Existente há anos, a discussão é muitas vezes promovida por ex-profissionais do setor, que largam suas agências e se tornaram vozes contrárias à indústria de pornográfica.
Ex-atrizes e ex-atores da indústria pornográfica. (Da esq. p/ dir.: Vanessa Danieli, Joshua Broome, Lana Rohades e Mia Khalifa).
Montagem/Reprodução
As recentes mortes das atrizes pornô Kagney Linn Karter, Jesse Jane e Thaina Fields — ocorridas nos meses de janeiro e fevereiro de 2024, em circunstâncias ainda indefinidas — levantam discussões relacionadas aos profissionais da indústria pornográfica.
Exploração, exaustão física, estupro, vício em drogas, traumas psicológicos, ISTs, doenças psiquiátricas, machismo, racismo e LGBTfobia são alguns dos temas que rodeiam o debate.
Da esq. para dir.: As atrizes pornô Jesse Jane, Kagney Linn Karter e Thaina Fields,
Reprodução
Existente há anos, a discussão é muitas vezes promovida por ex-atores do setor, que largam suas agências e se tornaram vozes contrárias à indústria de pornográfica.
Alguns deles continuam a produzir conteúdos eróticos em sites porquê OnlyFans e Privacy, mas permanecem desvinculados de produtoras e afins, o que, aos olhos desses, é o maior problema.
Veja a seguir alguns casos de ex-estrelas do ramo que hoje criticam o setor.
Mortes recentes de atrizes pornô levam a debate sobre indústria de teor erótico
Vanessa Danieli
“Ele [produtor] quase me bateu porque eu não estava conseguindo fazer uma cena de pum, pois meu tripa estava recluso. Ele jogou as notas de 50 na minha rosto, gritou comigo e me largou no motel. Eu sentia o ódio dele por eu não estar seguindo as ordens”, declarou a brasileira Vanessa Danieli à revista “Isto É”, em 2023, sete anos depois de deixar as câmeras.
“Os abusos começam com cenas em que é feito mais do que o combinado, quando os produtores não dão transcrição do contrato ou quando existem cláusulas vitalícias em que ele pode usar sua imagem mesmo depois de morta.”
Vanessa Danieli
Reprodção/Instagram
Atualmente, Danielli é conhecida no ativismo antipornografia e trabalha porquê influenciadora do dedo, com publicações voltadas ao universo geek. Também promete ortografar um livro sobre os abusos que diz ter sofrido durante a curso.
Jan Villarubia
Hoje militante contra a indústria pornô, Jan Villarubia entrou para o ramo porque precisava fazer “qualquer coisa para colocar um teto sobre a cabeça” dos seus filhos, segundo seu relato ao site americano The Washignton Times, em 2021.
“O mais louco é que estou fora do setor desde 2007 e luto inflexivelmente contra as injustiças desde 2008”, afirmou a ex-atriz pornô, que sofreu com alcoolismo durante a curso. “Tentei fazer com que removessem os materiais [que havia gravado], mas simplesmente riram de mim.”
Jan Villarubia
Reprodução/Twitter
Segundo ela, a licença do recta perpétuo de uso de imagem é, muitas vezes, fruto de uma coerção, não consentimento. Atores temem permanecer de fora das propostas rentáveis e, por isso, aceitam gravar cenas contra a própria vontade.
Hoje, Villarubia está adiante de movimentos que visam melhores condições de trabalho aos atores pornô e regulamentações mais severas aos sites de teor adulto. Também faz discursos de conscientização para inspirar outras estrelas a mudar de curso.
Mia Khalifa
Mia Khalifa faz segmento do time de ex-profissionais da indústria pornô que continuam a produzir conteúdos eróticos online, mas, agora, exclusivamente autorais, sem o envolvimento de produtores e agentes.
Ela ganhou nomeada em 2015, se tornando um dos nomes mais conhecidos entre os usuários de sites pornográficos.
Ex-atriz pornô Mia Khalifa
Reprodução/Mia Khalifa/Instagram
Em entrevista ao podcast “The Forward”, em 2018, Mia disse que, ao contrário de muitos atores, não foi o quantia que a fez ingressar no setor. Ela queria se rebelar, se soltar, fazer alguma coisa dissemelhante do que vinha fazendo. E foi justamente em meio a essa crise identitária que surgiu um invitação de escritório.
