Uma anedota familiar conta que o primeiro observação de Mario Bergoglio ao pegar seu rebento no pescoço logo depois de seu promanação foi: “Será que é muito cedo para levá-lo num jogo do San Lorenzo?”.
Não se tem registro de qual teria sido o primeiro jogo no qual o menino tenha marcado presença. Mas indumento é que o jovem Jorge Bergoglio herdou de sua família a paixão pelo futebol e pelo clube prateado, mantida e alimentada durante décadas, mesmo depois aquele garoto se tornar o 266º papa da Igreja Católica —mais publicado uma vez que Papa Francisco.
O papa Francisco morreu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, depois um quadro de pneumonia bilateral do qual não conseguiu se restabelecer totalmente.
Rebento de um parelha de italianos —Mario, ex-ferroviário, e Regina, dona de mansão— que morava no bairro de Flores, em Buenos Aires, Francisco tinha 10 anos quando presenciou pela primeira vez seu clube do coração ser vencedor prateado, em 1946.
O jovem fez segmento do mar de torcedores que invadiu o gramado para comemorar junto com os atletas o título vernáculo, o sexto do clube até portanto.
Anos mais tarde, já uma vez que padre de Buenos Aires, Francisco costumava comemorar missas nas igrejas mais populares. Mas, em todo 1º abril, natalício de instalação do San Lorenzo, fazia a cerimônia na capela do clube.
Dois anos antes de ir ao Vaticano, em 2011, ele abençoou a capela Padre Lorenzo Tamanho, que dá nome ao time prateado –o padre Tamanho foi um dos principais incentivadores de um grupo de jovens que fundou o clube em 1908.
Mesmo longe de sua terreno natal, Francisco manteve possante relação com a sociedade argentina. Para um clube com suas raízes atreladas a um padre, pareceu até um milagre a conquista inédita da Libertadores, em 2014 –encerrando uma sequência de quatro títulos brasileiros–, um ano depois de o prateado ser eleito papa.
“Eu assisti à conquista com muita alegria, mas não é um milagre”, brincou o pontífice.
Depois do título, o elenco do time viajou ao Vaticano para mostrar a taça da Libertadores ao papa. “Ser do San Lorenzo é segmento da minha identidade cultural”, disse a santidade, dona da carteira de sócio do clube de número 88235N-0.
A conquista do torneio continental, todavia, foi o último grande momento da equipe argentina. Depois do troféu da Libertadores, o time agregou unicamente a Supercopa Argentina de 2015 a sua galeria.
A conexão com Francisco até ajudou a ocupar novos torcedores e sócios, mas isso acabou não se refletindo em resultados esportivos. A maior segmento dos troféus do clube foram conquistados antes de o Vaticano seleccionar o papa prateado.
O San Lorenzo é o quinto time que mais vezes foi vencedor prateado, com 15 troféus nacionais, sendo o último obtido em 2013 —o River Plate lidera essa lista, com 38, seguido pelo Boca Juniors, com 35. Racing, com 18, e Independiente, com 16, completam os cinco primeiros do ranking.
No cenário internacional, além da Libertadores, o clube do papa também conquistou a Sul-Americana em 2002 e foi vice-campeão mundial em 2014 e vice da Recopa Sul-Americana duas vezes, em 2003 e 2015.
“De Jorge Mario Bergoglio para Francisco, houve um tanto que nunca mudou: o seu paixão pelo Cyclone [apelido do San Lorenzo]”, escreveu o clube em publicação em suas redes sociais na qual lamentou a partida do pontífice.
Francisco usou o esporte uma vez que exemplo
Os jogadores do San Lorenzo não foram os únicos atletas recebidos por Francisco durante seu papado. Messi, Maradona, Cristiano Ronaldo, Ronaldinho, Gaúcho, Buffon, Lewis Hamilton, além de atletas de diversas modalidades olímpicas também se encontraram com o pontífice.
Em suas celebrações, o papa, vez ou outra, usava aspectos do esporte para passar mensagens, uma vez que a capacidade de formar equipe, que para o pontífice era uma metáfora da vida social.
“As ações individuais são importantes, a fantasia, a originalidade… Mas se prevalece o individualismo, portanto toda a dinâmica se arruína e não se alcança o objetivo”, disse Francisco.
Ele também mencionou outros valores do esporte, uma vez que a honra, a amizade, a fraternidade, a lealdade e o autocontrole e pediu que os jogadores não se esqueçam da torcida, principalmente dos jovens, que se espelham neles.
“O papel do jogador de futebol vai além do contextura esportivo e se torna padrão de vida bem-sucedida e de sucesso. Portanto, é importante para vocês cultivar as qualidades espirituais e humanas para poderem ser um bom exemplo”.