Raí, ex-capitão da seleção brasileira de futebol, estreia nesta quinta-feira (20) na CasaFolha, a plataforma de streaming lançada pelo jornal. É a primeira vez que ele dá um curso sobre sua experiência de liderança, subida performance em momentos de pressão, adaptação a novos ambientes e transição de curso, entre outros temas.
“[Esse curso] inicia um pouco que eu achei que faria mais tarde. Um dos meus projetos de terceira idade, ou de uma vida ainda mais experiente, que não está muito longe, é dar aulas”, diz o craque, hoje com 59 anos. “A CasaFolha já está me dando o prazer de dividir meu aprendizagem com um público mais espaçoso.”
Seu curso é o 18º na plataforma, que já conta com grandes personalidades uma vez que o cineasta José Padilha, que fala sobre a arte de recontar histórias, o ex-ministro Pedro Malan, que explica uma vez que averiguar a economia, e a Monja Coen, que ensina reflexão. Todas as aulas estão disponíveis para assinantes no site casafolhasp.com.br.
Nascido em Ribeirão Preto, no interno de São Paulo, Raí começou sua trajetória no Botafogo, time lugar. Depois, virou ídolo do São Paulo e do PSG, vestiu a braçadeira de capitão em ambas as equipes e colecionou títulos, entre os quais a Libertadores, o Mundial de Clubes e a Despensa do Mundo de 1994.
No curso “Mentalidade de desportista: do esporte para a vida”, o craque mostra uma vez que as lições do futebol podem ser utilizadas em uma série de atividades. A teoria, diz ele, é adequar os aprendizados de trabalho em equipe, de gestão de crise, de adaptação a culturas diferentes, de liderança, de disciplina, motivação etc.
“A gente vai passar um pouco por todas essas experiências que o esporte nos dá. O que todo mundo vive em uma curso de 40 ou 50 anos, o esportista tem que viver em 10 ou 15. Logo é tudo muito intenso”, afirma.
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Dentro da plataforma, as aulas se dividem em quatro blocos temáticos. O curso de Raí, por exemplo, está na jornada “Subida Performance”, que reúne grandes nomes ligados ao esporte de escol.
A jornada “Notícia e Originalidade” agrega aulas de audiovisual, retórica e escrita, entre outras. Em “Transformação Pessoal e Muito-Estar” são explorados temas voltados ao estabilidade e ao desenvolvimento humano, enquanto o conjunto “Quantia e Curso” se volta para o envolvente do mercado profissional.
Nas aulas de Raí, ele conta, por exemplo, que nem conseguia ler trabalhos escolares em voz subida durante a puerícia. “Eu sempre digo que minha timidez era quase doentia. E o indumento de eu me sentir muito em um espaço esportivo, isso me ajudou nas relações humanas.”
Ele também discute diversos outros aspectos relacionados à sua curso. Um deles é a capacidade de mourejar com a pressão. No São Paulo, ele se destacou uma vez que um jogador decisivo, que marcou gols em diversas finais, entre os quais os dois contra o Barcelona no Mundial de Clubes de 1992.
Afeito a vencer, o ídolo também amargou derrotas duras —e aprendeu, em ambos os momentos, a se reinventar para continuar no topo. Procurar estímulos para se manter no auge é um sigilo dos esportistas de escol que Raí revela em seu curso.
Capitão nos clubes e na seleção, Raí desenvolveu um estilo de liderança que ele explica na CasaFolha, mas não sem declarar que existem diversos tipos de líderes e que, em um grupo, é bom que eles atuem em conjunto.
Embora tenha sido ídolo e principal nome das equipes onde jogou, o craque também faz questão de evidenciar os benefícios do jogo coletivo no futebol —benefícios que se voltam em obséquio do próprio sujeito.
Na CasaFolha, Raí também explora a curso que começou depois dos gramados. Ele lançou a Instauração Gol de Letra, ONG dedicada à promoção da instrução integral de crianças, adolescentes e jovens por meio do esporte e da cultura. Em 2006, fundou a Atletas pelo Brasil, uma associação que advoga pela melhoria do esporte e luta por avanços sociais.
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