Oscar 2025 Gerou Desconforto E Fugiu De Política E Trump

Oscar 2025 gerou desconforto e fugiu de política e Trump – 03/03/2025 – Ilustrada

Celebridades Cultura

A 97ª edição do Oscar chegou ao término com uma sarau para os brasileiros, ao entregar o troféu de filme internacional para “Ainda Estou Cá”, e também para Sean Baker, o grande premiado da noite. Ele levou as estatuetas de filme, direção, roteiro original e montagem por “Anora”

Completam a lista dos principais premiados Mikey Madison, também de “Anora”, em atriz; Adrien brody, de “O Brutalista”, em ator; Zoe Saldaña, de “Emilia Pérez”, em atriz coadjuvante, e Kieran Culkin, de “A Verdadeira Dor”, em ator coadjuvante. Já roteiro apropriado ficou com “Conclave”.

Com exceção dos brasileiros, é provável que poucos tenham se entusiasmado ao longo da noite. A cerimônia deste Oscar preferiu a segurança de um anfitrião já querido e comportado, mas incapaz de fabricar grandes momentos ou despertar fortes emoções.

Conan O’Brien, apresentador e comediante de imensa popularidade, tomou o chibata de Jimmy Kimmel e não fez um trabalho memorável. Constrangedor, seu solilóquio de sinceridade gerou algumas risadas, mas contidas.

Faltou acidez e sagacidade por secção dos roteiristas da cerimônia, que adicionaram aos minutos inaugurais um número músico que tirava sarro dos momentos de perda de tempo de transmissões porquê esta —havia potencial, mas a teoria foi subutilizada e deixou evidente que aquilo era, mesmo, perda de tempo.

No término da cerimônia, O’Brien voltou detrás em seu jeito isento e disse que era bom ver “Anora” sendo premiado, porque enfim um americano havia se levantado contra os russos. Mas, no universal, faltou ousadia.

A falta de menções diretas a Donald Trump, por mais que Hollywood esteja pondo panos quentes em sua conflituosa relação com o republicano, fez parecer que zero de grande aconteceu na Lar Branca nos últimos dois meses.

Em seu solilóquio, O’Brien mencionou a presença de Karla Sofía Gascón, que protagoniza “Emilia Pérez”, e brincou com seu assessor, em face das polêmicas nas quais a espanhola se envolveu. “Se você redigir sobre o Oscar, lembre que o meu nome é Jimmy Kimmel”, disse ainda, em menção às críticas a antigas cerimônias encontradas nas redes sociais da espanhola.

Ele também brincou com o uso de perceptibilidade sintético, pivô das recentes greves em Hollywood, e, em momento de desconforto, mencionou “Ainda Estou Cá”, que “acompanha uma mulher depois que o marido desaparece”.

“Minha mulher o chamou de filme ‘feel good’”, disse, em referência às tramas tidas porquê gostosas de ver. Fernanda Torres, na câmera, riu timidamente, muito porquê o resto do auditório, consciente da brutalidade da ditadura militar abordada pelo drama. Nas redes, brasileiros reclamaram da falta de tato do observação.

Os números musicais tentaram dar qualquer dinamismo à sarau, a principiar por Cynthia Erivo e Ariana Grande, protagonistas de “Wicked”. Elas cantaram “Defying Gravity”, junto de “Somewhere Over the Rainbow”, de “O Mágico de Oz”, e “Home”, de “The Wiz”. Os três longas fazem secção do mesmo universo.

Uma homenagem à franquia “007”, com Lisa, Doja Cat e Raye, foi saborosa para os fãs de James Bond. Os números supriram a pouquidade das performances de indicados a melhor música original, que ficaram de fora deste ano, porque poderiam toar fora de tom depois os incêndios que recentemente abalaram Los Angeles.

Também foram em universal apolíticos os vencedores da noite, com menção honrosa à entediante falação de Adrien Brody ao vencer por “O Brutalista”. O ator disse que ignoraria a resenha de tempo, que limita os discursos, mais de uma vez, além de parecer confuso num palavrório que tentou abraçar o mundo, mas que soou vazio.

Zoe Saldaña, ao agradecer em atriz coadjuvante, por “Emilia Pérez”, dez um exposição mais poderoso e comovente, mas ainda assim evitou referir diretamente os ataques de Trump a imigrantes e latino-americanos.

“Eu sou uma filha orgulhosa de pais imigrantes, com sonhos, honra e mãos trabalhadoras. Sou a primeira americana de origem dominicana a vencer um Oscar e eu sei que não serei a última. Conseguir um prêmio por um trabalho em que cantei e falei espanhol deixaria a minha avó encantada”, disse ela.

Daryl Hannah, que anunciou uma categoria, por sua vez, saiu do roteiro e gritou “glória à Ucrânia”. Mas o exposição mais poderoso veio com documentário. “Eu prometi à minha filha que ela não sofreria com a vida que minha comunidade tem vivido, com a ocupação em Gaza”, disse o palestino Basel Adra, um dos diretores de “Sem Soalho”. Seu codiretor, o israelense Yuval Abraham, criticou a política externa de Trump.

Vale lembrar que Cacá Diegues, cineasta brasiliano morto em fevereiro, ficou de fora da homenagem às perdas dessa indústria.

Folha

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