No primeiro Encontro de Líderes Rurais promovido pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Lavra (IICA), quando foi apresentado um drone agrícola, a engenheira agrônoma Yessica Yana prontificou-se a dirigi-lo. A prova foi toda por conta dela. Yana é a primeira mulher indígena do povo aymara a pilotar um drone na Bolívia. Seu trabalho tem sido pesquisar formas de facilitar o cultivo e de difundir o uso da tecnologia no próprio país.
A engenheira agrônoma boliviana mostra inclusive uma vez que o uso de drones pode ajudar na economia de chuva em regiões onde leste é um muito escasso e se tornar um coligado diante das mudanças climáticas.
Yana está entre os 42 líderes rurais que participaram do encontro na Costa Rica. Embora representem quase todos os países da América e vivam em realidades distintas, alguns temas e desafios os unem. Um deles é a chuva, importante para qualquer geração ou cultivo e escassa em muitas regiões. A escassez é um efeito da crise climática que o mundo enfrenta, com altas variações de temperatura e falta de previsibilidade de seca ou chuva. Durante os dias do encontro, ao longo desta semana, os líderes compartilharam as experiências e mostraram uma vez que têm se organizado para enfrentar esses desafios.
“Sabemos que, com as mudanças climáticas, a questão da chuva é terrivelmente preocupante. No Altiplano Sul da Bolívia, onde temos feito o trabalho do drone, não há muita chuva rebuçado. Para pulverizar um cultivo, com o método tradicional, usando uma mochila, dependendo do estado do cultivo, são gastos de 60 a 100 litros de chuva por hectare. Com o drone, temos pesquisas que mostram que podemos usar exclusivamente 20 litros de chuva por hectare. A redução de chuva tem sido abissal”, diz a engenheira agrônoma.
O trabalho desenvolvido por Yana e é voltado principalmente para mulheres, que, segundo ela, ocupam-se majoritariamente dessas atividades na região. A aspersão de fertilizantes ou outros produtos nas plantações morosidade até dois dias, dependendo do tamanho do lugar. Com o drone, a atividade é realizada em 20 minutos. “As mulheres já não têm mais que permanecer dias inteiros por conta dessas atividades; simplesmente podem realizá-las em uma segmento do dia.”
De consonância com Yana, não se trata de um pouco barato, mas os drones têm chamado a atenção do governo boliviano e também de outras organizações que podem promover esses investimentos.
Cultivo antepassado
Também na Bolívia, na Granja Samiri, próxima de Oruro, Trigidia Jiménez resgatou o cultivo de uma vegetal antepassado, a cañahua, da qual é, atualmente, a maior produtora orgânica no país. Parente da quinoa, a cañahua é originária da região dos Andes, na América do Sul, e é um manjar com cima texto de proteína. Também se produz a partir dela uma farinha livre de glúten. A vegetal é ainda uma poderosa escolha diante da crise climática, pois se adapta facilmente às mudanças no clima.
“Está diminuindo seu ciclo de vida. Quando iniciei a atividade, há 22 anos, o ciclo de vida d vegetal era de 170 dias, porque há 22 anos, chovia mais. Agora é de 119 dias. Foi diminuindo. É um cultivo que eu chamo de cultivo inteligente, porque está se adaptando. Nem todas as espécies estão conseguindo se conciliar. Algumas já não produzem mais sementes. A cañahua, sim”, explica Trigidia.
Ela diz que, na região onde vive, chove exclusivamente três meses no ano. Ela usa no cultivo sistemas de armazenamento de chuva para relatar com esse recurso durante todo o ano. “Temos que aproveitar ao sumo a chuva na estação de chuva, para armazená-la e prometer o uso tanto para a família quanto para os animais. Muito, a chuva, usamos os três R, reutilizamos, reutilizamos e voltamos a reutilizar”. A região, que já é seca, tem sofrido os impactos das mudanças climáticas. A produtora ressalta que o clima está mais quente, o que os fez mudar o horário de trabalho. Não se consegue mais trabalhar entre as 11h e as 15h. Outrossim, o insensível também se tornou mais rigoroso, chegando a temperatura de 18 graus Celsius negativos.
