Paris 2024: Como Biles Voltou A Uma 'boa Posição' 29/07/2024

Paris-2024: como Biles voltou a uma ‘boa posição’ – 29/07/2024 – Esporte

Esporte

Três anos depois uma surpreendente desistência da maioria de suas disputas nas Olimpíadas de Tóquio, a estrela da ginástica dos Estados Unidos, Simone Biles, descreveu sua participação nos Jogos de Paris porquê sua “turnê de resgate”.

Aos 27 anos, a vencedora de quatro medalhas de ouro olímpicas entrou nos Jogos de Paris da mesma forma que fez em Tóquio: favorita em muitos de seus eventos e a atração principal para espectadores e telespectadores em lar.

Depois de seu incidente de “twisties” –um fenômeno em que o corpo de uma ginasta não responde às instruções da mente– e um período afastada da competição, Biles emergiu porquê um padrão de longevidade esportiva.

Esse sucesso reflete o foco crescente dos atletas em fortalecer sua saúde mental para se protegerem em ambientes de subida pressão e a mudança no esporte de Biles em direção a rotinas baseadas em poder e habilidade.

Posteriormente se qualificar para Paris no início de julho, ela contou a um repórter o que mudou desde sua baixa em Tóquio. “Estar em um bom lugar mental. Ver meu terapeuta toda quinta-feira é quase religioso para mim –é por isso que estou cá hoje.”

Ela também tem sido diligente em relação à quesito física e recuperação em seus quase trinta anos, em um esporte cujos atletas tradicionalmente atingem o auge no final da puberdade. “Nunca imaginei ir para as Olimpíadas depois de Tóquio. [Mas] estou tipo ‘meu Deus, ainda estou fazendo isso, ainda sou capaz’.”

Nas rodadas classificatórias de domingo (28) em Paris, Biles saltou em direção à primeira posição no individual universal, quase dois pontos primeiro da brasileira Rebeca Andrade, sua principal rival. Mas ela parecia humana, mancando desajeitadamente depois um aquecimento, o que seu treinador atribuiu posteriormente a uma pontada na panturrilha.

Em muitas disciplinas, a ginástica mudou dos padrões balletísticos e perfeccionistas que favoreciam competidores mais jovens para rotinas dinâmicas que enfatizam poder e acrobacias que desafiam a seriedade. Biles impulsionou a mudança, de contrato com Laurie Hernandez, uma colega de equipe nas Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro.

“Sempre que penso que [a dificuldade] não pode aumentar, ela inventa um monte de novas habilidades”, disse Hernandez, agora crítico da emissora americana NBC. No pretérito, ela afirmou, a estratégia de uma ginasta enfatizaria rotinas “limpas” em vez das habilidades mais difíceis. “Hoje em dia, a rotina de todo mundo é difícil. É somente uma questão de concertar ou não.”

A habilidade que provavelmente vai invocar mais atenção em Paris é um salto que Biles realizou pela primeira vez em competição internacional no ano pretérito. Sabido porquê “Yurchenko double pike”, é constituído por um round-off back handspring no trampolim –um movimento nomeado em homenagem à estrela soviética dos anos 1980, Natalia Yurchenko– e dois saltos mortais com as pernas estendidas a um ângulo de 90 graus em relação ao tronco.

Nenhuma outra mulher consegue fazê-lo, e ele permanece entre os saltos mais difíceis, mesmo na ginástica masculina. Toda a sequência agora está codificada no livro de regras do esporte porquê “o Biles II”.

No Japão, Biles perdeu sua percepção de ar enquanto competia no trampolim no evento por equipes, uma desconexão perigosa entre mente e corpo, sem conseguir enobrecer ir para cima ou ir para reles, correndo o risco de se machucar ou morrer se aterrissasse mal. O incidente a levou a uma retirada abrupta do restante dos eventos por aparelhos na final por equipes e na maioria de suas disputas individuais, retornando somente para prometer uma medalha de bronze na trave.

O incidente foi um dos exemplos mais poderosos recentes de atletas de basta perfil colocando seu bem-estar supra das exigências esmagadoras do esporte de escol. A estrela do tênis Naomi Osaka se retirou do Simples da França em 2021 para cuidar de sua saúde mental, enquanto o nadador Michael Phelps tem sido simples sobre suas lutas contra a depressão depois seus sucessos olímpicos.

A USA Gymnastics, entidade pátrio [americana] que coordena o esporte, também tomou medidas para desapoquentar a pressão sobre sua estrela da ginástica e o grupo de campeãs olímpicas e mundiais que compõem a equipe feminina deste ano.

A treinadora de Biles, Cécile Landi, disse na semana passada que, para a final por equipes de terça-feira (30), Simone não seria obrigada a competir em todas as disciplinas se assim escolhesse.

“Acho que para ela somente saber que tem a opção de ‘Ei, talvez eu queira tirar uma competição’ a ajuda mentalmente”, afirmou Landi. “É simples que faremos o que for necessário.”

Os membros da entidade também estão dando a ela uma pausa nas obrigações com a mídia, porquê têm feito desde que ela voltou à competição no ano pretérito. Jill Geer, diretora de comunicações-chefe da USA Gymnastics, disse que Biles responde a perguntas da prelo no final das competições, em vez de depois cada evento ou dia de classificação.

“Trabalhamos em estreita colaboração com sua equipe no desenvolvimento e realização de planos de mídia nas competições que permitem que ela se sinta e se apresente da melhor forma”, acrescentou Geer.

Um vislumbre da jornada recente de Biles veio através de uma série documental sobre sua vida na Netflix neste mês. “Simone Biles: Rising” retrata um pouco de sua vida fora do ginásio, incluindo seu casório no ano pretérito com o jogador de futebol americano Jonathan Owens, mas também mostra sua dificuldade em retornar ao ginásio e com suas colegas de equipe.

“Elas sempre vêm até mim dizendo: ‘Você é Simone Biles, você pode fazer qualquer coisa’. Portanto eu não queria que elas vissem o quão derrotada eu estava”, contou ela.

Com quatro das atuais cinco membros da equipe feminina de ginástica dos EUA também em Tóquio, Landi afirmou que Biles e suas colegas estavam se deleitando em uma Olimpíada mais tradicional, sem restrições impostas pela pandemia.

Sunisa Lee, colega de equipe de Biles tanto em Paris quanto em Tóquio, também disse que os Jogos de 2024 seriam uma “turnê de resgate” para as mulheres dos EUA vingarem a medalha de prata da equipe no Japão.

Ainda assim, talvez o legado da experiência de Biles há três anos seja o espaço que a transparência sobre sua própria saúde mental deu para que suas colegas de equipe façam o mesmo.

Lee, a atual medalhista de ouro individual universal de Tóquio, contou a repórteres que procurou um terapeuta depois suportar com as lesões de outros atletas nas eliminatórias olímpicas deste mês.

Biles também está muito mais centrada agora. Nos Jogos de Paris, ao contrário dos anos anteriores, ela não fala sobre descrição de medalhas ou conquistas de ouro. “O sucesso é somente o que eu faço dele”, disse ela aos repórteres neste mês.

Folha

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