Quem é John Textor, Figura Central No Botafogo Campeão

Quem é John Textor, figura central no Botafogo campeão – 30/11/2024 – Esporte

Esporte

Futuramente, quando torcedores do Botafogo relatarem a conquista da sua primeira Despensa Libertadores, obtida neste sábado (30) diante do Atlético-MG, além de referir e enaltecer jogadores porquê Luiz Henrique, Almada, Savarino e Igor Jesus, proferirão leste nome: John Textor.

Ele não fez gols nem os evitou, não deu passes decisivos, não tocou na esfera em nenhum jogo.

Mas é personagem médio, desde o primórdio de 2022, do clube carioca, que no ano anterior disputara a segunda partilha do Campeonato Brasílio e acumulava dívida superior a R$ 850 milhões.

Textor, 59, é o manda-chuva do Botafogo. Assumiu esse papel quando, depois de a clube adotar o protótipo de SAF (Sociedade Anônima do Futebol), adquiriu 90% de suas ações. Não é o presidente do clube, incumbência ocupado por Durcesio Mello, mas é quem manda no futebol.

Possessor de uma riqueza que supera US$ 1 bilhão (perto de R$ 6 bilhões), o empresário norte-americano, que também controla o Lyon (da primeira partilha da França) e o Molenbeek (da segunda partilha da Bélgica), falou neste mês sobre a opção pelo time alvinegro.

Mencionou o pretérito de glórias –um dos apelidos do clube é Glorioso–, obtidas na maior segmento nos anos 1960, na era de ídolos porquê Garrincha, Nilton Santos, Didi, Manga e Jairzinho.

“Eu olhei para outros clubes, mas aí vi a história deste clube. Pensei: ‘É a chance de trazer leste clube de volta, de tentar repor pelo menos uma segmento da glória que os torcedores costumavam sentir’.”

E colocou até Deus no meio: “Temos que mostrar ao mundo porquê somos especiais, porquê clube e torcida. Sinto que fui escolhido para isso, que Deus me colocou neste momento”.

A subida veio acompanhada por investimento financeiro.

O contrato de compra da SAF do Botafogo estabelecia que Textor, cuja atuação empresarial é centrada nos ramos de tecnologia e entretenimento, precisaria investir no mínimo R$ 350 milhões no período de quatro anos. Até agora, o aporte superou os R$ 300 milhões.

O verba permitiu a contratação neste ano do meia-atacante prateado Thiago Almada e do atacante Luiz Henrique, que estavam, respectivamente, nos Estados Unidos e na Espanha. O dispêndio para trazer a jovem dupla (ambos têm 23 anos) passou de R$ 220 milhões.

Entre outros, chegaram ainda o volante Gregore, o meia-atacante Savarino e o atacante Matheus Martins. E, sem a premência de compra dos direitos, desembarcaram no Rio o meia Óscar Romero, o atacante Igor Jesus, o goleiro John, o lateral Alex Telles e o zagueiro Barboza.

Futebol é negócio, e Textor não esconde que pode vender alguns atletas de destaque, comprometendo-se, todavia, a repor as perdas com reforços.

O título do Botafogo na Libertadores faz de Textor a figura mais bem-sucedida quando se olha para o protótipo de SAF no Brasil. São mais de 60 os clubes a adotá-lo –a paulistana Portuguesa é o mais recente.

Os avanços ou retrocessos administrativos variam de caso a caso. Percebeu-se progresso nos gramados, em diferentes patamares, de equipes “de camisa” porquê Bahia, Cruzeiro e Fortaleza. Por outro lado, Atlético Goianiense e Cuiabá estão rebaixados, com antecedência, no Brasílio.

O Botafogo deixou o Brasílio evadir em 2023, quando era líder com 13 pontos de vantagem sobre o Palmeiras, que se tornaria o vencedor. Ali se iniciou grande rivalidade com o time alviverde, que obteve incrível viradela por 4 a 3 sobre a formação alvinegra no caminho para o título.

Ao mesmo tempo que o seu time caía na tábua, Textor passou, de forma contundente, a criticar a arbitragem e a falar em depravação e em manipulação de resultados.

Fez acusações à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e a jogadores de outros clubes, que teriam atuado de forma a ajudar o Palmeiras a lucrar partidas, o que resultou em processo na Justiça esportiva e em ulterior testemunho, neste ano, à CPI (Percentagem Parlamentar de Interrogatório) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, no Senado.

Textor não teve sucesso, com o tribunal desconsiderando o relatório que apresentou contendo supostas evidências que comprovariam seu exposição. A CPI está em curso.

Agora, mais de um ano depois de ter chamado o Brasílio de “piada”, o empresário está perto de ver o Botafogo conquistá-lo, quebrando um jejum de 29 anos.

A duas rodadas do término, o time é líder, com três pontos de vantagem sobre o Palmeiras —o time alvinegro bateu o contendedor alviverde na semana da decisão da Libertadores e já o eliminara na própria Libertadores.

Dizem que “há coisas que só acontecem ao Botafogo”, em referência a fracassos retumbantes.

O título na Libertadores mostra que a frase pode continuar valendo. Mas em sentido oposto.

Folha

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