Mais do que um cultivo para o presente e para o porvir, a vegetal tem trazido transformações profundas não exclusivamente para Trigidia Jiménez, que é uma das integrantes da Rede Vernáculo de Saberes e Conhecimentos em Cañahua, mas para toda a comunidade, que conta com mais de 1,5 milénio famílias que comercializam a vegetal. Ela ressalta que esse cultivo tem beneficiado sobretudo as mulheres.
“Há alguns anos eu dizia que tinha escolhido a cañahua uma vez que um objetivo de vida, mas agora me dou conta de que ela me escolheu, porque tínhamos que grafar uma história juntas, uma história de valorização da nossa cultura, de revalorização da cañahua, uma história para fazer uma incidência social e econômica na comunidade, fazer uma incidência no meio envolvente, de desvelo com a mãe terreno e uma incidência de gênero, podendo mostrar que nós, mulheres, podemos liderar empreendimentos rurais.” Trigidia procura o reconhecimento da cañahua e que a vegetal receba os mesmos incentivos da quinoa no país, que teve muita atenção principalmente no governo de Evo Morales.
Resiliência e estudo
Em Trindade e Tobago, está o produtor e pesquisador Ramgopaul Roop, responsável por uma propriedade onde se desenvolve uma cultura resiliente, focada no bom uso da chuva e na saúde do solo, sempre de forma sustentável, a Rocrops Agrotec. A propriedade recebeu uma série de prêmios, entre os quais, o Empreendimento Agrícola do Ano, em 2001.
A terreno, que atualmente é fértil, foi segmento de uma base militar estadunidense durante a Segunda Guerra Mundial. “A vegetação tinha sido toda removida, era basicamente para grama”, conta. Com a ajuda do Ministério da Lavra e de pesquisadores, foi provável reabilitar o solo. O projeto durou três anos, entre 1994 e 1997, e Roop tem mantido o solo fértil desde logo.
Hoje, aos 76 anos, Roop é também pesquisador e estudante. Apesar das diversas especializações que tem no currículo, continua estudando. “Eu mesmo provo com a minha história a prestígio de um estágio ao longo de toda a vida”, enfatiza. Para ele, as soluções para o campo e para a segurança cevar passam também pelos estudos e pela capacitação.
A herdade de Roop integra a Associação Mundial para a Chuva. “Segmento do ecossistema que construímos na extensão foi plantar árvores ao volta da periferia da herdade, que dariam sombra às vegetalidade e serviriam para barrar o vento direto na vegetação. Também trocamos o cultivo de hortaliças, culturas de limitado prazo, por culturas arbóreas. Produzimos uma espécie de lima, um limão muito macio e suculento que se vende no supermercado, muito popular. Vendemos pacotes de 12 unidades e marcamos com nosso nome”, diz.
Ele explica que seu método de produção é um sistema sustentável integrado onde se usam soluções naturais e se reduz o uso de agrotóxicos. “Usamos cortadores mecânicos para aparar a grama e deixar formar uma cobertura morta que vai reter a umidade. Outrossim, o que fizemos foi uma vez que uma pequena herdade e mostrar que podemos viver na herdade. Minha família e eu conseguimos nos sustentar nos últimos 35 anos.”
Roop acrescenta que a região enfrenta desafios com as mudanças climáticas. O Caribe, que costumava ser ensolarado e pluvioso, tem enfrentado secas prolongadas e, quando a chuva vem, vem mais poderoso, causando inundações.
O produtor fez adaptações na herdade, para controlar melhor a regadura e mesmo o escoamento. Ele diz ainda que as árvores ao volta da propriedade ajudam a mitigar os efeitos das mudanças no clima. “E eu lhe digo: tenho qualquer conhecimento tradicional de meus pais. Você precisa colocar seu coração nisso, você precisa se legar com a vegetal. Há uma vida ali.”
*A repórter viajou a invitação do Instituto Interamericano de Cooperação para a Lavra (IICA)