Esta é a edição da Combo, a newsletter de games da Folha. Quer recebê-la todas as terças no seu email? Inscreva-se aquém.
É difícil fugir da definição mais simples de “Palworld”: um jogo fortemente inspirado em Pokémon, só que com armas de lume. O game mistura elementos de sobrevivência, exploração, conquista de monstros e jogos de tiro, e tem quebrado recordes de vendas e jogadores —além de desencadear uma vaga de piadas de quinta série no Brasil, uma vez que os monstros a serem colecionados são os simpáticos Pals.
Para além dos muitos posts no X sobre a coincidência linguística, a força de “Palworld”, desenvolvido pelo estúdio nipónico Pocketpair, impressiona. Um dia depois do lançamento em entrada antecipado, no dia 18 de janeiro, o game era o mais jogado por influenciadores e streamers na plataforma Twitch. A Pocketpair vendeu mais de seis milhões de cópias nos primeiros quatro dias e tornou-se o segundo mais jogado simultaneamente na história do Steam, com 2 milhões de players —detrás exclusivamente de PUBG.
Pokémon e armas
“Palworld” se passa nas Ilhas Palpagos, onde o jogador controla um personagem que precisa sobreviver em um mundo sincero colecionando monstros, os Pals, utilizando os bichos para lutar contra adversários e também forçando-os a trabalhar —eles constróem sua base para você e fabricam itens.
Ele tem o seu paisagem satírico, investindo na piada antiga de que batalhas Pokémon zero mais são do que rinhas de galo: secção da descrição do jogo, por exemplo, diz que o jogador pode “gerar fábricas e nomear Pals para se encarregarem das tarefas. Contanto que tenham ração, eles podem trabalhar sem nunca repousar — até o término da vida”. Aliás, um dos principais inimigos do jogo são um grupo extremista que luta para libertar os Pals do trabalho forçado. Zero sutil.
Mas a mistura de vários gêneros, que se inspira fortemente não só em Pokémon mas também em jogos de sobrevivência estabelecidos, uma vez que “Ark”, conquistou centenas de milhares de pessoas em pouquíssimo tempo. “Palworld” pode ser jogado sozinho ou em um servidor com até 32 pessoas, mas somente na versão para PC.
As polêmicas de “Palworld”
O sucesso estrondoso não é a única razão pela qual só se fala em “Palworld” nos últimos dias. As semelhanças muito próximas de alguns dos Pals com Pokémons levaram a acusações de plágio —e um post em específico no X afirmando que a semelhança chega até mesmo nos modelos 3D do jogo gerou réplicas e tréplicas, atacando e defendendo a Pocketpair.
A Pokémon Company, que é dona dos direitos da franquia junto de outras empresas, entre elas a Nintendo, se manifestou na última quarta (24). Sem reportar “Palworld”, a empresa japonesa disse que “não permitiu” qualquer uso da marca, e que pretende “investigar e adotar medidas cabíveis para mourejar com qualquer ação que viole direitos autorais”.
Seja uma vez que for, certamente não ajuda o indumento de que o “pal” que mais frequentemente ilustra a arte promocional do jogo, sempre munido de uma metralhadora, parece ser uma versão amarela do espírito da floresta do filme “Meu Companheiro Totoro”, do Studio Ghibli, somado ao sorriso malévolo do Gengar, um dos pokémons mais conhecidos.
Também paira a suspeita de que “Palworld” tenha utilizado perceptibilidade sintético em qualquer proporção no seu desenvolvimento, uma denúncia que tem sido feita sem provas por críticos do jogo. O motivo é o excitação do CEO da Pocketpair, Takuro Mizobe, com a novidade tecnologia. A Pocketpair chegou a lançar um jogo de pouca repercussão em 2022 chamado “AI: Art Impostor”, no qual jogadores usam perceptibilidade sintético para gerar arte.
A presença de “Palworld” no Steam parece indicar que não há IA no jogo. Isso porque a Valve, empresa que controla a loja do dedo, afirmou no último dia 10 que vai pedir que estúdios revelem se utilizaram ou não a tecnologia, e que prometam que não infringiram nenhuma lei. Não há qualquer menção sobre perceptibilidade sintético na página do jogo na plataforma.
Tudo o que Pokémon não quer ser
Apesar das controvérsias, “Palworld” é um sucesso integral de público —e secção da sátira especializada tem sugerido que isso pode ser por razão da estagnação da franquia “Pokémon”, cujos jogos recentes têm tomado poucos riscos. O último lançamento, “Pokémon Scarlet/Violet”, acumula uma pontuação média no site Metacritic, com 72 pontos de 100, e passou por um lançamento turbulento, criticado pelos vários bugs e problemas de performance.
