Com a promessa de realizar as Olimpíadas “mais verdes de todos os tempos”, a organização dos Jogos de Paris-2024 aposta em um núcleo aquático com arquitetura em madeira e vontade renovável uma vez que vitrine sustentável.
A instalação é a única inteiramente construída para a competição e ficará de legado, ao término das Olimpíadas, para a população de Saint-Denis (ao setentrião de Paris), onde uma em cada duas crianças de até 12 anos não sabe nadar, de combinação com as autoridades locais.
Georgina Grenon, diretora de Vantagem Ambiental dos Jogos de Paris, ressalta a opção de “edificar muito pouco ou de não edificar” em nome de um legado mais sustentável. “É por isso que usamos 95% de infraestruturas já existentes ou temporárias”, afirmou ela à Folha.
O objetivo é trinchar pela metade a emissão de gases que geram efeito estufa em relação a edições anteriores dos jogos —em Londres-2012, por exemplo, foram emitidas 3,4 milhões de toneladas de dióxido de carbono.
O núcleo aquático possui um teto em formato côncavo constituído por 91 vigas de madeira com 90 metros de extensão. Essa estrutura permite a redução de murado de 20% do volume de ar a ser climatizado, segundo os responsáveis pelo projeto.
Ao todo, são 2.700 m³ de madeira, sendo 100% do material proveniente da Europa —70% da Escandinávia (Finlândia e Suécia) para a segmento estrutural e 30% da França para outros elementos, uma vez que revestimento interno.
Segundo a arquiteta Laure Meriaud, do escritório Ateliers 2/3/4/, a equipe se empenhou para fazer uma instalação de plebeu carbono, utilizando a menor quantidade de vontade verosímil.
“A teoria desse teto [em madeira] é curvá-lo para reduzir o volume a ser aquecido no interno da instalação. Essa madeira alongada dá leveza com vigas pequenas, que usam menos material do que grandes vigas. E colocamos várias [vigas]. Temos ao mesmo tempo a técnica, o plebeu carbono e a venustidade do lugar”, afirma.
A forma fluída e dinâmica da instalação procura ajustar o volume, otimizar o material e captar iluminação oriundo a partir de grandes vidraças transparentes nas laterais, criando uma conexão entre o interno e o exterior do equipamento esportivo.
“Deixamos ver o esporte do exterior com grandes vitrais, que estão sendo camuflados pela premência dos jogos, mas que, no porvir, serão penetrados por luz oriundo no interno do núcleo aquático”, diz a arquiteta Cécilia Gross, do escritório VenhoevenCS.
Os vidros foram revestidos às vésperas das Olimpíadas para testificar a qualidade das imagens das provas que serão transmitidas para o mundo todo. O núcleo aquático receberá as disputas de saltos ornamentais e nato artístico e a temporada preparatório do polo aquático.
Murado de 90% da vontade que a instalação precisa é renovável ou recuperada. O telhado é vestido com mais de 4.600 m² de painéis fotovoltaicos, suprindo de 20% a 25% da demanda de eletricidade.
As piscinas serão mantidas a uma temperatura estável por meio da rede urbana de aquecimento, de um data center (núcleo de processamento de dados) e de um trocador de calor. Quanto à chuva utilizada no multíplice, haverá um sistema de recuperação de “águas cinzas” (águas de sistema de filtragem) para testificar 50% de reutilização do recurso.
O núcleo aquático é formado por quatro piscinas de diferentes tamanhos, que serão remodeladas depois dos Jogos conforme a premência da comunidade sítio. Para as Olimpíadas, foi construída uma piscina temporária ao lado do sítio de competições, que servirá de dimensão de aquecimento para os atletas de sobranceiro rendimento.
Internamente, os acessórios são compostos por materiais de plebeu carbono ou recicláveis. Os assentos permanentes —2.500 de um totalidade de 5.000— foram fabricados a partir de tampinhas de garrafas plásticas 100% coletadas e recicladas na região de Saint-Denis.
Uma vez que mostrou a Folha, a construção de um novo núcleo aquático com capacidade insuficiente para acoitar as provas de natação gerou polêmica na França. O COI (Comitê Olímpico Internacional) exige ao menos 15 milénio lugares para essa modalidade.
O legado “virente” foi a justificativa dada pelos organizadores, que defendem reduzir os custos das Olimpíadas e evitar os chamados “elefantes brancos” —grandes construções que ficam sem uso depois das competições.
Ao término da obra, o dispêndio foi de 151 milhões de euros (murado de R$ 895 milhões) —perante 90 milhões de euros estimados em 2017 (murado de R$ 533 milhões na cotação atual).
Segundo as arquitetas que projetaram a instalação olímpica, desde o início a proposta era ter um olhar de longo prazo e privilegiar o legado. “Criamos um núcleo aquático que é mais do que um núcleo aquático. É um lugar de vida, com diversos esportes, que acolhe de maneira incrível os Jogos Olímpicos neste verão”, diz Meriaud.
Em julho de 2025, o núcleo aquático ganhará a dimensão de um equipamento poliesportivo, incluindo dimensão fitness, sala de escalada, campo de futebol de cinco, entre outras atividades.
Além de asilar as famílias da região, o espaço também será usado pela Federação Francesa de Natação e abrigará outras competições esportivas, uma vez que o Campeonato Europeu de Natação, em 2026.
O núcleo aquático é ligado ao Stade de France por uma passarela, que ficará interditada aos espectadores durante as Olimpíadas por questão de segurança. A passagem será ensejo para uso da população sítio unicamente em meados do próximo ano.
Samuel Ducroquet, legado para Esportes da França, defende a “sustentabilidade social” do projeto. “Uma das razões pelas quais o núcleo aquático foi construído em Seine-Saint-Denis é para servir à população desse departamento, que é um dos mais jovens, mas um dos mais pobres e que sofre com chegada a infraestruturas esportivas”, diz.
“A noção de sustentabilidade, por meio desse exemplo, se apoia tanto no meio envolvente, já que menos construção significa menos emissões [de carbono], quanto em um investimento sustentável para a população sítio”, acrescenta.