O Museu do Futebol, no estádio do Pacaembu, será reaberto nesta sexta-feira (12) com a proposta de ser mais inclusivo e diverso, além de invadir o público jovem.
Foram quase oito meses de obras, com um investimento totalidade de R$ 15,8 milhões bancados pelo Governo de São Paulo e patrocinadores, através das leis de incentivo à cultura. No entanto, o projeto de mudanças vinha sendo elaborado há mais de dois anos sob a liderança dos curadores Leonel Kaz, Marcelo Duarte e Marília Bonas.
A reabertura ocorre depois de uma vistoria técnica ter indigitado uma rachadura, com nível considerado crítico, em uma das pilastras que pertence ao Museu do Futebol, próximo à frontispício histórica do estádio. Na era, porém, a Allegra Pacaembu, concessionária responsável pelo estádio, disse que não havia “qualquer risco estrutural detectado no Multíplice Pacaembu ou expedido a qualquer órgão competente”.
Nesta quarta, a assessoria de prelo do museu disse que o reparo foi feito. “Embora tenha sido apontada inexistência de qualquer risco por equipe de engenharia, o Museu do Futebol realizou o reparo na pilastra e estrutura interna da arquibancada. A mediação foi feita de geral negócio com a Concessionária Allegra Pacaembu”, afirmou a instituição.
Entre as novidades, destaca-se a inauguração de salas dedicadas a Pelé e ao futebol feminino sobretudo entre as décadas de 1940 e 1980 -período em que as mulheres não podiam praticar a modalidade graças a um decreto do governo Getúlio Vargas.
A Sala Copas recebeu expositores com todas as edições do Mundial feminino. Já a Sala das Origens traz fotos de brasileiras jogando futebol desde 1920 —são os registros mais antigos.
Ao final do trajectória, o público irá se deparar com um vídeo de despedida protagonizado pela jogadora Marta.
“A reabertura celebra nossa rica história futebolística e abraça a multiplicidade e a inclusão”, afirma Marília Marton, secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas na gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Na Sala Pelé terá o uniforme utilizado pelo Rei em um amistoso no Maracanã no qual a rainha Elizabeth 2ª acompanhou das arquibancadas em 1968. Ele fará companhia para camisa vestida por Pelé na final da Despensa do Mundo de 1970 contra a Itália.
Segundo a organização, o montão foi ampliado com mais de 1.500 imagens licenciadas, 136 novos textos e 60 vídeos, o que levou à compra de novos projetores e monitores.
Entre os vídeos, há um de nove minutos devotado à história do Pacaembu. Um dos cartões postal da cidade, o estádio completou 84 anos em abril e é representado no museu com assentos originais e maquetes táteis.
A porta que conecta o museu ao gramado do Pacaembu será reaberta para os visitantes.
Outra novidade é a sala Raízes, com mais de centena fotografias e um filme produzido pelo cineasta Carlos Nader com a proposta de registrar uma vez que o futebol passou a ter um valor cultural significativo no país.
“A sala Raízes mostra a celebração do povo brasílico, entre as décadas de 1930 e 1950, quando o Brasil olhou para si e surgiram valores novos da cultura pátrio. Na pintura com Portinari, na literatura com Drummond, assim uma vez que na música, no teatro”, conta Kaz.
Já a sala Números e Curiosidades será substituída pela Calendário da Globo, com montão mais largo e novas tecnologias de interação, uma vez que por exemplo desafios e teste sobre temas do esporte. O sítio se propõe a debater temas contemporâneos, uma vez que o racismo no esporte.
“A informação visual trazia exclusivamente imagens de homens, em preto e branco. Nessa renovação temos outras cores, silhuetas, diferentes gêneros, pessoas com deficiência”, diz Bonas, curadora e diretora técnica da instituição.
O espaço onde havia o goleiro eletrônico também terá novos jogos para o público.
Além da multiplicidade, a direção do museu mira na juventude. A instalação O Brasil no Mundo aborda a história recente do futebol brasílico. Há depoimentos de atletas estrangeiros sobre uma vez que os brasileiros são conhecidos.
Nela há uma vitrine com objetos modificados de tempo em tempo —os primeiros a serem exibidos são a chuteira de Neymar nas Olimpíadas do Rio de Janeiro e uma medalha de ouro de Mizael Conrado no futebol de 5, modalidade para pessoas com deficiência visual.
“Tínhamos o duelo de atrair o público jovem que, em universal, ainda enxerga os museus uma vez que um reduto de antiguidades”, afirma Duarte.
Inaugurado em 2008 em uma dimensão de 6.900 metros quadrados, o templo contabiliza 4,7 milhões de visitas desde logo. Entre 2022 e 2023, o museu recebeu 675 milénio pessoas.
“Estava tudo notório, o público continuava visitando e gostava, mas o futebol e a sociedade mudaram muito desde a brecha da instituição. Sentimos a urgência de incorporar essas transformações”, explica Duarte.
Além dos três curadores Kaz, Duarte e Bonas, a iniciativa teve direção artística e projeto de Daniela Thomas e Felipe Tassara e informação visual de Jair de Souza.
O Museu do Futebol pertence à Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo e é governado pela organização social de cultura IDBrasil.
O sítio funciona de terça a domingo, das 9h às 18h, com ingresso permitida até 17h. Hoje, o ingresso custa R$ 24 (R$ 12, a meia), e a ingresso é gratuita todas às terças.
Em razão da reabertura não haverá cobrança de ingressos nesta sexta, sábado (13) e domingo (14).