Há dez campeões olímpicos entre os 276 atletas que o Brasil levou aos Jogos Olímpicos de Paris. A medalha de ouro no currículo, por si, confere a cada um experiência valiosa, mas eles chegam em diferentes estágios ao megaevento esportivo na capital francesa, cuja cerimônia de brecha ocorrerá nesta sexta-feira (26).
Destoa particularmente dos outros nove a ginasta Rebeca Andrade, 25, a mais novidade na lista. Embora esteja já em sua terceira edição olímpica, a paulista tinha unicamente nove anos quando Thaisa, hoje com 37 anos, subiu ao topo do pódio pela primeira vez, com a seleção de vôlei, em Pequim-2008.
Rebeca está no auge de sua forma. Ouro no salto e prata no individual universal em Tóquio, há três anos, ela apresentou desde portanto resultados impressionantes. Nas três edições do Mundial realizadas a partir de 2021, levou três ouros, quatro pratas e dois bronzes. Em 2022, foi campeã individual universal.
“Eu amadureci bastante. A cada ano, a cada conquista, eu me coloquei em outro patamar. Não posso expor que vou convencionar tudo, não é isso, mas eu sinto que confio ainda mais em mim”, afirmou, cônscio da pressão em torno de seu desempenho. “Não consigo controlar as expectativas das outras pessoas. A única coisa que posso controlar sou eu mesma. Tenho que fazer a minha melhor apresentação.”
Já Thaisa, embora alimente o sonho de mais um título, sabe que seu corpo já não responde porquê outrora. Bicampeã olímpica –triunfou também em Londres, em 2012–, tem participação limitada nos treinamentos da seleção de voleibol e, em seguida duas cirurgias no joelho esquerdo, atua com uma chamativa proteção.
“Eu sinto dor todo dia, independentemente do momento. Eu já convenção sentindo dor, mas são escolhas. Eu escolhi passar por isso, sabia o que aconteceria. Portanto, preciso estar pronta. Eu faço fisioterapia e me preparo na ateneu”, disse a carioca, que funciona porquê uma mentora das jogadoras mais jovens.
A seleção masculina de vôlei também tem seus campeões olímpicos, Bruninho, 38, Lucão, 38, e Lucarelli, 32, que experimentaram a glória no Rio de Janeiro, em 2016. Eles ainda são secção importante do time, que corre por fora e parece ter menos chances do que a formação feminina, quarta colocada na última Liga das Nações.
Os demais procuram mostrar que ainda têm lenha para queimar, ainda que pela última vez.
A dupla formada por Martine Grael, 32, e Kahena Kunze, 32, por exemplo, é atual bicampeã na categoria 49er FX da vela. A fluminense e a paulista não obtiveram grandes resultados no ciclo de Paris-2024, mas cresceram na reta final da preparação e chegam com a oportunidade de ser a primeira parceria da história da modalidade a ter três ouros olímpicos.
Também defende o título Isaquias Queiroz, 30. O canoísta apareceu muito muito em 2016, no Rio, com duas pratas e um bronze, e atingiu o vértice em 2021, em Tóquio, com um ouro. Portanto, passou a provar cansaço e teve um ano quase sabatino em 2023, treinando e competindo muito pouco. Mas retornou, teve ao menos uma vitória importante e se diz pronto para exibir a velha forma.
“Voltei mais ligeiro, mais solto”, afirmou o baiano, que, em seguida o período de sota em seu estado, retomou os treinamentos em Lagoa Santa, Minas Gerais. “Foram nove, dez anos, no topo. É difícil. Portanto, eu falei: ‘Agora, eu quero estar com a minha família e quero estar onde eu mais senhoril, que é a Bahia’. Mas neste ano decidi voltar, e o resultado mostrou porquê a gente está.”
Ana Marcela Cunha, 32, é outra que procura provar uma boa recuperação. Ouro em Tóquio na maratona aquática, a baiana precisou passar por uma cirurgia no ombro, em novembro de 2022, e adotou um novo ritmo. “Tem de ser ligeiro, tem de ser gostoso”. Ela competirá no rio Sena, em procura do bicampeonato.
Completa a relação a judoca Rafaela Silva, 32, que conquistou o ouro no Rio, em 2016, mas, suspensa por doping, não pôde competir em Tóquio, em 2021. A carioca considerou severa a sua punição de dois anos –disse ter se contaminado ao divertir com uma garoto– e volta para buscar a medalha que não pôde disputar no Japão.
Os dez conhecem o caminho ao topo do pódio e, caso o reencontrem, poderão ajudar o Brasil a satisfazer sua meta de medalhas: superar as 21 recebidas em 2021. A projeção da Nielsen, consultoria norte-americana que faz um trabalho intenso de coleta de dados e apresenta sua previsão olímpica, apostou que o país terá 18 medalhas: oito de ouro, quatro de prata e seis de bronze.