“Isso não me validou. Zero assim acontece. Não é isso que você deveria fazer para tentar erigir sua autoestima… Olhando para trás, não sei o que estava pensando”, disse ela.
Uma de suas maiores críticas ao setor é a negociação do recta de imagem. No caso dela, todas as cenas que gravou podem continuar nos sites pornô para sempre, enriquecendo os bolsos de produtores com quem não mantém mais contato.
“Eles repetidamente relançaram ‘remixes’ ou ‘compilações’ com meu nome anexado para tentar furar caminho para uma ar de relevância, quando tudo o que eles fazem é atrapalhar meus esforços de seguir em frente”, escreveu ela, numa publicação em seu Instagram.
“Já declarei inúmeras vezes em vários meios de informação solidificando meu compunção, vergonha e desdém por qualquer coisa relacionada a esta indústria e eles ainda pensam que ‘muito quantia’ é o importante, ou o suficiente para me fazer reconsiderar. Não há zero a reconsiderar.”
‘Pornô fake’: criminosos usam tecnologia para falsificar vídeos pornográficos
Joshua Broome
Joshua Broome já participou de mais de milénio gravações eróticas e coleciona prêmios no setor.
Em seguida cinco anos porquê ator pornô, ele abandonou a profissão por vergonha, exaustão e pensamentos suicidas.
“Cheguei ao ponto de que sexo e aperto de mão eram o mesmo para mim. Não importava se o outro ator ou atores eram mulheres ou homens, não importava se era uma câmera ou cinco câmeras com uma equipe de 20 pessoas, zero mais importava”, disse ele, num relato à organização ativista Fight the New Drug, em 2022.
Joshua Broome
Reprodução/TikTok
“Um dia, me peguei desejando morrer. Fui humilhado e decepcionei minha família. Eu tinha certeza de que eles estavam envergonhados e não queriam zero comigo.”
Atualmente, Broome publica vídeos antipornografia, a partir de relatos pessoais. No TikTok e Instagram, acumula mais de 300 milénio seguidores.
Lana Rhoades
Em 2021, Lana Rhoades contou no podcast “Girls 1 Kitchen” que deixou de ser atriz pornô porque adquiriu “cicatrizes psicológicas” porquê depressão e pensamentos suicidas.
“[Os agentes] não se importam com as garotas, só querem aprazer os produtores e as agências. São homens de 40 a 60 anos que estão na indústria há 20 ou 30 anos. Eles sabem porquê manipular meninas de 18 a 20 anos para que façam as coisas.”
Lana Rhoades
Reprodução/Instagram
Além de fazer relatos sobre a experiência que teve na pornografia, ela dá recomendações a quem cogita entrar para esse mercado, numa tentativa de convencer a pessoa a desistir a teoria.
A ex-atriz cita, por exemplo, o princípio de transar com desconhecidos, o que ela descreve porquê perigoso a saúde física e mental de qualquer um.
Greg
“Eu era o planeta masculino de cinema adulto mais famoso e premiado do mundo. O quantia era cada vez maior. Minha mãe não tinha teoria. Ela foi tomada pela tempestade. Ficou em choque [quando descobriu]”, afirmou Greg, ex-ator pornô à Fight the New Drug, em 2015.
Quatro vezes vencedor do prêmio Adult Video News e possuidor de uma curso de mais de 20 anos, Greg virou uma voz antipornografia em 2011.
Greg
Reprodução/YouTube
Ele conta que sofria na estação com solidão e vício em drogas. Também se sentia misógino.
“Eu não sabia o que era paixão. Nem sabia se conseguia mais sentir paixão. Eu olhava para as mulheres porquê objetos.”
Giuliano Ferreira
Atualmente, Giuliano Ferreira é pastor evangélico e faz críticas à pornografia. Anos detrás, era um dos atores de teor erótico mais famosos do Brasil.
Ferreira gravou mais de 300 vídeos do gênero. “Eu nunca almejei isso. Eu queria quantia, comprar uma mansão e dar tudo para o meu fruto. Nunca achei espetacular”, disse ele numa entrevista ao Uol, em 2014.
Giuliano Ferreira
Reprodução/Twitter
Em 2004, o logo ator quis mudar de vida. Ele conta que a decisão veio depois de ouvir Deus conversando com ele.
“Falam porquê se [a indústria pornográfica] fosse uma coisa boa. Não é. Há prostituição, drogas, falta de reverência. Não é um mundo legítimo.”
Fonte G1