Cass Marshall, jornalista do site especializado Polygon, escreveu em um cláusula de opinião que “‘Palworld’ parece uma veras escolha na qual a franquia Pokémon teve a oportunidade de ser estranha, experimental, e sem pânico de lançar jogos de quem o público branco é exclusivamente de adultos”. Resta saber se os responsáveis por uma das franquias mais muito sucedidas da história do games vão responder à provocação de “Palworld” nos consoles —ou na Justiça.
No Brasil, “Palworld” sai por R$89,90 no Steam e R$112 na Xbox Store, e está incluso no Xbox Game Pass.
PLAY
dica de game, novo ou velho, para você testar
Pentiment
(PC, Xbox One/X/S)
Lançado no final de 2022, o jogo passou por reles do radar da maior secção das grandes premiações do setor, mas é um dos títulos mais fascinantes que joguei nos últimos tempos. Em “Pentiment”, você é Andreas Maler, um inexperiente de artista que se torna o equivalente a um detetive medieval na Alemanha do século 16 quando um transcendente é assassinado na mosteiro onde trabalha. A história acontece ao longo de 25 anos, e Andreas junta pistas ao longo de duas gerações para solucionar o mistério. Um jogo muito zeloso com a história, as relações sociais dos personagens e a arte representada, “Pentiment” é relativamente limitado, muito muito escrito, tem um design inovador e trata de questões que ficaram na minha memória muito tempo depois de completá-lo.
UPDATE
novidades, lançamentos, negócios e o que mais importa
Depois da compra da gigante Activision Blizzard pela ainda maior Microsoft, finalizada em outubro do ano pretérito, chegaram os primeiros anúncios de demissões em volume. Na quinta (25), a prensa americana noticiou que a empresa demitiu 1,900 trabalhadores da Blizzard, Xbox e ZeniMax, a companhia que controla a Bethesda. Antes dos cortes, a Microsoft Gaming empregava 22 milénio pessoas.
– Além das demissões, a Microsoft também cancelou o desenvolvimento de um jogo de sobrevivência que vinha sendo produzido pela Blizzard há seis anos, a primeira novidade propriedade intelectual do grupo desde o lançamento de “Overwatch”, em 2016. O Presidente da Blizzard, Mike Ybarra, também deixou o missão, que ocupava desde 2021.
Na segunda (22), a Riot Games anunciou que demitiu 530 trabalhadores, ou 11% da companhia. O estúdio responsável por “League of Legends” disse em nota que está “reajustando nosso foco em menos projetos, que terão cimo impacto”. O CEO Dylan Jadeja afirmou em um expedido interno que “investimentos que fizemos não tiveram o retorno esperado”, o que ajudaria a explicar a decisão.
Somadas, as demissões na Riot, Microsoft e outras empresas eliminaram 6 milénio postos de trabalho —durante todo o ano de 2023, muro de 10 milénio pessoas perderam o ofício no setor.
Na última quinta (25), a Apple anunciou que vai permitir que aplicativos de streaming de jogos possam funcionar na App Store. Isso inclui serviços uma vez que o GeForce Now e o Xbox Cloud Gaming, que permitem que jogos pesados rodem em qualquer sistema.
A Nintendo pretende lançar um novo console ainda em 2024, de entendimento com um relatório da empresa japonesa Omdia, que analisa o mercado de tecnologia no país. O sucessor do Switch teria uma tela de 8 polegadas, consideravelmente maior que a versão padrão do console atual, que tem 6,2 polegadas. Até cá, a Nintendo nega qualquer informação a reverência de um novo console.
DOWNLOAD
games que serão lançados nos próximos dias e promoções que valem a pena
31.jan
“BlazBlue Entropy Effect”: R$ 65,11 (PC)
“Song of Nunu: A League of Legends Story”: preço não disponível (PS 4/5, Xbox One/X/S)
1º.fev
“Granblue Fantasy: Relink”: R$ 299,90 (PS 4/5), preço não disponível (PC)
“One Punch Man: World”: gratuito (PC, iOS, Android)
2.fev
“Jujutsu Kaisen Cursed Clash”: R$ 229,90 (PC), R$ 299,90 (PS 4/5, Xbox One/X/S, Switch)
“Persona 3 Reload”: R$ 329* (PC, Xbox One/X/S), R$ 349,90 (PS 4/5)
“Suicide Squad: Kill The Justice League”: R$ 279 (PC), R$ 299,90 (PS 5, Xbox X/S)
“Vampire: The Masquerade – Justice”: preço não disponível (PC)
6.fev
“Foamstars”: preço não disponível** (PS 4/5)
*Disponível no Xbox Game Pass
**Gratuito para assinantes do PlayStation Plus