Paraguai Encerra Tabu De 16 Anos E Derrota O Brasil

Paraguai encerra tabu de 16 anos e derrota o Brasil pelas Eliminatórias – 10/09/2024 – Esporte

Esporte

Com o Brasil novamente com dificuldades para produzir jogadas no meio de campo e conseguir levar transe ao gol opositor, o Paraguai venceu o confronto entre as duas seleções na noite desta terça-feira (10) por 1 a 0 no Defensores del Chaco, em Assunção, pela oitava rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Despensa de 2026.

O resultado foi a primeira itinerário de Dorival Júnior adiante da seleção e representou a quebra de uma escrita que já durava 16 anos. O Brasil não terminava os 90 minutos com uma itinerário contra o Paraguai desde 2008, quando perdeu por 2 a 0 em partida pelas Eliminatórias para a Despensa de 2010 também no Defensores del Chaco, com gols de Roque Santa Cruz e Cabanas.

Desde portanto, foram dez partidas entre as duas seleções, com cinco vitórias do Brasil e cinco empates. Dois dos empates, em 2011 e 2015, porém, resultaram na eliminação do Brasil pelo Paraguai nas quartas de final da Despensa América, na disputa de pênaltis.

No último confronto antes da partida desta terça, Brasil e Paraguai se enfrentaram na tempo de grupos da Despensa América nos Estados Unidos, quando a equipe comandada por Dorival Júnior venceu sem dificuldades por 4 a 1, com gols de Vinicius Junior (duas vezes), Savinho e Lucas Paquetá.

O Brasil tem um grande domínio contra a seleção paraguaia. As duas equipes já se enfrentaram 84 vezes na história, com 50 vitórias da seleção brasileira, 22 empates e somente 12 triunfos do Paraguai.

Na sexta-feira (6), pela sétima rodada das Eliminatórias, o Brasil havia vencido o Equador por 1 a 0, encerrando uma incômoda sequência de três derrotas seguidas no torneio, mas com uma atuação pouco inspirada dos jogadores brasileiros, que ouviram vaias da torcida que lotou o Estádio Couto Pereira, em Curitiba.

No jogo contra o Paraguai, Dorival optou por sacar do time Luiz Henrique, do Botafogo, para iniciar a partida com Endrick, ao lado dos companheiros de Real Madrid Vinicius Junior e Rodrygo.

Com uma marcação firme da zaga paraguaia e a falta de originalidade dos meias brasileiros, a equipe comandada por Dorival Júnior voltou a ter dificuldades para manter a posse de esfera e produzir chances de transe contra o gol opositor.

O Paraguai, por sua vez, conseguiu marcar na primeira oportunidade em que chegou ao gol brasiliano, aos 18 minutos, com o meia Diego Gómez. O jogador do Inter Miami dominou na ingressão da grande extensão brasileira, se livrou com facilidade da marcação de Bruno Guimarães e acertou um belo chuto de trivela no esquina recta, sem chance de resguardo para o goleiro Alisson.

O Brasil quase conseguiu o empate cinco minutos depois com Guilherme Arana. O lateral-esquerdo do Atlético-MG recebeu passe dentro da extensão posteriormente boa jogada de Vinicius Junior, mas teve o chuto interceptado em cima da risca pela zaga paraguaia.

Na volta para o segundo tempo, entraram Luiz Henrique no lugar de Bruno Guimarães e João Pedro no de Endrick.

As mudanças surtiram efeito em um primeiro momento e a equipe brasileira voltou melhor para a lanço complementar, pressionando o Paraguai em seu campo com diversas jogadas pelas pontas, em privativo pela direita com o atacante destaque do Botafogo no Campeonato Brasiliano.

A pressão, no entanto, não se converteu em gols. Na melhor chance, aos 28, Vinicius Junior avançou pela ponta esquerda e acertou potente chuto em direção ao gol paraguaio, parando em boa resguardo de Gatito Fernández.

“Acho que a gente está em um momento de tentar se encaixar, de tentar se encontrar. Muitas peças sendo mexidas, o professor ainda tentando encontrar a melhor forma de a gente jogar. Portanto isso se reflete no resultado, muitos jogadores novos também. Creio que é um momento onde a crédito não está com a gente, portanto a gente tem que buscar essa crédito”, afirmou o experiente zagueiro Marquinhos à TV Mundo ao termo da partida.

O Paraguai contou com cinco jogadores entre os 11 titulares atuando no futebol brasiliano —o goleiro Gatito Fernández (Botafogo), o zagueiro Junior Alonso (Atlético-MG), os volantes Bobadilla (São Paulo) e Villasanti (Grêmio) e o atacante Isidro Pitta (Cuiabá).

Com três derrotas em três jogos e a eliminação ainda na tempo de grupos da Despensa América, o Paraguai demitiu o prateado Daniel Garnero ao termo da competição e trouxe o também prateado Gustavo Alfaro, que estava no comando da Costa Rica. Na estreia de Alfaro, o Paraguai segurou um empate por 0 a 0 contra o Uruguai no Centenário, em Montevidéu.

Com o resultado na capital paraguaia, a seleção brasileira permanece com 10 pontos e cai de 4º para 5º na tábua de classificação —os seis primeiros se classificam direto para o Mundial; o sétimo disputa a repescagem. A Argentina, que perdeu para a Colômbia (2º) em Barranquilla por 2 a 1, é a líder, com 18 pontos.

O próximo compromisso da seleção de Dorival pelas Eliminatórias será no dia 10 de outubro, contra o Chile (9º), fora de lar. Na sequência, no dia 15, enfrenta o Peru (10º), no Mané Garrincha, em Brasília.

PARAGUAI 1 X 0 BRASIL – ELIMINATÓRIAS DA COPA

Sítio: Defensores del Chaco, em Assunção

Avaliador: Andrés Matonte (URU)

Gol: Diego Gómez (18º)

Brasil: Alisson, Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Guilherme Arana (Estêvão); André, Bruno Guimarães (Luiz Henrique) e Lucas Paquetá (Gerson); Rodrygo (Lucas Moura), Endrick (João Pedro) e Vinicius Junior

Técnico: Dorival Júnior

Equador: Gatito Fernández; Juan Cáceres, Balbuena, Junior Alonso e Alderete; Diego Gómez, Bobadilla e Villasanti; Almirón (Cuenca), Enciso (Riveros) e Isidro Pitta

Técnico: Gustavo Alfaro

Folha

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