Os alunos do projeto Cri.Ativos da Favela, da Mediano Única das Favelas (Cufa), marcaram presença no Rock in Rio, um dos maiores festivais de música e entretenimento do mundo. A iniciativa, fruto de uma parceria entre o Instituto Heineken, Rock in Rio, Favela Filmes e Cufa, levou jovens talentos das favelas cariocas para uma experiência imersiva no festival, conectando-os ao universo do audiovisual e da perceptibilidade sintético. Com isso, eles reafirmam que as favelas são espaços de inovação e originalidade que merecem visibilidade e investimento.
Débora Freire, coordenadora do Cri.Ativos da Favela e técnico em audiovisual, destaca que talento e originalidade não têm classe social. Segundo ela, oferecer oportunidades aos jovens das periferias é fundamental. “Foi uma honra coordenar esse processo com esses jovens, que são muito talentosos. Eles precisam desse espaço para expressar sua originalidade e mostrar do que são capazes.” Débora ainda ressalta que o uso da perceptibilidade sintético no audiovisual é alguma coisa recente, e os alunos do projeto estão se antecipando ao dominá-la, adquirindo um conhecimento que muitos profissionais ainda buscam.
No projeto, os alunos aprendem a utilizar a perceptibilidade sintético em diferentes áreas, uma vez que áudio, imagem, vídeo e edição. “É preciso treinar a perceptibilidade sintético para facilitar o processo de edição de vídeo, imagens e áudio, na geração de teor e roteiro. Eles aprenderam a infligir isso no audiovisual, que hoje é alguma coisa muito novo”, explica Débora. Essa formação coloca os jovens adiante de muitos profissionais no mercado, abrindo caminhos em um setor cada vez mais competitivo e tecnológico.
Para os participantes, essa experiência vai além do aprendizagem técnico. Kesselly Pautilio, de 23 anos, moradora do Morro do Dendê, na Ilhota do Governador, descreveu sua participação no festival uma vez que “mágica”. “Entrei com um conjunto de notas vazio e saí repleta de aprendizados sobre arte, originalidade, marketing e audiovisual. Nunca imaginei que minha primeira experiência em um evento desse porte seria ao lado de pessoas parecidas comigo, que compartilham histórias e trajetórias semelhantes.” A presença de Kesselly e de seus colegas no Rock in Rio não representa somente um momento; é o início de uma jornada em que esses jovens ocuparão espaços historicamente negados à população das favelas.
O Cri.Ativos da Favela não se resume a uma simples oferta de capacitação técnica. A iniciativa visa fabricar um ciclo virtuoso, em que talento e originalidade sejam ferramentas de empoderamento. Em um cenário onde a desigualdade é latente e as barreiras parecem intransponíveis, projetos uma vez que esse iluminam caminhos possíveis para os jovens das periferias. A parceria entre o Instituto Heineken, Rock in Rio, Favela Filmes e Cufa vai além do óbvio, utilizando a arte uma vez que catalisadora de transformações sociais.
Com duração de quatro meses, o curso é dividido em cinco módulos, que vão desde a perceptibilidade sintético aplicada à música e ao audiovisual até mentorias práticas. As aulas ocorrem no Polo de Cinema de Jacarepaguá e na sede da Cufa, em Madureira, ambientes que respiram cultura e inovação. Nesses espaços, os jovens desenvolvem habilidades técnicas e também uma compreensão profunda do poder que a arte tem de transformar vidas e realidades.
Além de comprar conhecimentos, os alunos têm a chance de desenvolver projetos próprios e montar um portfólio ao longo do curso. Ao menos oito coletivos de audiovisual irão entregar curtas-metragens ao final do processo, provando que a originalidade, quando incentivada, pode florescer em qualquer contexto. Cada produção se tornará uma janela para o mundo, mostrando que as favelas têm muito a manifestar e ensinar.
A relevância do projeto é fortalecida pela participação de grandes players do entretenimento, uma vez que o Rock in Rio, que já arrecadou mais de R$ 1 milhão em iniciativas sociais. Neste ano, o festival celebra seus 40 anos e contará com jovens do projeto Cri.Ativos da Favela atuando na cobertura do evento. Isso cria uma verdadeira conexão entre música, arte e transformação social, impulsionando esses novos profissionais para o mercado.
Para prometer que os jovens possam se destinar integralmente ao curso, cada participante recebe uma bolsa mensal de R$ 1.080, auxiliando no transporte e sustento. Outrossim, séquito psicossocial e entrada a equipamentos de ponta tornam o aprendizagem mais completo e imersivo, oferecendo todas as condições para que os futuros profissionais possam explorar ao sumo seu talento e edificar carreiras sólidas no audiovisual.
Vania Guil, gerente executiva do Instituto Heineken, reforça o compromisso da iniciativa: “Os jovens das favelas do Brasil estão no núcleo do trabalho de impacto social que desenvolvemos. Somar esforços com parceiros uma vez que Rock in Rio, Cufa e Favela Filmes amplia nosso potencial de atuação da forma mais genuína provável. Ver esses jovens ganhando espaço e amplificando a própria voz é a melhor resposta para quem ainda não entende a potência transformadora que vem das favelas.”
O projeto Cri.Ativos da Favela se consolida, assim, uma vez que um exemplo de uma vez que a arte e a tecnologia podem ser aliadas na construção de uma novidade verdade. É a cultura popular ganhando voz, o horizonte sendo moldado por aqueles que sempre tiveram muito a manifestar.
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