Review: Princess Peach Showtime é Fácil, Mas Diverte 21/03/2024

Review: Princess Peach Showtime é fácil, mas diverte – 21/03/2024 – Ilustrada

Celebridades Cultura

Variedade e inovação costumam andejar lado a lado nos jogos da Nintendo, mas sempre há exceções. É o caso deste “Princess Peach: Showtime!”, que chega ao Switch nesta sexta-feira (22) posteriormente um proclamação de destaque em setembro do ano pretérito.

Depois dos bons remakes de “Super Mario RPG” e “Mario vs. Donkey Kong”, esse novo título surfa na demanda por atenção a personagens ditos coadjuvantes —porquê Peach, a princesa salva por Mario desde os anos 1980, tão famosa quanto o bigodudo, mas que só foi protagonista de um game em 2006, “Super Princess Peach”, no Nintendo DS.

De lá para cá, mesmo que em “Showtime!” o “girl power” esteja mais evidente, o jogo parece subestimar a própria princesa e, logo, jogadoras e jogadores. Mesmo para os padrões da Nintendo, onde a curva de dificuldade nunca é acachapante, é preciso olvidar um pouco o quão fácil é o título e se deixar levar pelo encantamento visual.

O concepção do estúdio Good-Feel —o mesmo de games porquê “Kirby Epic Yarn” e “Yoshi’s Wooly World”, onde os personagens clássicos eram reimaginados num mundo feito de velo— salva o game do marasmo.

Porquê uma Barbie, Peach assumirá uma dezena de papéis, porquê espadachim, ninja, sereia, doceira, até detetive, entre vários espetáculos. Isso porque, em um dos passeios com seus asseclas do reino dos cogumelos, ela acaba aprisionada no Teatro Esplendor, invadido e controlado pela vilã Rubi e sua trupe de “uvaparsas”.

Sem Mario ou seus guardas, caberá a Peach libertar os ribaltinos, os narigudos atores e residentes desse teatro, com a ajuda de Estela, a guardiã do palácio, dotada de poderes mágicos.

A ótima localização para português, vista no recente “Super Mario Wonder”, volta cá numa ração de trocadilhos que percorrem todo o jogo e nos aproximam do tom lúdrico da salada de frutas original. Finalmente, é uma princesa “pêssego” lutando contra uma invejosa feiticeira “uva”, que azeda tudo que toca pela frente.

São três atos para cada um dos papéis, culminando na libertação de um ribaltino encarcerado posteriormente matar o capanga que quer roubar a cena. Simples que não tem para ninguém —porquê bonequinha ideal, Peach tem o “physique du rôle” que ela quiser.

A perdão está, ou estaria, nos desafios da jogabilidade, já que cada papel muda porquê controlamos a personagem. Quando é espadachim, vaqueira ou super-heroína, o jogo se dedica à ação, mas não há muito mais o que fazer além de esmigalhar o botão de ataque e, raramente, desviar de qualquer inimigo poderoso para desarmá-lo.

Já porquê doceira, sereia ou detetive, o game sai do padrão e investe em minigames para assar biscoitos, decorar bolos, controlar peixes com o esquina ou fazer uma investigação e inferir quem roubou um museu.

Entre fases curtas e outras um pouco mais longas, o incentivo é sobretudo se surpreender com os cenários criativos e com o humor dos pequenos dramas de cada temporada —entre invasões alienígenas, bangue-bangue no velho Oeste, competições culinárias e até de patinação no gelo.

Mas, para além dos olhos, um jogo deve encantar os dedos e os reflexos de quem o desfruta. O excesso de diálogos deixa as fases mais atravancadas, ou ensaiadas, no mal sentido. Falta um sentimento de liberdade.

As fases imitam palcos e propõem uma perspectiva dissemelhante do generalidade pela profundidade. Mas a exploração é restrita e os itens de interesse —moedas, para comprar vestidos, e estrelinhas, que permitem prosseguir no jogo e são importantes para chegar até o final do game— estão em lugares óbvios.

Se você não encontrar os itens numa primeira jogatina, basta uma segunda para notar qualquer esquina escondido ou se transpor melhor em um minigame para coletar tudo.

Ora, por que um jogo da Peach deveria ser menos multíplice que o de Mario ou de outros personagens secundários da franquia? Para lembrar a experiência da Good-Feel, posteriormente críticas de “Kirby’s Epic Yarn” ser muito mamão com açúcar, “Yoshi’s Wooly World” trouxe uma campanha extensa, com bons desafios e inúmeros coletáveis.

Até mesmo Luigi, o irmão do bigodudo, na série “Luigi’s Mansion”, tem um prestigioso game de caça-fantasmas com bons quebra-cabeças, enquanto Wario tem não são os títulos de plataforma “Wario Land”, porquê os histéricos microgames de “WarioWare”.

“Showtime!” diverte e cativa pelas ideias, mas perde a chance de sagrar a princesa Peach porquê uma tardia prima donna do Switch.

Lançado sete anos posteriormente a estreia do console, o game aproveita sua tecnologia visual, mas tem engasgos de desempenho em telas de carregamento e em alguns trechos de fases. Não atrapalham a jogatina, mas parecem lembretes de que uma novidade geração se avizinha.

Folha

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