Operação No Rio Mira Manipulação De Jogos Do Carioca

Operação no Rio mira manipulação de jogos do Carioca – 11/11/2024 – Esporte

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A Polícia Social do Rio de Janeiro iniciou, nesta segunda-feira (11), uma operação contra um verosímil esquema de manipulação de resultados em jogos de futebol das séries B (Sub-20) e C (Profissional) do Campeonato Carioca de 2024.

Ao todo, dez mandados de procura e mortificação foram cumpridos no estado na operação VAR, com escora da Polícia Social paulista, em endereços de empresários e dirigentes suspeitos de cinco clubes: Brasileirinho Clube Social, Duquecaxiense, Novidade Cidade, São José e Sociedade Esportiva Belford Roxo.

Em nota, o Novidade Cidade declarou que terceirizou a equipe sub-20 por dificuldades financeiras, porém afirma ter encerrado o contrato com a empresa depois do jogo suspeito. Na partida, o time venceu o primeiro tempo por 3 a 1, mas sofreu a viradela, perdendo por 5 a 3 no segundo tempo. Cada aposta de R$ 200 no exato resultado de cada tempo obteve lucro de R$ 5.000.

Já o Duquecaxiense, também em nota, afirmou não ter bem, praticado ou compactuado com os fatos que deram origem à sanção de suspensão aplicada pela federação de futebol do Rio. “Lamentamos profundamente que, no curso do processo disciplinar, o presidente do clube não tenha sido ouvido, apesar das reiteradas tentativas do patrono em confirmar essa oitiva”, diz trecho da nota.

A Sociedade Esportiva Belford Roxo publicou em suas redes sociais que tem “absoluta dificuldade a toda e qualquer manipulação de resultados no esporte”. Diz ainda que houve uma investigação no contextura desportivo, e que o clube acabou absolvido. “Por término, a Sociedade Esportiva Belford Roxo nunca irá estribar, praticar ou compactuar com fatos que manchem a sua história ou a do futebol.”

Procurados, não responderam Brasileirinho Clube Social, São José e Sociedade Esportiva Belford Roxo.

Com base nos itens apreendidos, a Decon (Delegacia do Consumidor) pretende continuar na investigação para deslindar o alcance do esquema criminoso de manipulação de resultados no futebol carioca, apontando os nomes dos jogadores, treinadores e dirigentes envolvidos.

Ninguém havia sido recluso até o primórdio da tarde. A Polícia Social não confirmou quais itens foram apreendidos durante a operação.

Os agentes da Decon cumpriram mandados de procura e mortificação na Ilhéu de Gigóia, Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

A suspeita é de que os investigados tenham aliciado dirigentes e jogadores dos clubes de futebol citados com o objetivo de fraudar resultados e lucrar com apostas esportivas.

“Os clubes aceitam as propostas desses agenciadores para que eles administrem seus times e aí eles [os dirigentes] possam deixar de gastar moeda com a manutenção dos times da série B sub-20 e sub-17 “, disse à TV Mundo, Wellington Vieira, titular da Decon.

Recluso neste término de semana pela Interpol em Dubai, nos Emirados Árabes, o empresário William Rogatto, 34, foi um dos 11 alvos da diligência, porém em São Paulo. Publicado uma vez que “rei do rebaixamento”, ele afirma ter manipulado o rebaixamento de 42 clubes.

As ordens judiciais de procura e mortificação foram expedidas pelo Juizado do Torcedor e Grandes Eventos. Investigado pela CPI (Percentagem Parlamentar de Sindicância) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas no Brasil, no Senado, Rogatto admitiu ter amontoado tapume de R$ 300 milhões no esquema fraudulento de manipulação de resultados de campeonatos nacionais e internacionais.

Posteriormente a novidade vaga de suspeitas de manipulação no futebol brasílio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu o veto a apostas em cartões nos sites do no país, sob o argumento de que essa modalidade facilita fraudes.

Na semana passada, a Polícia Federalista realizou uma operação para apurar suposta manipulação em um jogo do Flamengo, envolvendo o jogador Bruno Henrique.

Uma dependência internacional que monitora sites de apostas alertou para movimentações suspeitas no jogo contra o Santos, no Campeonato Brasiliano de 2023.

Na ocasião, uma série de contas foi oportunidade em Belo Horizonte na véspera da partida, com apostas no cartão amarelo do camisa 27. O atacante recebeu o cartão nos acréscimos, sendo expulso na sequência por reclamação.

Procurada pela reportagem na ocasião da operação, a assessoria de Bruno Henrique informou que não vai exprimir nenhum pronunciamento.

Folha

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