Estudo divulgado nesta quinta-feira (8) pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) mostra que 47,3% dos municípios do país tinham Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) reles ou crítico, em 2023.
Tapume de 57 milhões de pessoas viviam nesses locais, de entendimento com o levantamento.
A pesquisa mostra que 4,5% dos municípios tinham IFDM crítico e 42,8%, IFDM reles. Por outro lado, 48,1% tinham IFDM moderado e 4,6%, IFDM cimalha.
A mesma pesquisa mostra, no entanto, que, em uma dezena, houve melhora no índice de desenvolvimento humano municipal do país.
Em 2013, 36% dos municípios estavam na categoria de IFDM crítico e 41,4% em IFDM reles, que reuniam, juntos, 103,8 milhões de habitantes. Aqueles com IFDM moderado eram 22,4% e aqueles com IFDM cimalha, 0,2%.
Para calcular o IFDM, o estudo leva em consideração indicadores de trabalho e renda, saúde e ensino em cada município brasílico. A pontuação varia de 0,000 a 1,000.
Os critérios, portanto, são diferentes do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) calculado pela Organização das Nações Unidas e divulgado nesta terça-feira (6).
A Firjan considera indicadores uma vez que mercado de trabalho formal, Resultado Interno Bruto (PIB) per capita, heterogeneidade econômica, taxa de pobreza, ensino integral, desarrimo escolar, ensino infantil, formação docente, gravidez na juvenilidade, óbitos infantis, cobertura vacinal, internações sensíveis à atenção básica e ao saneamento inadequado, entre outros.
É considerado IFDM crítico aquele município que pontua menos de 0,400. Uma pontuação entre 0,400 e 0,599 é considerado IFDM reles. De 0,600 a 0,799 o IFDM é classificado uma vez que moderado. Já municípios com 0,800 ou mais entram na categoria de IFDM cimalha.
A média do IFDM do país subiu de 0,4674 em 2013 para 0,6067 em 2023, um aumento de 29,8%. Nesse período, 5.495 dos municípios brasileiros (99% do totalidade) tiveram melhora no índice.
Os municípios com até 20 milénio habitantes, segundo a pesquisa, apresentaram um desenvolvimento mais depressa em verificação com as cidades com mais de 100 milénio habitantes
O indicador de ensino foi o que mais evoluiu nesses dez anos, com um progressão de 52,1%. Mesmo com a melhoria universal da situação do IFDM, 55 municípios apresentaram retrocesso.
Ou por outra, o economista-chefe da Firjan, Jonathas Goulart, destaca que ainda há muitos municípios com índice reles ou crítico.
“Se a gente pegar o padrão de desenvolvimento desses municípios com desenvolvimento crítico apresentado de 2013 a 2023 e projetar para saber em quanto tempo eles vão chegar no nível de desenvolvimento dos municípios com cimalha desenvolvimento, a gente percebeu que esses municípios com nível de desenvolvimento crítico só vão chegar no padrão das cidades com cimalha desenvolvimento em 2046.”
“Portanto a gente pode falar que os municípios menos desenvolvidos estão com 23 anos de detença em relação aos municípios com cimalha desenvolvimento. Cá a gente já começa a perceber que existe uma discrepância muito grande, são dois países completamente diferentes. Apesar de a gente ter um país que é regido pela mesma Constituição e dentro de um mesmo regime político”.
A pesquisa mostrou que a maior segmento dos municípios com IFDM crítico ou reles estão nas regiões Setentrião e Nordeste. Juntas, as duas regiões contabilizam 87% de seus municípios nessa fita de IFDM.
Os 14 estados com maior percentual de municípios com desenvolvimento reles ou crítico estão nessas regiões. No Amapá, 100% dos municípios estão nessa situação.
Em seguida, aparecem Maranhão (77,6%), Pará (72,4%) e Bahia (70,5%). Rondônia e Ceará apresentam situação melhor, com percentuais de 26% e 29,1%, respectivamente.
Por outro lado, Sul, Sudeste e Núcleo-Oeste possuem, em conjunto, exclusivamente muro de 20% de seus municípios nessa situação.
Em São Paulo, o percentual é de exclusivamente 0,3%. O Rio de Janeiro é o pior estado dessas três regiões, com um percentual de 31,8% (supra de Rondônia e Ceará).
Municípios
Os dez municípios com os maiores IFDM ficam em São Paulo ou no Paraná. A lista é liderada por Águas de São Pedro (0,8932), município paulista que tem economia voltada para o turismo.
Em segundo lugar aparece São Caetano do Sul, também em São Paulo (0,8882). Em terceiro lugar, Curitiba é a capital mais muito posicionada, com 0,8855.
Completam a lista dos dez melhores índices Maringá (PR), com 0,8814; Americana (SP), com 0,8813; Toledo (PR), com 0,8763; Marechal Cândido Rondon (PR), com 0,8751; São José do Rio Preto (SP), com 0,8750; Francisco Beltrão (PR), com 0,8742; e Indaiatuba (SP), com 0,8723.
Além de Curitiba, as capitais com melhores índices são São Paulo (0,8271), Vitória (0,8200), Campo Grande (0,8101) e Belo Horizonte (0,8063).
Na outra ponta, os dez municípios com piores índices ficam no Setentrião e Nordeste. A última colocação ficou com Ipixuna (AM), com 0,1485, seguido por Jenipapo dos Vieiras (MA), com 0,1583; Uiramutã (RR), com 0,1621; Jutaí (AM), com 0,1802; Santa Rosa do Purus (AC), com 0,1806; Oeiras do Pará (PA), com 0,2143; Fernando Falcão (MA), com 0,2161; Limoeiro do Ajuru (PA), com 0,2420; Melgaço (PA), com 0,2429; e Curralinho (PA), com 0,2431.
As cinco capitais com piores IFDM são Macapá (0,5662), Boa Vista (0,6319), Belém (0,6390), Salvador (0,6442) e Manaus (0,6555).
Entre as capitais, exclusivamente Florianópolis teve piora no IFDM, de 2013 para 2023. Fortaleza e Maceió tiveram os principais avanços no indicador, nesse período.