O Slipknot Não Podia Me Esperar, Diz Eloy Casagrande

O Slipknot não podia me esperar, diz Eloy Casagrande – 08/06/2024 – Ilustrada

Celebridades Cultura

Da maior orquestra de metal do Brasil para uma das maiores do mundo. Zero foi mais comentado no universo da música pesada neste ano do que o salto profissional do baterista Eloy Casagrande, que deixou o Sepultura pelo Slipknot.

Depois de semanas de rumores, no dia do proclamação solene, 30 de abril, os fãs brasileiros entraram em êxtase com a confirmação de que um conterrâneo assumiria as baquetas do grupo americano, um dos responsáveis por moldar a sonoridade do metal no século 21. Casagrande ficou 12 anos com o Sepultura.

Na prática, o baterista de Santo André trocou as apresentações para centenas de pessoas nos palcos do Sesc, onde a orquestra mineira vinha tocando nos últimos anos, já longe de sua tempo de glória, por shows para dezenas de milhares em estádios. O Slipknot é uma das dez bandas de metal mais ouvidas no Spotify, ao lado de titãs porquê Black Sabbath e Metallica.

Casagrande saiu do Sepultura em fevereiro, dias antes da orquestra fazer o primeiro show da turnê de despedida, para a qual contava com o baterista. Sua atitude gerou revolta no grupo.

“Foi uma questão profissional porque o Sepultura vai terminar. Não teria porquê o Slipknot me esperar por um ano e meio”, diz Casagrande, em referência à duração da turnê final do grupo brasílico.

“O Slipknot precisava de um baterista para março. Foi uma chance muito importante e significativa de integrar uma das principais bandas de metal.”

Ao olhar para trás, o músico de 33 anos afirma ter carinho, pasmo e honra pela curso que teve com o grupo de Belo Horizonte. “Foi a realização de um sonho tocar no Sepultura porquê tem sido agora tocar no Slipknot.”

A força física e a destreza ao assumir a bateria em faixas agressivas e velozes tornaram Casagrande um dos mais reconhecidos músicos de metal de hoje. Ele conta ter intensificado a rotina na ateneu para tocar com o Slipknot, orquestra na qual se apresenta mascarado e vestido com um macacão de tecido pesado —a indumentária é uma das assinaturas do conjunto, com seus nove integrantes caracterizados porquê personagens de filme de terror da sessão da tarde.

Casagrande comprou uma máscara para simular altitude, com filtros que dificultam a ingresso e a saída de ar, para fortalecer seus pulmões para os shows de quase duas horas. “Embora a minha máscara [no Slipknot] seja ventilada, com buracos grandes na boca, nas narinas e nos olhos, mesmo assim é um tanto no rosto dificultando a respiração”, ele conta.

Cada um dos membros da orquestra tem uma máscara própria, e a de Casagrande traz linhas nas bochechas —que ele diz serem uma homenagem às pinturas corporais de povos indígenas—, e um furo de projéctil na testa. Mas não se trata de incitar a violência, ele acrescenta.

“É uma questão artística. Se eu tiver uma projéctil na minha testa, vou me sentir muito livre para subir no palco, não tenho zero a perder porque já tenho uma projéctil na testa”, afirma. “Vejo a máscara e penso: ‘hoje estou indo para a guerra'”.

Antes de chegar no front, todavia, Casagrande passou por dez dias de testes, tocando com o Slipknot faixas de toda a curso da orquestra num estúdio em Palm Springs, na Califórnia, um período que ele relata ter sido de muito nervosismo. Havia a pressão de concorrer por um incumbência cobiçado, acrescida da emoção de estar junto a um grupo que o músico ouvia desde juvenil.

O invitação para Casagrande partiu do empresário do Slipknot, no final do ano pretérito, na quadra em que o Sepultura anunciou sua última turnê, depois de 40 anos de estrada. O processo seletivo foi mantido em sigilo até um show para pouco mais de 300 pessoas em abril, no qual os fãs identificaram pelas tatuagens que o brasílico havia de indumentária assumido as baquetas.

A chegada de Casagrande coincide com um momento de sarau para o Slipknot. A orquestra comemora com shows pelo mundo os 25 anos de seu primeiro disco, um clássico do metal contemporâneo que chocou os puristas à quadra de seu lançamento, por incorporar elementos do hip-hop e da eletrônica e levar um DJ para o palco.

Ou por outra, as guitarras do disco, intitulado somente “Slipknot”, lembram as de “Roots”, do Sepultura, um dos álbuns mais importantes da dezena de 1990, que influenciou o próprio Slipknot e boa secção das bandas de metal da quadra.

Os fãs brasileiros poderão ver Casagrande em ação em outubro, quando o Slipknot toca dois dias seguidos em São Paulo, porquê atração principal de seu próprio festival de metal, o Knotfest. “Quando a gente vai para o palco, entrega tudo o que tem”, diz o baterista. “Principalmente tocando metal. É um tanto muito energético.”

Folha

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *