Parreira queria brasileiro, mas diz: ancelotti é bem vindo 17/05/2025

Parreira queria brasileiro, mas diz: Ancelotti é bem-vindo – 17/05/2025 – Esporte

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Carlos Alberto Parreira, 82, faz coro pelo nome de Carlo Ancelotti na seleção brasileira. Tetracampeão mundial em 1994, o ex-treinador acompanhou de Miami, dos Estados Unidos, onde passa um período com a família, as notícias do consonância da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) com o italiano.

O carioca admitiu que gostaria de ver um brasílio no comando da seleção, mas chancelou a escolha.

“Bom treinador. E cultura não tem nacionalidade. Eu gostaria que fosse um brasílio, mas Ancelotti é muito bem-vindo por ser um treinador top. Tem tudo para fazer um bom trabalho”, disse à Folha.

Em entrevista concedida ao UOL pouco antes de ter sido distante da presidência da CBF, Ednaldo Rodrigues afirmou que Ancelotti mencionou Parreira e o libido de reencontrá-lo na chegada ao país. Em 1994, na decisão do Mundial, no Rose Bowl, no subúrbio de Los Angeles, nos Estados Unidos, Carlo era facilitar da seleção italiana dirigida por Arrigo Sacchi, derrotada nos pênaltis pelo Brasil de Parreira na decisão.

“Mandei uma mensagem, paladar muito dele. Quando chegar [ao Brasil], vou fazer uma visitante de boas-vindas”, afirmou Parreira, que disse crer que o caos político nos bastidores não afetará em zero o trabalho do companheiro.

“O futebol não é político, mas técnico”, afirmou. “Não falta zero para o treinador em logística, material humano para formar a percentagem técnica, e é tudo programado meses antes. Não terá com o que se preocupar”.

Porquê o senhor recebeu a notícia da contratação do Carlo Ancelotti?

Estou há um mês em Miami, e vou permanecer mais uns 15 dias, mas estou acompanhando tudo. Evidente que no Brasil o clima é outro. Mandei uma mensagem para Ancelotti, paladar muito dele. Acho que tem tudo para fazer um grande trabalho.

E o que ele respondeu?

Ainda não nos falamos. Quando chegar, vou fazer uma visitante de boas-vindas.

O Ednaldo disse que o Ancelotti mencionou a vontade de reencontrá-lo. Porquê recebeu isso? Vocês mantêm contato?

Tivemos alguns encontros desde 1994. Agora não tenho ido muito, mas sou membro do comitê técnico da Fifa, logo fazia muitas palestras, reuniões… E ele sempre estava presente. Construímos um bom relacionamento nesse período. E eu, enquanto técnico da seleção, com ele comandando o Milan e o Chelsea, quando ia convocar um jogador, sempre nos falávamos. Nós nos encontramos muitas vezes e nos damos muito muito. Bom treinador. E cultura não tem nacionalidade. Eu gostaria que fosse um brasílio, mas Ancelotti é muito bem-vindo por ser um treinador top. Tem experiência grande, é muito respeitado. Tem tudo para fazer um bom trabalho.

É a melhor escolha depois dos fracassos com Diniz e Dorival? Seria a sua?

Isso é muito difícil de falar. Qualidade e talento são coisas complicadas de se medir. Cultura, experiência e saudação ele tem, além de todas as credenciais para assumir a seleção brasileira. Não houve discussão, muito pelo contrário. Torço para que dê notório, o nosso futebol precisa. E não é a primeira vez que a seleção será dirigida por um estrangeiro. Gostaria que fosse um brasílio, mas ele já tem um entrosamento com o nosso país, conhece muito. Não vai se sentir um estranho.

Discute-se a possibilidade de ele continuar morando na Europa. Acha que isso pode ser um entrave para o trabalho?

Eu acho que o treinador tem que vivenciar o país. É melhor para o futebol brasílio e para ele. Eu já tive experiências na Europa, na África e na Ásia e digo que é sempre melhor in loco, não tem jeito. Ele pode vir cá, permanecer um mês, ou permanecer para um jogo, mas é importante para o torcedor e para a prelo que ele vá aos jogos no Rio, em São Paulo, em Porto Jubiloso, no Recife. Embora digam que a maior secção dos jogadores está na Europa, ele precisa saber as características, a origem e o torcedor.

Essas questões devem permanecer mais claras em sua chegada, no dia 26.

Sim, não podemos antecipar coisas que não sabemos. Mas é um face superesclarecido, sempre muito receptivo. Portanto, tem tudo para dar notório. E é competente.

Sobre o encolhimento do presidente Ednaldo Rodrigues da CBF, acha que isso pode atrapalhar o trabalho?

Política não tem zero a ver com a seleção. Fui técnico em três oportunidades diferentes, totalizando uns dez anos, e nunca um presidente ou diretor se envolveu no meu trabalho. Pelo contrário, só ajudaram. Diferentes pessoas, diferentes épocas. Quando há uma percentagem técnica que tem um saudação, as coisas funcionam muito.

Portanto, o senhor não acredita que esse cenário político conturbado possa de alguma forma chegar até ele?

Não, não, não. O futebol não é político, mas técnico. E tem que ser técnico, financeiro, logístico. E, evidentemente, é importante ter a crédito de quem dirige. Nunca lidei com alguma situação porquê essa, que tenha atrapalhado o meu trabalho.

Mas não traz nenhum tipo de temor ou instabilidade?

Não, lá as coisas são organizadas. Não falta zero para o treinador em termos de logística, de material humano para formar a percentagem técnica, e as viagens são todas programadas meses antes. Fica tudo pronto. Falo de anos detrás, mas era tudo programado meses antes. A gente chegava e já estava ajustado. Portanto, acho que não terá com o que se preocupar.

Porquê foi nos Estados Unidos a repercussão a notícia do encolhimento do Ednaldo? É rés ver o nome da seleção envolvido em tudo isso?

Não é a melhor notícia, não era para intercorrer, mas reafirmo: não interfere no dia a dia da seleção. Aquilo de que um técnico precisa da direção é o base, isso é importante. Meus colegas que trabalharam na seleção também pensariam assim.

Há informações de que Ancelotti conversou com Neymar e Casemiro. Seria bom já recontar com os dois na primeira convocação?

Temos que ter essa mistura de experiência com coisas novas. Não pode ser um time só de veteranos ou só de jovens. Acho bom [esse diálogo], é necessário que jogadores experientes sirvam de protótipo. Trabalhei com o Neymar desde novinho na seleção. Para o grupo ele é muito bom, só soma. E, hoje, muito mais experiente e vivido, pode acrescer pela presença, pelo nome e pela qualidade que tem. Nunca nos deu trabalho.


RAIO-X

Carlos Alberto Parreira, 82

Vencedor do mundo com o Brasil em 1994, é o brasílio que mais dirigiu seleções –seis ao todo, acumulando três passagens pela brasileira: em 1983, de 1991 a 1994 e de 2003 a 2006. Formado em ensino física, também ocupou a função de coordenador técnico na Despensa de 2014, sua última atividade no futebol. Por clubes, entre outras conquistas, foi vencedor brasílio com o Fluminense em 1984 e conduziu o Corinthians ao título da Despensa do Brasil de 2002. Dá palestras e é integrante de um grupo técnico da Fifa.

Folha

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