O outono é considerado por muitos porquê a estação mais formosa do ano com firmamento azul intenso, temperaturas mais agradáveis que o verão e uma bela luminosidade. O outono no Brasil começou nesta quinta-feira (20), à 6h01 e termina no dia 20 de junho, às 23h42min (horário de Brasília). 
O outono é uma estação considerada de transição entre o verão quente e úmido e o inverno indiferente e sedento, principalmente no Brasil Meão. Neste período, as chuvas são mais escassas no interno do Brasil, em privado no semiárido nordestino
Segundo o prognóstico climatológico da estação produzido pelo Instituto Pátrio de Meteorologia (Inmet), órgão do Ministério da Cultura e Pecuária, em parceria com o Instituto Pátrio de Pesquisas Espaciais (Inpe), nas regiões Setentrião e Nordeste ainda são registrados volumes importantes de chuva, em associação a atividade convectiva tropical e atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).
A estação também é caracterizada por incursões de massas de ar indiferente oriundas do sul do continente que provocam o declínio das temperaturas do ar, principalmente na Região Sul e segmento da Região Sudeste.
Durante o outono, observam-se as primeiras ocorrências de fenômenos adversos, típicos do período, porquê nevoeiros nas regiões Sul, Sudeste e Núcleo-Oeste; geadas nas regiões Sul e Sudeste e em Mato Grosso do Sul; neve nas áreas serranas e nos planaltos da Região Sul e friagem no sul da Região Setentrião e nos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso e até mesmo no sul de Goiás.
Região Sudeste
A previsão para o outono indica soberania de chuvas aquém da média histórica em toda a região. Mas, não se descartam eventos de chuvas intensas na porção leste da região, devido a passagem de sistemas frontais sobre o oceano, que podem provocar instabilidades para estas áreas.
Para a temperatura, as previsões indicam valores supra da média histórica nos próximos meses. No entanto, há a possibilidade de incursões de massas de ar indiferente nos próximos meses, que poderão provocar queda nas temperaturas, mormente em regiões de maior altitude.
Região Sul
A previsão indica condições desfavoráveis para as chuvas, com soberania de chuvas aquém da média histórica principalmente sobre os estados do Paraná, Santa Catarina e setentrião do Rio Grande do Sul. No centro-sul do Rio Grande do Sul, a expectativa é de condições de chuvas variando entre próximas a supra da média.
Quanto às temperaturas, a previsão indica soberania de valores supra da média histórica em grande segmento da região. Entretanto, não se descarta a ingressão das primeiras incursões de massas de ar indiferente em 2025 nos próximos meses, que podem provocar declínio de temperaturas na região, e de forma mais acentuada em regiões de maior altitude.
Região Núcleo-Oeste
A tendência para o outono é de chuvas aquém da média histórica em grande segmento da região. Porém, vale notar que é geral a redução de chuvas a partir de abril que representa um mês de transição entre o período pluviátil e o período sedento desta região. Quanto às temperaturas, a previsão indica soberania de valores supra da média histórica nos próximos meses.
Região Nordeste
A previsão climática indica condições desfavoráveis para as chuvas, com soberania de condições de chuvas aquém da média histórica no centro-sul da região. Assim porquê para a Região Setentrião, são previstas chuvas mais regulares sobre a porção setentrião da região, devido a atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) mais ao sul de sua posição climatológica.
São previstos valores de temperatura do ar supra da média histórica em grande segmento da região nos próximos meses. Entretanto, temperaturas mais amenas poderão ser registradas sobre a costa setentrião da região em relação a porção meão (interno), devido a ocorrência de dias consecutivos de chuva.
Região Setentrião
A previsão climática, realizada pelo INMET/CPTEC-INPE para os meses de abril a junho de 2025, indica condições favoráveis para o soberania de chuvas supra da média histórica no centro-norte da Região Setentrião. Para as áreas do sul da Região Setentrião, a previsão é de condições favoráveis para chuvas próximas ou aquém da média durante o trimestre.
A temperatura média do ar é prevista para prevalecer supra da média histórica em praticamente toda a região, com valores podendo atingir 1 a 2ºC supra da média, no sudeste do Pará e oeste do Tocantins.
Hortaliças
O agrônomo Ítalo Ludke, superintendente de transferência e tecnologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Hortaliças, explica que nesta estação do ano, no Núcleo-Oeste, é quando os produtores de hortaliças começam a preparar as áreas e cultivos em campo destapado. No Província Federalista, se iniciam os plantios de morango em campo destapado.
“Só se começa a fazer o plantio protegido em outubro, quando começa a chover. Assim ocorre com várias outras culturas, tomate, pimentão, brócolis, folhosas porquê alface, couve, os temperos, é verosímil fazer nessa estação com regadura na região Núcleo-Oeste onde tem esse período muito definido de chuva e seca, os produtores fazem esse cultivo de hortaliças em campo destapado, sem proteção nenhuma. Nessa região do Núcleo-Oeste que se expande para segmento do Sudeste e segmento do Nordeste, tem soberania de produção de hortaliças em campo destapado”, disse o agrônomo.
Ele acrescenta que as cenouras que são cultivares adaptadas a esse período mais pacífico, mais fresco, são plantadas em março e abril. “Alho praticamente em todo o país é plantado agora em março, abril e maio e a colheita é feita de setembro a novembro. Cebola também é plantada de março a maio e começa a colheita em junho e julho”.
