Prêmio shell de teatro premia ator drag queen; veja lista

Prêmio Shell de Teatro premia ator drag queen; veja lista – 19/03/2025 – Ilustrada

Celebridades Cultura

Alexia Twister, drag queen experiente nos palcos paulistanos e conhecida pela série “Nasce uma Rainha” (Netflix), ganhou nesta terça-feira (18) o Prêmio Shell de Teatro pela versão em “Rei Lear”, uma das mais conhecidas tragédias de William Shakespeare.

Na montagem, só com artistas drag queens, Twister representou o régio e chamou a atenção pela cena em que o octogenário, à borda da loucura, enfrenta uma tempestade.

A 35ª edição do prêmio, que prestigia anualmente artistas e espetáculos em São Paulo e no Rio de Janeiro, anunciou a lista de vencedores em cerimônia no Teatro Riachuelo, no núcleo da capital fluminense.

Na premiação dos espetáculos de São Paulo, Mel Lisboa venceu porquê atriz por “Rita Lee – Uma Autobiografia Músico”. O espetáculo foi visto por mais de 60 milénio pessoas em 2024 e segue em papeleta no Teatro Porto, onde os ingressos são disputados a cada buraco de novidade temporada.

Na direção venceu Jéssica Teixeira, por “Monga”, solilóquio que criou e interpreta a partir da história da mexicana Julia Pastrana, cantora e bailarina que viveu no século 19 e ficou conhecida porquê “mulher macaco” devido a uma exigência genética rara, a hipertricose terminal, que deixava o rosto o corpo enroupado de pelos.

A dramaturga vencedora foi Liana Ferraz por “Não Fossem as Sílabas do Sábado”, adaptação para o teatro de livro de mesmo nome da escritora Mariana Salomão Carrara, vencedora na categoria romance do Prêmio São Paulo de Literatura de 2023.

No júri do Rio, o ator premiado foi o veterano Othon Bastos, 91, por “Não me Entrego, Não!”, solilóquio em que apresenta recortes de sua longa experiência artística e que foi fenômeno do boca a boca no ano pretérito, atraindo 40 milénio espectadores.

A peça estreia nesta quinta-feira (20) em São Paulo, no Teatro Raul Cortez (Sesc 14 Bis).

Também consagrada, Débora Falabella venceu porquê atriz por “Prima Facie”, em que uma advogada narra em um tribunal o estupro que sofreu por um colega de trabalho, réu no julgamento marcado por nuances do machismo.

A dupla Dadado de Freitas e Mauricio Lima venceu na categoria direção por “Arqueologias do Porvir”, trabalho que questiona quais corpos são vistos e ouvidos e quem tem recta de narrar suas próprias histórias.

A dramaturgia premiada foi a de Pedro Emanuel e Vinicius Arneiro por “Língua”, trama que reflete dilemas da informação a partir da história de uma mãe que prepara uma sarau de natalício surpresa para o fruto, um taxista surdo que cresceu rodeado por pessoas ouvintes.

CONFIRA A LISTA DOS VENCEDORES DO PRÊMIO SHELL

JÚRI DE SÃO PAULO

Dramaturgia

  • Liana Ferraz por “Não Fossem as Sílabas do Sábado”

Direção

  • Jéssica Teixeira por “Monga”

Ator

  • Alexia Twister por “Rei Lear”

Atriz

  • Mel Lisboa por “Rita Lee, uma Autobiografia Músico”

Cenário

  • J.C. Serroni por “Primeiro Hamlet”

Figurino

  • Eduardo Giacomini por “Cão Vadio”

Iluminação

  • Wagner Antônio por “Um Onça por Noite”

Música

  • Adilson Fernandes, Bruno Garcia, Carol Promanação, Dani Nega, Flávio Rodrigues e Jonathan Silva pela direção músico e trilha original de “Maria Auxiliadora”

Vigor que vem da gente

  • Negócio Social Tereza pelo trabalho realizado por egressas do sistema prisional em parceria com artistas teatrais para a confecção de figurinos em espetáculos porquê “Martinho, Coração de Rei – o Músico” e “Marrom, o Músico”

JÚRI DO RIO DE JANEIRO

Dramaturgia

  • Pedro Emanuel e Vinicius Arneiro por “Língua”

Direção

  • Dadado de Freitas e Mauricio Lima por “Arqueologias do Porvir”

Ator

  • Othon Bastos por “Não me Entrego, Não!”

Atriz

  • Débora Falabella por “Prima Facie”

Cenário

  • Beli Araujo e Cesar Augusto por “Claustrofobia”

Figurino

  • Claudia Schapira por “Améfrica: Em Três Atos”

Iluminação

  • Adriana Ortiz por “Um Filme Prateado”

Música

  • Beà Ayòóla pela direção músico de “Paixão de Dança”

Vigor que vem da gente

  • Programa Enfermaria do Riso (Unirio) por desenvolver desde 1998 uma ação de extensão integrada entre os cursos de teatro e medicina para formação e pesquisa em torno de intervenções artísticas de palhaçaria em hospitais.

Destaque vernáculo

  • “A Força da Chuva”, do grupo Pavilhão da Magnólia, de Fortaleza (CE)

Folha

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