O Brasil teve 685 casos de acidentes envolvendo a rede elétrica em 2024. O oferecido representa redução de 12,4% na presença de os 782 registros de 2023 e é o menor patamar desde 2017, quando começou o levantamento anual da Associação Brasileira de Distribuidores de Vontade Elétrica (Abradee).
As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (22) e trazem um alerta: enquanto caiu o número de acidentes, aumentou a quantidade de mortes, de 250 para 257.
No primeiro ano da pesquisa da Abradee, foram relatados 863 acidentes – fatais e não fatais. Nos anos seguintes, os episódios apresentaram comportamento de oscilação, alternando altas e baixas:
ACIDENTES NA REDE ELÉTRICA | |
2017 | 863 |
2018 | 891 |
2019 | 780 |
2020 | 826 |
2021 | 836 |
2022 | 756 |
2023 | 782 |
2024 | 685 |
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Em 2024, além de 257 mortes, houve 224 acidentes com lesões graves e 204 com lesões leves. Entre os principais motivos de ocorrências figuram:
- construção ou manutenção predial: 259
- cabo energizado no solo: 79
- rapinagem de condutor / equipamento: 40
- operação de equipamentos em áreas agrícolas: 36
Em se tratando de episódios com morte, as principais ocorrência envolveram:
- construção ou manutenção predial: 65
- cabo energizado no solo: 37
- rapinagem de condutor / equipamento: 29
- operação de equipamentos em áreas agrícolas: 20
- relação elétrica clandestina (rapinagem): 16
De consonância com o presidente da Abradee, Marcos Madureira, em universal, os acidentes na construção social acontecem quando não há uma estudo correta dos riscos elétricos ou quando não se adotam práticas seguras durante a realização das tarefas.
“Alguns exemplos desses riscos incluem a construção de edificações aquém ou muito próximas a redes elétricas, o uso de escadas metálicas ou vergalhões em locais com proximidade da fiação. São situações que não podem ser negligenciadas pelos profissionais da dimensão”, disse à Filial Brasil.
Em relação aos acidentes com cabos energizados no solo, Madureira explica que grande secção desses casos foi provocada pela queda de árvores sobre fio, devido a ventos fortes, ou por batidas de veículos em postes.
“Em muitas situações, o cabo não chega a tocar o solo, ficando suspenso ou parcialmente escondido, o que dificulta a percepção do transe”, descreve. “Um dos pilares da nossa campanha é justamente orientar a população a nunca se aproximar de fios caídos e a acionar imediatamente a distribuidora da sua região”, completa.
Preocupação com mortes
A Abradee reúne 42 concessionárias de distribuição de força elétrica, estatais e privadas, responsáveis pelo fornecimento de mais de 90 milhões de clientes, o que representa uma cobertura de 99,6% dos consumidores brasileiros.
A redução de 12,4% no número de acidentes não tira a preocupação com a seriedade deles, de consonância com o presidente da Abradee, Marcos Madureira.
“Os números mostram que ainda temos um longo caminho pela frente. O aumento dos acidentes fatais é um sinal simples de que precisamos intensificar o trabalho de orientação sobre os perigos da rede elétrica. Nosso compromisso de chegar a zero acidentes permanece”, diz.
Para ajudar a chegar a esse objetivo, a associação lança mais uma edição da campanha vernáculo de segurança para a prevenção de acidentes com a rede elétrica. A campanha conta com material de distribuição e um site restrito.
Serão realizadas ações direcionadas porquê workshops e videoaulas específicas para profissionais da construção social. “Queremos levar conhecimento a quem mais precisa dele no dia a dia”, diz Madureira.
Redes subterrâneas
Madureira aponta que a implantação de redes subterrâneas é um fator que pode levar a mais segurança das redes elétricas. “De veste, uma opção importante para a modernização das redes elétricas, mormente em áreas urbanas com subida densidade populacional”.
No entanto, acrescenta ele, trata-se de uma solução de basta dispêndio — tapume de oito vezes mais rosto que as redes aéreas — e de grande dificuldade técnica, o que exige planejamento conjunto entre prefeituras, distribuidoras e órgãos reguladores.
“Sempre que for tecnicamente viável e economicamente justificável, o aterramento da rede deve, sim, ser considerado. Ele pode contribuir significativamente para a segurança, confiabilidade e estética urbana”, afirma.
Silabário
A orientação educativa da Abradee adota o slogan “Movimento zero acidentes. A segurança com a rede elétrica começa por você”.
Confira algumas recomendações:
- Em morada: não sobrecarregue as tomadas; não manuseie aparelhos com mãos ou corpo molhado.
- Na rua: afaste-se de fios caídos e chame a distribuidora imediatamente; não tente remover objetos da rede elétrica.
- Nas obras: atenção redobrada com escadas, vergalhões e ferramentas próximas à rede elétrica; sinalize locais com risco elétrico; contrate eletricistas capacitados para mourejar com a rede; use os EPIs exigidos para qualquer atividade elétrica.
- Ao soltar pipa: solte pipas em locais abertos, longe da fiação; nunca use cerol, ele é condutor e perigoso.
- Nas regiões agrícolas: mantenha intervalo da rede elétrica ao operar máquinas agrícolas; evite usar eletricidade com solo molhado ou sob chuva.
- Ao podar árvores: a poda em via pública deve ser feita pela prefeitura; se houver fios enroscados em galhos, não tente mexer, informe a distribuidora ou a prefeitura.
- Inundações: nunca toque em equipamentos elétricos em áreas alagadas; só religue a força posteriormente vistoria de um técnico.
- Vendavais e queda de árvores: fique longe de postes ou fios danificados; não tente retirar galhos em contato com a rede.