Reinaugurado Por Lula, Armazém Mobiliza Coletivos Artísticos No Rio

Reinaugurado por Lula, armazém mobiliza coletivos artísticos no Rio

Brasil

Reinaugurado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em cerimônia na noite desta quinta-feira (12), o Arrecadação da Utopia inicia uma novidade temporada em que procura fortalecer coletivos artísticos de trabalho continuado no Brasil e também de outros países do mundo. Segundo o governo federalista, o espaço situado na zona portuária do Rio de Janeiro se torna o maior equipamento cultural da cidade capacitado para múltiplas funções, a partir de uma reforma baseada em um projeto pioneiro para o segmento artístico.

“Nosso arrecadação será um porto ingénuo de pesquisa de linguagem. Lugar onde outros coletivos possam fundear e estabelecer contatos e notícia. E, sobretudo, um arrecadação da utopia: lugar de construção de cidadania onde homens e mulheres readquiram fôlego e estabeleçam novos laços”, discursaram juntos a atriz Tuca Moraes e o diretor Luiz Fernando Lobo, integrantes da Companhia Tentativa Lhano, que administra o espaço.

Em exposição, Lula destacou que a reinauguração do equipamento cultural é uma conquista da democracia. “É o único sistema que permite que vejamos a cultura porquê investimento e não porquê gasto”, disse o presidente, acrescentando que “muitas vezes [a cultura] contraria o pensamento dominante da sociedade”.

Lula defendeu projetos que democratizem o chegada à cultura e citou a iniciativa de levar bibliotecas comunitárias para cada cidade do país, através do programa habitacional Minha Moradia Minha Vida. 

A origem do Arrecadação da Utopia remonta a 2010, quando ocorreu uma ocupação pela Companhia Tentativa Lhano, grupo teatral fundado em 1992 que possui peças premiadas, apresentadas inclusive no exterior. Eles passaram a desenvolver atividades no galpão do arrecadação 6 do Cais do Porto de Rio de Janeiro e em segmento do incorporado 5/6, estruturas que estavam ociosas e que funcionaram no pretérito porquê silo para grãos destinados à exportação. Ao longo dos últimos 14 anos, o espaço se converteu em um dos principais equipamentos culturais da região portuária da cidade, permitindo a fala de coletivos artísticos e abrigando uma infinidade de eventos porquê peças de teatro e festivais de cinema, de música e de design.

Em 2019, os administradores do espaço chegaram a tolerar uma prenúncio de resíduo. Na idade, a exploração do arrecadação 6, de responsabilidade da prefeitura, estava formalmente concedida à Companhia Tentativa Lhano. Porém, o incorporado 5/6 pertencia à União, representada pela Companhia Docas do Rio de Janeiro, autonomia ligada à União.

Durante o governo do presidente Michel Temer, houve um pedido de reintegração de posse. A Companhia Tentativa Lhano chegou a denunciar que a movimentação envolvia interesses comerciais, uma vez que havia negociações em curso entre a Companhia Docas do Rio de Janeiro e o Pier Mauá, concessionária de outros armazéns na dimensão do cais. Em meio à disputa, a Câmara de Vereadores decidiu, em 2022, tombar toda a estrutura usada pelo Arrecadação da Utopia. Ficou definido que o espaço só poderia ser usado para atividades culturais e sociais.

No início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um conformidade foi selado entre a União, a prefeitura e a Companhia Tentativa Lhano, para oficializar a licença de toda a estrutura ocupada pelo Arrecadação da Utopia. O fechamento para obras foi anunciado no primeiro semestre do ano pretérito. A proposta era restaurar o galpão principal e ampliar a estrutura anexa.

Em sua novidade temporada, na qual se configura porquê um moderno espaço multiuso, o Arrecadação da Utopia passa a descrever com algumas novidades, incluindo um moca e restaurante com vista para a Baía de Guanabara. Do sítio, é provável escoltar o pôr do sol em um cenário com a Ponte Rio-Niterói e o Museu do Amanhã. O projeto incluiu ainda intervenções de restauro e conservação e obtenção de mobiliário e de equipamentos cênicos, além de tratamento e digitalização de pilha.

Depois 15 meses de obras, o Arrecadação da Utopia voltou a sediar atividades no mês pretérito. No último sábado (7), realizou a inauguração do Teatro Vianinha, que é segmento da estrutura anexa, com a peça “O Boda”, de quem texto de Mário de Andrade ficou incompleto devido à sua morte em 1945 e sob direção de Luiz Fernando Lobo.

As obras custaram ao todo R$ 36 milhões, incluindo um aporte de R$ 12 milhões do Banco Pátrio de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O restante envolveu investimentos privados captados pela companhia pela Lei Rouanet.

Porto Maravilha

O galpão ocupado pelo Arrecadação da Utopia é o único entre os 14 armazéns do cais que mantém a arquitetura original, com a estrutura em aço e a frontaria de tijolos aparentes. De conformidade com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Pátrio (Iphan), as edificações ajudam a preservar a memória da região portuária, que vem passando por um grande movimento de revitalização da região portuária da capital fluminense.

Esse processo foi impulsionado pela Lei Municipal 101/2009. Através dela, foi instituída uma operação urbana consorciada, que prevê intervenções em conjunto com a iniciativa privada e usuários locais visando transformações estruturais, melhorias sociais, valorização ambiental e resgate da história da região. A iniciativa foi chamada de Projeto Porto Maravilha.

Desde portanto, houve uma série de obras, algumas de grande envergadura, porquê a demolição do saliente da Perimetral em 2013 e a reforma da Terreiro Mauá, que ganhou o Museu do Amanhã em 2015. Posteriormente, foram inaugurados o AquaRio em 2016 e a roda-gigante Yup Star em 2019. A ocupação habitacional é um dos objetivos centrais do projeto. Edifícios residenciais também têm sido erguidos na região nos últimos anos. Entre outros projetos em discussão, está a geração de praças flutuantes na Baía de Guanabara e a construção de um estádio pelo Flamengo.

Durante escavações para obras do Porto Maravilha, foram descobertos vestígios do Cais do Valongo. Ao longo dos séculos 18 e 19, ele foi o principal porto de desembarque de africanos escravizados nas Américas. Considerado um sítio arqueológico, o espaço passou por obras para se tornar um monumento histórico ingénuo ao público e, em 2017, foi reconhecido patrimônio cultural mundial pela Organização das Nações Unidas para a Ensino, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Fonte EBC

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