Quem chega ao giro de Mônaco para o GP de F1 logo se impressiona com a maior espaço VIP de uma equipe montada em estrutura flutuante no mar Mediterrâneo e em frente ao paddock: o chamado “Energy Station” é onde os pilotos da Red Bull e Racing Bulls frequentam entre os treinos e corrida, além de receber convidados de patrocinadores do time. É a única escuderia com esta regalia no tradicional giro de Monte Carlo.
A ostentação no GP mais luxuoso do ano é cena geral nos últimos anos em Mônaco, mas em 2025 contrasta com o pior momento vivido nos bastidores da F1 desde que a equipe se tornou o time a ser derrotado na F1. E é justamente no giro de Monte Carlo onde a Red Bull pretende mostrar a Max Verstappen que ainda pode lhe dar um carruagem suficiente para contender pelo seu quinto título mundial seguido.
Em Ímola, a equipe completou 400 GPs da história da melhor forma provável –vencendo a prova depois de uma manobra bastante ousada de Verstappen para superar o pole position Oscar Piastri, da McLaren, ainda em um duelo na primeira chicane do giro italiano.
O time trouxe melhorias para o carruagem para nascente início da temporada europeia, em uma tentativa de frear o nepotismo da dupla da McLaren. Em 2024, a Red Bull inclusive perdeu o título mundial de construtores justamente por não conseguir fazer seus dois carros terem desempenho competitivo.
Uma série de trocas de pilotos marcou o segundo cockpit da Red Bull. Nas últimas oito corridas, três ocuparam nascente lugar: Sergio Perez foi exonerado ao final do ano pretérito. O fraco desempenho do substituto, o neozelandês Liam Lawson, rendeu uma novidade troca, desta vez por Yuki Tsunoda. O nipónico tem conseguido marchar entre os dez primeiros, mas ainda assim em performance muito aquém do esperado em verificação a Verstappen.
Em Mônaco, a Folha apurou que começa neste GP a “última chamada” de Verstappen para que a Red Bull mostre suas credenciais para contender pelo título mundial em 2025 e, principalmente, para as próximas temporadas. A F1 terá uma grande revolução de regulamento prevista a partir de 2026, com novos motores, novo noção de carruagem e, possivelmente, uma novidade jerarquia de competitividade entre os times.
A história de história de fadas entre Verstappen e a Red Bull é antiga. O pai do holandês, Jos Verstappen, tinha a opção de assinar com a Mercedes quando seu fruto tinha exclusivamente 15 anos de idade. Mas a Red Bull ofereceu alguma coisa que o time germânico não conseguia prometer: um carruagem na F1 para Max já aos 16 anos, batendo o recorde de mais jovem piloto da história da categoria.
Com isso, ele estreou na portanto Toro Rosso, equipe subsidiária da Red Bull, e, percorrendo o mesmo caminho que outro tetracampeão formado pelo time, Sebastian Vettel, Verstappen acabou migrando para o time principal e vencendo logo em sua estreia na escuderia, no GP da Espanha de 2016, ironicamente por conta de uma batida dos dois primeiros colocados no grid, os portanto companheiros na Mercedes Nico Rosberg e Lewis Hamilton.
Os títulos seguidos pareciam iniciar uma longa supremacia, mas a morte do proprietário da Red Bull, Dietrich Mateschitz, no final de 2022, fez com que uma desavença pelo comando do time tomasse conta dos bastidores. Sua morte foi repentina e ele não deixou uma sucessão preparada, portanto nascente vácuo de poder atrapalhou o time e provocou fuga de talentos da Red Bull, revelou uma manadeira ouvida pela Folha em Mônaco.
Há quem diga que os escândalos envolvendo o patrão de equipe, Christian Horner, no ano pretérito –sobre um provável caso de assédio dentro do time– estariam ligadas a esta disputa pelo comando, que inclui os atuais sócios da Red Bull (e filhos dos fundadores), o empresário tailandês Chaleo Yoovidhya, com 51%, e Mark Mateschitz, com 49%.
Na secção desportiva, o ex-piloto e mentor da Red Bull, Helmut Marko, é o grande coligado de Jos e Max Verstappen na luta pelo comando esportivo do time –e ambos já deram indicativos que podem transpor também do time caso uma das partes seja desligada.
Com a narração regressiva de Verstappen começando neste final de semana em Mônaco, o time está sob pressão para apresentar resultados e também mostrar potencial no carruagem de 2026. O holandês tem contrato com a Red Bull até 2029, mas pode buscar novos ares. Mercedes e Aston Martin disputam Max, sendo que esta última inclusive já trouxe o mago das pranchetas, Adrian Newey, para o time (ele está em Mônaco usando o novo uniforme da Aston Martin).
Max não revela seu porvir, mas sabe que terá portas abertas em todos os times, ainda mais com o grande desempenho que vem mostrando em 2025. Já a Red Bull, que começou uma vez que o “time jocoso” do grid, posteriormente comprar a Onça (ex-Stewart) em 2004, acabou virando a dominadora nos anos 2010, graças aos títulos de Vettel e, agora, de Verstappen –que somam oito de pilotos.
Com 400 GPs disputados, a Red Bull só fica detrás das três mais tradicionais (Ferrari, McLaren e Williams) e tem na Sauber uma disputa pela quarta colocação, mas o time suíço considera os anos uma vez que Estreia Romeo e BMW uma vez que uma única estrutura, o que daria 600 GPs.
Dos times que não estão mais competindo, exclusivamente a tradicional Lotus, que deu o primeiro título mundial a Emerson Fittipaldi e a primeira vitória a Ayrton Senna na F1, está avante da Red Bull, com 606 GPs. Mas o time tem um currículo de muito mais vitórias e títulos, em uma proporção até superior aos de Ferrari e McLaren, por exemplo.
Resta saber uma vez que será o porvir a partir de 2026, quando o time passará a usar motores Ford (com a estrutura atual que é batizada pela Honda) e terá que provar que conseguirá sobreviver com ou sem Verstappen.