Na reta final do Enem, alunos participam de aulões e tentam relaxar

A dois dias da emprego do Fiscalização Vernáculo do Ensino Médio (Enem) de 2024, candidatos e professores de várias partes do país participam de aulões coletivos de revisão do teor nesta sexta-feira (1º).

Mais de 4,3 milhões de inscritos confirmados vão testar os conhecimentos em 45 questões de múltipla escolha de linguagens (língua portuguesa, literatura, língua estrangeira, artes, ensino física e tecnologias da informação e notícia) no próximo domingo (3) e outras 45 questões de ciências humanas (história, geografia, filosofia e sociologia), além da prova de redação, que deve ter entre sete e 30 linhas.

Em Brasília, o Escola Sigma reuniu, nesta tarde, mais de 400 estudantes e professores na quadra esportiva da instituição. O professor de geografia Flávio Bueno, que subiu no palco montado para o aulão, destacou que a preparação do último dia de estudo é direcionada às questões com mais chances de desabar no Enem.

“Agora é a hora de fazer o ajuste fino e mostrar que todo o trabalho que esses alunos tiveram durante todo esse período foi bacana. E nós, professores, estamos cá para patentear o que foi feito de bom, deixar o que não foi legítimo para trás e fazer tudo para pisar no acelerador rumo à vitória.”

Na reta final, a lição coletiva de quatro horas serviu para esclarecer dúvidas, dar dicas de estudo, resolver questões de provas de edições anteriores do Enem, em um simulado ao vivo, e, ainda, repassar instruções sobre o vistoria, uma vez que horário de fechamento dos portões nos tapume de 10 milénio locais de provas, e duração das provas, que no primeiro dia terá 5 horas e 30 minutos.

Descontração

Fora das quatro paredes das salas de lição, os docentes prepararam aulas dinâmicas, com gincanas, interação pessoal e estratégias para otimizar o desempenho, mas promover também momentos de distração dos candidatos. Houve momentos de cantoria coletiva, dança, uso de fantasia de Cosplay e Halloween (dia das bruxas), festejado nesta semana.

O professor de história e sociologia, Tiago Diana, conversou com os alunos do chamado terceirão (terceiro ano do ensino médio) para desacelerar em seguida meses de estudo de grande volume de teor.

“Tem muitas dicas importantes que são faladas cá. Hoje, por esse momento ser simbólico e marcante, eles vão lembrar na hora da prova”, disse Tiago Diana.

E justamente para desapoquentar tensões e revisitar lições que o estudante Vitor Rocha Menezes, de 17 anos, decidiu participar da grande lição. Vitor quer cursar física no ensino superior e, apesar de se sentir positivo com a preparação realizada nos três anos do ensino médio, somada ao pedestal dos familiares e professores, tem uma inquietação.

“Nesta reta final, a gente fica muito ansioso pelo o que vai suceder na hora da prova, qual vai ser o tema da redação e nem dorme recta. A gente pode se frustrar e, por isso, é importante relaxar”.

Historiadora há dez anos, Keilla Vila Flor é professora de uma material intitulada projetos de vida, que aborda o empreendedorismo, a convívio social e a formação cidadã. Keilla é defensora dos aulões motivadores uma vez que estratégia para reduzir a impaciência dos estudantes. “É importante para desapoquentar a pressão que sentem durante todo o ensino médio. Cá, eles podem ver que outras pessoas estão na mesma requisito e, juntos, também podem se acalmar, descontrair, ficarem muito tranquilos para brilharem na prova.”

Quem embarcou na coreografia ao som de axé, foi a jovem Giulia Costa Promanação, 18 anos, que já se vê uma vez que aluna do curso de Psicologia na Universidade de Brasília (UnB). “Estou calma porque eu sei que eu estudei suficientemente para isso durante três anos. Não tenho que permanecer com impaciência, pois sei que eu vou fazer muito, o que eu nasci para fazer e o que eu quero fazer”, diz, decidida.

Treineiros

A estudante Cecília Guerra Macedo, de 16 anos, vai encarar os dias de provas do Enem, na requisito de treineira, pela primeira vez. A aluna do segundo ano do ensino médio acredita que, desta forma, vai saber melhor a dinâmica da prova para quando tiver que prestar o vistoria para valer poderá ser mais tranquilo.

“O envolvente do Enem é muito novo, tem muita gente dissemelhante junta. Portanto, para quem chega pela primeira vez, parece que a pressão é muito maior. No ano que vem, estarei mais preparada para aquilo e acredito que a pressão estará mais ligeiro.”

Quem está na mesma requisito é o jovem Thiago Araújo da Silva, 17 anos. A edição deste ano é a estreia dele no Enem. “Quero treinar para o Enem para buscar a melhor nota provável agora e para, no ano que vem, quando for o Enem solene, eu conseguir passar de primeira”.

Último dia

Posteriormente o aulão no penúltimo dia antes do primeiro dia de provas do Enem, os professores foram unânimes: os estudantes devem evitar revisar os conteúdos no sábado e resfolgar.

A professora de língua portuguesa, literatura e redação, Cléa Maduro, destaca que é “importante ter momentos de descontração para esses alunos que passam por uma pressão muito grande”. “O principal é fazê-los perceber que têm sentimentos parecidos [de insegurança] e que estejam alegres, sem permanecer construindo aquele monstro que é o terror da prova do Enem”.

E mesmo vendo um filme ou ouvindo uma música, a professora enxerga a oportunidade de o candidato aumentar seu repertório sociocultural. “Sempre falo aos estudantes o que forem fazer, que seja de forma tranquila. Procurem ouvir uma música, testemunhar a um documentário, um videozinho, um filminho que componha o repertório deles.”

Além de atividades relaxantes, o dia antes do Enem deve ser de preparação física e emocional para a prova: dormir muito; manter uma alimento saudável e fazer refeições leves e nutritivas. É muito importante organizar o vestuário e o material que será levado ao lugar de prova, incluindo documentos de identificação, caneta preta de material transparente, lanche e chuva, sem olvidar de conferir o lugar de prova na página do estudante, por meio do login e senha do site Gov.br.  

Enem 2024

A edição deste ano tem 4.325.960 de inscritos, dos quais 1,6 milhão é concluinte do ensino médio. Os dados são autodeclaratórios.

Entre os inscritos, a maior secção é de participantes que já terminaram o ensino médio (1,8 milhão). Outrossim, outras 841.546 (19,4%) inscrições são de estudantes do primeiro ou segundo ano e 24.723 (0,6%), de pessoas que não cursam nem completaram o ensino médio, mas farão o Enem uma vez que treineiros.

As mulheres são maioria entre os inscritos – equivalem a 60,59%, enquanto os homens representam 39,41%. Com relação à enunciação de raça e/ou cor dos candidatos, a maioria se reconhece na cor parda (1.860.766), seguida da branca (1.788.622) e preta (533.861). Outros 62.288 se consideram da cor amarela e 29.891 se declararam indígenas.

O estado com o maior número de inscrições é São Paulo, com 645.849, seguido de Minas Gerais (393.007) e Bahia (376.352).

* Colaboração de Ana Carolina Alli, estagiária sob supervisão de Marcelo Brandão