se aproxime.

Não tinha realizado até logo. Porém aconteceu. E o jeito uma vez que aconteceu provocou reações de revolta.

Aos 32 minutos do primeiro tempo, o prateado Lucas Ocampos, 29, atacante do Sevilla que atua pelas pontas, preparava-se para cobrar um lançadura lateral.

Nesse momento, estava a um braço de intervalo de torcedores do Rayo, sentados às suas costas.

Logo ocorreu o inesperado. Um deles, de fisionomia jovem, esticou a mão esquerda e com um dos dedos cutucou as nádegas de Ocampos. Um gesto vil, hediondo, obsceno.

O ato durou dois segundos e foi suficiente para fomentar indignação no jogador, que se virou para o provocador.

A respeito de dois metros do prateado, um segurança, sentado de frente para a torcida, olhou para a cena e não se moveu, uma vez que se pensasse: “Não é comigo”.

Simultaneamente, vários torcedores do Rayo que estavam no setor e viram o ocorrido riam e/ou filmavam com celular.

Eis o problema número um, de mentalidade das pessoas: considerar um ato repugnante e desprezível uma gaudério, um tanto digno de gozação. O que deveria ser réprobo por ser detestável ganha aprovação.

Em notas, tanto Rayo uma vez que Sevilla condenaram o comportamento do torcedor.

Ocampos disse depois do jogo que se conteve para não revidar fisicamente.

“Sempre há um tonto [na torcida], e me segurei porque tenho duas filhas, espero que isso nunca aconteça com elas. Que a Liga ligeiro isso a sério, uma vez que a questão do racismo. Que tomem as providências que tenham que tomar.”

Em expedido, LaLiga, que organiza o campeonato, informou que faria denúncia à Procuradoria de Menores, já que se trata de um caso envolvendo um jovem –já identificado pela polícia– que ainda não atingiu a maioridade.

Assim, o que pode ser feito legalmente deverá ser feito.

Resta o problema número dois, que vale não só para o estádio em que atua o Rayo mas para qualquer outro em que o público fique próximo demais do campo: a segurança dos jogadores.

Ocampos foi incomodado pelo dedo de um torcedor justador. Mas, conforme expôs Alberto R. Barbero no quotidiano Marca, no texto intitulado “Não é um gesto, é uma agressão”, poderia ter sido atingido por mais que um dedo.

“O que aconteceu poderia ter realizado em qualquer outro momento e em qualquer outro lugar. O corpo de Ocampos estava ao alcance de qualquer objeto que pudesse servir uma vez que arma”, escreveu o articulista, duvidando da eficiência da revista nos estádios espanhóis.

Esse problema, o segundo, cabe às autoridades esportivas resolver. De forma simples, basta impedir que torcedores ocupem os lugares mais próximos do gramado e, simultaneamente, ampliar a quantidade de seguranças que os vigiam.

O primeiro problema, o da mentalidade, é mais complicado. Envolve ensino comportamental, bons modos. Que se aprendem em moradia e na escola.

Sem os valores adequados, que impediriam que passasse pela cabeça de qualquer pessoa uma atitude repulsiva uma vez que a cometida contra Ocampos, a sociedade não avança em pundonor. Tolera o intolerável. Apequena-se moralmente.

O menor de idade em questão errou, mal-parecido, e tem que servir de exemplo a outros jovens (ou velhos) do que não se pode fazer. Dedo em riste para ele.

Que frequente lição de boas maneiras, para aprender que não se toca alguém sem consentimento, muito menos com uma dedada.

E que seja ausente por um tempo considerável dos estádios para que, ao voltar, esteja consciente de que estará lá para torcer, zero aliás.

Folha

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *