‘Padre Gato’ de ‘Fleabag’ estrela novidade série que estreia nesta quinta (4) porquê o golpista homicida dos livros de Patricia Highsmith: ‘há um pouco de Tom Ripley em todos nós’. Na série, “Ripley”, o ator Andrew Scott tenta deixar para trás os dias de renome porquê o “Padre Gato” da segunda temporada de “Fleabag” para assumir um personagem mais malicioso, traidor e – até, por que não? – homicida.
Nesta novidade adaptação do livro de Patricia Highsmith, 25 anos depois do sucesso do filme “O talentoso Ripley” com jovens Matt Damon e Jude Law, o protagonista mantém o charme enquanto comete fraudes, rouba identidades e até mata uma ou outra pessoa.
O que não quer manifestar que ele seja uma pessoa má. Pelo menos é o que fala o próprio Scott, em entrevista ao g1. Assista ao vídeo supra.
“Eu vou manifestar que não acho que ele seja mau. Mau é uma vocábulo extrema, por definição. Às vezes acho que, quando chamamos o Tom de mau, ou psicopata, ou sociopata, ou monstro, qualquer coisa dessas, acho que nos permite falar: ‘muito, isso não tem zero a ver comigo, porque eu não sou mau’.”
Com oito episódios, a série estreia toda de uma vez nesta quinta-feira (4) na Netflix – com uma bela retrato em preto e branco.
Andrew Scott em cena de ‘Ripley’
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Eu senhor Dickie
“Ripley” reconta uma história mais parecida com a do livro do que o filme – por mais que sua ambientação aconteça no início dos anos 1960, e não na metade da dez anterior porquê na obra original.
Na série, Tom Ripley (Scott) é um vigarista de plebeu escalão que sobrevive de pequenos golpes em Novidade York.
Ele recebe sua grande chance ao ser recrutado por um magnata para convencer seu rebento (o cantor Johnny Flynn) artista – playboy – a retornar da Itália, onde tem morado nos últimos anos sem qualquer sinal de trabalho ou ambições.
Sua preocupação por Dickie é só o início de uma trama enxurrada de mentiras, moeda, suspeitas e encontros com a polícia.
“Há um pouco de Tom Ripley em todos nós – de algumas formas. Talvez não daquela extrema – mas somos vulneráveis e esquisitos e cometemos erros e também temos meio que uma negrume e uma ferocidade dentro de nós”, afirma
“É isso que eu acho que é tão desconcertante sobre o personagem e é o por que nós na verdade torcemos para que ele consiga se dar muito no final. Essa é a grande realização de Patricia Highsmith e eu acho que é um tanto que o Steven Zaillian, nosso diretor, realmente conseguiu. Você pensa: ‘qualé, qualé. Não seja pego. Não seja pego’.”
Dakota Fanning, Johnny Flynn e Andrew Scott em cena de ‘Ripley’
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No mesmo jogo
O emergência de Tom gera uma poderoso suspeita na namorada de Dickie, Marge (Dakota Fanning). Provocadora e desconfiada, ela é uma versão muito dissemelhante daquela gulosice e ingênua interpretada por Gwyneth Paltrow há 25 anos.
“Essa Marge, nessa versão, realmente é alguém que está tentando pegar o Tom no jogo dele o tempo inteiro. Eles têm essa ótima relação. Ela é uma grande irritação para ele”, diz a atriz.
Aos 30 anos, a americana é mais conhecida por suas atuações infantis em filmes porquê “Uma prelecção de paixão” (2001) e “Guerra dos mundos” (2005).
“Eu nem acho que ela ache que ele é mau. Acho que ela só pensa que ele é um mentiroso, sabe? Ela não confia nele e não consegue sacar qual é a dele. Isso é meio o que todos os outros personagens sentem pelo Tom. Eles meio que não conseguem entender o que está inverídico.”
Dakota Fanning e Johnny Flynn em cena de ‘Ripley’
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Os muitos Toms Ripleys
“Ripley” começou com Zaillian, um diretor e roteirista ganhador do Oscar pelo roteiro de “A lista de Schindler” (1993), que dirige e escreve todos os seus oito episódios. O desenvolvimento teve início ainda em 2019, mas as gravações só foram sobrevir em 2021, na Itália, adiadas por motivo da pandemia.
A produção pode ser uma das primeiras séries a adequar o primeiro dos cinco livros de Highsmith com o vigarista – mas o personagem foi interpretado por inúmeros grandes atores desde 1955, ano do lançamento da primeira história.
Entre eles, estão Alain Delon em “O sol por testemunha” (1960), Denis Hopper em “O camarada americano” (1977), até John Malkovich, que estrelou “O retorno do talentoso Ripley” (2002), prosseguimento do filme de Damon.
Scott, é simples, entrou para o cânone da cultura pop por sua atuação porquê o padre – popularmente denominado de “Padre Gato”, já que o personagem em si não tem nome – da segunda temporada de “Fleabag”, interesse amoroso da protagonista.
Andrew Scott e Phoebe Waller-Bridge em cena de ‘Fleabag’
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Antes, ele já tinha ficado espargido por muitos porquê o grande vilão da série “Sherlock”, o maquiavélico Moriarty, que enfrentava o também genial detetive interpretado por Benedict Cumberbatch.
Até por isso, o irlandês se decepcionou com sua participação porquê um dos antagonistas de “007 contra Spectre” (2015).
Em procura de evitar permanecer marcado porquê um vilão, Scott buscou personagens diferentes, porquê o comemorado protagonista de “Todos nós desconhecidos” (2023) – talvez uma das maiores esnobadas reais do Oscar 2024.
Por que, logo, voltar a um personagem de moral duvidosa, que muitos considerariam maligno de verdade?
“Acho que eles não são maus ou bons. Há um tanto questionável, ao menos, em cada um deles. Você pensa: ‘aquela pessoa é afetada. A outra é mimada. Essa é sinistra’. Todos os personagens têm um tanto que os torna muito ‘atuáveis’.”
Andrew Scott em cena de ‘Ripley’
Divulgação
Fonte G1
