Paris 2024: Medidas Sustentáveis São Insuficientes 23/07/2024 Esporte

Paris-2024: medidas sustentáveis são insuficientes – 23/07/2024 – Esporte

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A organização dos Jogos Olímpicos de Paris, que acontecem de 26 de julho a 11 de agosto, afirma que esta será a edição mais sustentável já realizada da competição. Embora reconheçam os avanços em diversas frentes, especialistas têm sido céticos quanto à eficiência e, principalmente, à capacidade de perquirição de alguns dos projetos apresentados.

O objetivo solene –que não é obrigatório– é limitar as emissões a 1,75 milhão de toneladas de CO2 equivalente: menos da metade das 4,5 milhões de toneladas das Olimpíadas do Rio em 2016. Na reta final antes da exórdio, o comitê organizador apresentou estimativas de que as emissões do evento se encaminhavam para permanecer em tapume de 1,58 milhão de toneladas de CO2 equivalente.

Para chegar a esse resultado, os responsáveis pelos jogos adotaram diferentes estratégias. Uma vez que a construção de estruturas é uma manadeira intensiva de emissões, os franceses decidiram limitar ao supremo as novas obras. Murado de 95% do que vai ser utilizado é pré-existente ou foi levantado de forma temporária, com menor impacto ambiental.

Uma das poucas exceções é a Vila Olímpica para hospedar os atletas, que será convertida em habitação popular em seguida os jogos. Os prédios, no entanto, foram construídos recorrendo a materiais e técnicas que, segundo a organização, reduziram as emissões em 30% em verificação com as obras tradicionais.

Uma das principais medidas de sustentabilidade adotadas no empreendimento, no entanto, acabou gerando polêmica: a decisão de não equipar o apartamentos com aparelhos de ar-condicionado, mesmo com as Olimpíadas sendo realizadas em pleno verão do hemisfério Setentrião.

O empreendimento foi levantado utilizando um método recíproco, chamado de resfriamento geotérmico, que usa um sistema de distribuição de chuva resfriada para diminuir a temperatura dos aposentos. A estimativa dos responsáveis é de que o método garanta que o interno dos apartamentos esteja entre 6°C e 10°C mais fresco do que o exterior.

Com a perspectiva de que as Olimpíadas de Paris sejam realizadas em meio a ondas de calor, cada vez mais frequentes na Europa por conta do aquecimento global, os comitês olímpicos de vários países pressionaram pela instalação de aparelhos de ar-condicionado para os atletas.

Ainda que no início do ano a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, tenha chegado a negar a possibilidade de instalação de unidades portáteis, elas acabaram sendo liberadas para uso.

A organização cedeu à pressão e acabou por permitir que as delegações utilizassem, pagando do próprio bolso, refrigeradores de ar portáteis. Foram portanto encomendadas 2.500 unidades para utilização temporária na Vila Olímpica, que tem ao todo 7.000 quartos e deve receber tapume de 14 milénio esportistas durante a competição.

“O objetivo é fornecer uma solução muito específica para os atletas que estão enfrentando a partida ou competição de suas vidas (…) e que podem ter necessidades de conforto e recuperação mais altas do que em um verão normal”, justificou o vice-diretor da vila, Augustin Tran Van Chau.

Os franceses também trabalharam para reduzir a pegada de carbono relacionada à sustento durante os jogos, quando devem ser servidos 13 milhões de refeições e lanches. Mais de 80% dos produtos serão de produtores de regiões próximas, diminuindo a poluição relacionada aos transportes, com tapume de 60% dos provisões servidos ao público sendo de origem vegetal.

Outra medida adotada é a utilização de fontes de energias renováveis, essencialmente solar e eólica, para nutrir os locais onde são realizadas as competições.

A organização também afirma que mais de 90% dos 6 milhões de equipamentos usados nas Olimpíadas ganharão uma novidade vida em seguida o evento, sendo reaproveitados por parceiros e prestadores de serviços.

A lista de iniciativas de sustentabilidade apresentada pelos responsáveis, no entanto, foi considerada insuficiente por organizações ligadas à resguardo do envolvente.

“Embora louvável, a estratégia climática de Paris 2024, que visa minimizar a pegada de carbono do evento, é incompleta e não alcança a transparência desejada. Apesar de estabelecer metas e implementar políticas lógicas em diversos setores –uma vez que construção, fornecimento de provisões, compras não alimentares, transporte e consumo de pujança–, a estratégia carece de metodologias detalhadas e monitoramento abrangente, além de não ser claramente comunicada”, diz um relatório da organização Carbon Market Watch.

Analistas têm pedido também mais transparência em relação aos cálculos de emissões feitos pela organização das Olimpíadas.

“A metodologia usada para chegar a essa meta de 1,5 milhão de toneladas [estimativa atual de emissões da organização] de CO2 não foi tornada pública, portanto não sabemos em quais suposições ela se baseia”, disse Alexandre Joly, profissional em pujança e clima do Éclaircies, coletivo de estudiosos em transição virente, em entrevista à France24.

Especialistas alertam ainda que a principal manadeira de emissões de gases-estufa, a viagem dos espectadores até o evento, sobretudo os que fazem longos trajetos de avião, não teve limitações.

Megaeventos esportivos também costumam ser surperlativos no contextura das emissões de gases-estufa, principalmente por conta do intenso fluxo de viajantes. Por isso, há cada vez mais ambientalistas defendendo alterações nos modelos atuais das competições.

Folha

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