Paris 2024: Brasil Foca Mais Performance E Menos Celular 24/07/2024

Paris-2024: Brasil foca mais performance e menos celular – 24/07/2024 – Esporte

Esporte

Não dá para evitar o celular, mas o onipresente e daqui a pouco onisciente aparelho não pode ir além do ponto de não retorno da saúde mental. De preferência, muito distante dele. Soa porquê reunião de pais e professores em escola, mas é receita de performance para os atletas brasileiros nos Jogos de Paris-2024.

“Celular faz segmento da vida de qualquer pessoa, não é dissemelhante com o desportista de superior rendimento”, afirma a psicóloga Carla di Pierro, do Time Brasil, em Paris para a sua terceira missão olímpica.

“Antes e depois do treino, para a construção social, de imagem, do horizonte, mas tudo isso não pode aumentar o nível de estresse. Há um foco altíssimo na performance, qualquer coisa que afete minimamente esse esforço precisa de conversa e orientação detalhada.”

O noticiário esportivo das últimas semanas está pródigo em pequenas e grandes polêmicas em torno da delegação pátrio. Em generalidade, a óbvia disseminação de fatos e inúmeras versões pelas redes sociais de atletas, assessores e toda sorte de opinadores. “É terreno de ninguém”, desabafou, na segunda-feira (22), o técnico José Roberto Guimarães, que administra, na França, uma dessas crises.

No início do mês, a seleção feminina de vôlei foi parar nas páginas de celebridades posteriormente um ruidoso rompimento de namoro entre Sheilla Castro, hoje em dia integrante da percentagem técnica da CBV (Confederação Brasileira de Voleibol), e a capitã Gabi. Um bate-boca online teria sido mantido pela ex-atleta e campeã olímpica, um pouco que ainda não foi esclarecido.

“Entenda cada pormenor da polêmica entre Sheilla Castro e Gabi do vôlei posteriormente término do namoro”, dizia um dos tantos títulos publicados sobre o tópico.

Na mesma semana, um material de divulgação do COB (Comitê Olímpico do Brasil) antecipou indevidamente um novo salto de Rebeca Andrade, manobra que pode valer um novo ouro olímpico na ginástica. O teor foi logo retirado do ar.

Em episódios mais recentes, integrantes do time brasílico de atletismo que chegaram a Paris soltaram críticas à Puma, fornecedora de material esportivo da modalidade; e a skatista Rayssa Leal virou tópico por reclamar a presença da mãe na Vila Olímpica, o que os seus atuais 16 anos não mais permitem.

“A gente teve uma intercorrência em Tóquio”, conta Di Pierro, que coleciona atletas de ponta no currículo pessoal, porquê a tenista Bia Haddad e a campeã olímpica Ana Marcela Cunha. “Um integrante da delegação nos procurou, estava sofrendo críticas nas redes sociais e lidando muito mal com isso. Diminuir ou mesmo terceirizar o uso do celular é fundamental”, diz a psicóloga, sem revelar o nome do paciente no Japão por sigilo profissional.

Há três anos, na edição adiada pela pandemia, a participação de esportistas olímpicos nas redes era um caminho originário. O vídeo no TikTok da equipe de skate pátrio fazendo bagunça em um banheiro high-tech, naquele momento de isolamento, divertia e, de certa forma, rejuvenescia o esporte olímpico. Não foi por outro motivo que a modalidade ascendeu aos Jogos.

O planeta já é outro agora. A toxicidade das redes sociais é patente, e o debate sobre seu controle, mínimo que seja, alimenta acaloradas disputas legais e políticas. O jornalismo não escapa do fenômeno, porquê demonstram grandes eventos esportivos recentes.

Reportagem do site The Athletic, do jornal americano The New York Times, registrou a subida dos “criadores de teor para mídia social” durante a Despensa América nos EUA, no início do mês. Um dos relatos dava conta de um streamer prateado que prometeu tatuar um autógrafo de Messi no braço se ele o assinasse. O craque prateado assinou, e o sujeito cumpriu a promessa no dia seguinte, de tratado com o site.

A versão brasileira em Paris é mais suave, até qualquer post em contrário. Entre muitos alienígenas, ex-globais com vasto currículo em esporte, porquê Galvão Bueno, Tino Marcos e Fátima Bernardes. O Grupo Mundo, por sinal, divide as transmissões com a Cazé TV, do streamer Casimiro Miguel.

Utensílio para erigir imagem

Celular e redes sociais são ferramentas importantes no esporte. Com eles, pondera Di Pierro, vários atletas constroem a imagem, potencializam a própria marca e constroem um horizonte depois da competição, por exemplo.

“Não é unicamente uma questão de vaidade. É preciso muita autogestão, lucidez emocional para reger tantos aspectos da curso em um envolvente de cobrança, responsabilidade e também de adoecimento.”

“Nós não vamos dar uma preceito de que isso ou aquilo é proibido, não. Entendemos que o desportista tem que estar focado na competição e, nesse sentido, procuramos passar recomendações para que a mídia social não atrapalhe o desempenho”, disse, em entrevista à Folha, Rogério Sampaio, diretor-geral do COB.

“Onde ele vai postar ou o quê ele vai postar, é uma decisão do desportista.”

O comitê fez um seminário em junho com esportistas classificados para Paris-2024, assessores e dirigentes. Uma segmento foi reservada para a regra 40 da Missiva Olímpica, espécie de Constituição dos Jogos Olímpicos, que determina limites para a atuação nas redes sociais (formulada, em grande segmento, para preservar os interesses comerciais de patrocinadores).

O evento contou com palestras de empresas de notícia, gestão de crise e big techs, porquê Meta e TikTok. “Com dicas de porquê usar e também de porquê não usar, se eles acharem necessário”, conta Helena Rebello, coordenadora de notícia do COB.

“Tem desportista que prefere trespassar, que troca o chip do celular, de número.” Em alguns casos, vale ouro.

Folha

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